Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Selo: Independente
Importado
Tracklist:
1. Terror Against Greed
2. Mad as a Hatter
3. Hidden Thoughts
4. Blowing Up
5. Shotgun
6. Modern Slave
7. Covering a Face
8. Thrashed Life
Banda:
Heverton Souza -
Vocais
Cristiano Fusco - Guitarras,
baixo
Ficha Técnica:
Heverton Souza -
Produção, artwork
Cristiano Fusco -
Produção
Thiago Medeiros - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/distortmetal/
Instagram:
Assessoria: luxpress1@gmail.com (Lux Press)
E-mail: contatodistort@gmail.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
De alguns anos para cá, vê-se “remakes” de discos famosos,
ou seja, quando as bandas regravam aquilo que haviam feito no passado. Muitos
trabalhos são muito bons, como a série “Thrash
Anthems” do DESTRUCTION e mesmo “The Final Sign of Evil” do SODOM, mas outros parecem mero
oportunismo. Mesmo o Brasil não está longe desse tipo de fenômeno, pois existem
bandas que dão uma olhada no passado em busca de refazer aquilo que, devido às
condições na época, poderia ter sido melhor.
Um belo exemplo de um “reboot” cheio de energia é “New Terror Agaisnt Greed”, “remake” do
primeiro disco do grupo paulista DISTORT,
que chega para botar as paredes para tremer.
Análise geral:
O trabalho do grupo é um Thrash Metal híbrido, que combina o
peso e brutalidade da escola européia do gênero com alguns toques de Crossover
dos EUA, algo híbrido entre EXODUS, TESTAMENT, DESTRUCTION e NUCLEAR ASSAULT em suas melhores fases.
É preciso destacar que o grupo tem algumas melodias muito boas (como no solo de
“Hidden Thoughts”), mas a
agressividade opressiva chega a causar dores nos ouvidos menos acostumados.
É preciso dizer que o grupo não aglutinou influências novas
ao que haviam apresentado em “Terror
Against Greed”, a versão de 2008, mas ganhou potência devido ao trabalho
dos vocais, que dão um toque de Death Metal às composições.
E verdade seja dita: essa nova chance dada ao material
antigo ficou ótima!
Arranjos/composições:
Musicalmente, pode-se dizer que “New Terror Against Greed” vem para trazer o trabalho do grupo para
os dias de hoje, mas sem perder sua pegada e energia originais. Nada disso, o
grupo continua com os pés fincados em seu passado (mesmo porque o jeito da
banda fazer música não perde seu charme). Algo bem óbvio lembrando que Cristiano Fusco já tocou no TORTURE SQUAD, e isso aliado Heverton Souza tem passagens pelo IMPERIUM INFERNALE, ETERNAL MALEDICTION e WARSHIPPER (além do ZOMBEERS).
Basicamente, os arranjos do grupo distam de algo
super-elaborado que beire o Techno Thrash Metal, mas não é simplista. É algo
equilibrado, que soa bem feito e sólido, mas sem deixar que se perca a
espontaneidade ou impacto agressivo.
Outro ponto: os andamentos evitam muitas firulas, buscando a
solidez e peso, mas de forma alguma são estáticos, transformando as músicas em
algo reto e de um único fôlego. E por isso, certamente essas canções vão causar
dores de pescoço em muitos
Qualidade sonora:
A sonoridade do disco em si é um ponto muito interessante de
se observar.
Embora a banda soe clara e compreensível, existe uma óbvia
busca por algo sujo e cru, para não ficar polido além do que os integrantes
conceberam. E por isso, tem seu charme, sem que se percam os detalhes dos
arranjos e a noção do que está sendo tocado, mas evitando algo refinado demais.
Está na justa medida, diga-se assim.
Arte gráfica/capa:
A arte gráfica foi toda refeita, utilizando ilustrações de Gustave Doré (um famoso artista francês
do século XIX), usando uma analogia dos ratos com uma visão de sociedade,
inclusive narrada em um texto de Rubem
Alves.
Destaques musicais:
Em pouco mais de 37 minutos de duração, o DISTORT vai mostrando sua força atual e
bruta ao ouvinte.
As melhores: golfada brutal de “Terror Against Greed” (as mudanças de riffs e tins de vocais
ficaram ótimas, em uma canção que gruda nos ouvidos, inclusive pelo refrão bem
feito), o ritmo pegajoso e intenso mostrado em “Mad as a Hatter” (como dito antes, existem mudanças de ritmo, mas
não a cada 20 segundos); as palhetadas aguçadas mostradas em “Blowing Up” (ótimos riffs que grudam
nos ouvidos, verdade seja dita) na trabalhada (mas não em excesso) “Shotgun”, o convite ao moshpit feito
em “Modern Slave”, e a rascante “Thrashed Life” (com momento nos vocais
que lembram “Zetro” Souza). Mas o
disco merece ser ouvido de ponta a ponta.
Isso é Thrash Metal sujo e implacável, uma muquita bem dada.
E esse disco vicia, e pode ser ouvido no Spotify: https://open.spotify.com/album/4rXzAl8Jb0IE5w82uqRYDI
Conclusão:
Pode se aferir que esse “New
Terror Against Greed” é um super “boost” do DISTORT, e a banda tem muito a oferecer. Ouçam e sintam os ouvidos
sendo rasgados!
Nota: 8,7/10,0
Modern Slave