Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records
Importado
Tracklist:
1. Olympus Rising (intro)
2. Thunderbolt
3. The Secret of Flight
4. Nosferatu (The Vampires Waltz)
5. They Played Rock and Roll
6. Predator
7. Sons of Odin
8. Sniper
9. A Wizard’s Tale
10. Speed Merchants
11. Roadie’s Song
12. Nosferatu (Raw Version)
Banda:
Biff Byford - Vocais
Paul Quinn - Guitarras
Doug Scarratt - Guitarras
Nibbs Carter - Baixo
Nigel Glockler - Bateria
Ficha Técnica:
Andy Sneap - Produção
Paul Raymond Gregory - Artwork
Johan Hegg - Músico convidado (vocais guturais em “Predator”)
Contatos:
Site Oficial: http://www.saxon747.com/
Facebook: http://www.facebook.com/saxon
Twitter: https://twitter.com/SaxonOfficial
Instagram: http://www.instagram.com/saxon.official/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Uma coisa lógica é pensar que as bandas antigas envelhecem e
chegam ao momento de parar. Muitas vezes, isso se percebe na queda de
rendimento do grupo, pois existem aqueles que, depois de chegarem ao
reconhecimento, decaem e ficam remixando mixaria, fazendo mais do mesmo sem
nenhuma vontade de ousar alguma coisa. Mas existem aqueles que estão tão bem
que a aposentadoria deles seria um pecado. O quinteto inglês SAXON, uma lenda viva de mais de 40
anos de carreira, mostra que está longe de se aposentar com seu novo disco, o
recém lançado “Thunderbolt”. E se preparem, pois a Shinigami Records lançou esse disco, e em formato Digipack.
Antes de tudo: basicamente, esse que é o 22o disco da
banda, é uma pedrada!
Sim, longe de ficar apenas lançando discos bem fracos como
alguns de seus compatriotas, eles preferiram fundir a solidez da mistura peso +
melodia tradicional do grupo (que é adornada de toques de Hard Rock clássico e
a energia do Rock) com uma sonoridade moderna sólida e bem feita. Isso mesmo: o
SAXON continua em seu estilo
clássico e que todos amam (sem estarem se repetindo), mas com uma embalagem
sonora altamente pesada e bem feita. E como a formação está sólida há muitos
anos, é claro que isso deu solidez e qualidade musical ao disco, sendo que os
refrãos melodiosos, aquelas passagens que se ouve e se guarda são imbatíveis.
O segredo da banda: a produção sonora.
Óbvio que o nome de Andy
Sneap (o mesmo que trabalhou com o ACCEPT,
ARCH ENEMY, e no vindouro disco novo do JUDAS PRIEST) já é mais que suficiente para garantir que a
sonoridade beiraria a perfeição. Aqui não beira: é perfeita, se encaixa com o
contexto musical do disco, com alto nível de limpeza, mas aquele peso
avassalador que tanto nos faz bem.
“Thunderbolt” é um
disco que vem em um momento propício, para mostrar que grupo ainda tem lugar no
cenário. A qualidade dos arranjos musicais, os vocais bem colocados, as músicas
que nos remetem ao passado glorioso do grupo, mas de olho no futuro. E esse
velho guerreiro Saxão está com sede de Metal, verdade seja dita!
O disco é bem homogêneo, mas não dá para não falar da
excelente “Thunderbolt” e seu peso
absurdo (e como Biff está cantando
bem), as lindíssimas melodias de “The
Secret of Flight” e suas guitarras fascinantes (Paul e Doug, sem
precisarem exagerar na técnica, criam riffs e arranjos lindos), o ritmo sólido
e arrastado de “Nosferatu (The Vampires
Waltz)” (como Nigel e Nibbs se entendem bem na sessão
rítmica), o Rock’n’Hard pesadão e cheio de energia de “They Played Rock and Roll” (uma homenagem do quinteto ao finado MOTORHEAD, padrinho deles no início de
carreira, para quem ainda não sabe), a pesadíssima e moderna “Predator” (onde surgem urros guturais
sob as linhas melódicas, uma participação especial de Johan Hegg, do AMON AMARTH),
o ritmo mais lento e harmonioso de “Sons
of Odin”, a mescla perfeita de timbres modernos e melodias tradicionais em “A Wizard’s Tale”, e aquele jeitão NWOBHM que nos embala e que tantos amam de “Roadie’s Song”.
Esse disco merece
o título que tem, pois é um autêntico Trovão Heavy Metal, daqueles que conquista qualquer Metalhead de bom gosto. E se a NWOBHM
começasse hoje, poderia afirmar que qualidade para serem gigantes não falta
(aliás, nunca faltou). Comprem, ouçam e se preparem, pois o SAXON veio para fazer de “Thunderbolt” um sério candidato a
disco do ano.
Nota: 100%