Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
1. Bitch in
the Box
2. Ego
3. Doing
What I Want
4. Smash
Your Face
5. Pounding
the Pavement
6. Rock
That Shit
7. Let It
Go
8. Nanook of
the North
9. Black
Smoke
10. World of
Tomorrow
11. Warming
Up
12. Don’t
Tell Me (bonus track)
Banda:
Lips -
Vocais, guitarras
Christ -
Baixo, backing vocals
Robb Reiner - Bateria
Ficha Técnica:
Anvil - Produção
Jörg Uken - Produtor,
masterização
Christoph Schinzel - Capa, direção de arte
Martina Lo Volt - Vocais adicionais
Contatos:
Site Oficial: http://my.tbaytel.net/tgallo/anvil/
Facebook: https://www.facebook.com/anvilmetal
Twitter: https://twitter.com/AnvilMetal666
Instagram: https://www.instagram.com/anvil.metal/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Quanto mais o tempo passa, maior a impressão que os nomes do
passado, com raras exceções, andam caprichando e fazendo discos muito bons.
Talvez o acúmulo de bandas novatas que se intitulam Old School seja o motivo,
já que a maioria apenas tenta vestir como novo os clichês que já foram
exauridos há muitos anos. Por isso, velhos Juggernauts do Metal como o ANVIL ainda são relevantes, e merecem
respeito e espaço. E os canadenses desceram a marreta em “Pounding the Pavement”, seu mais recente disco, que a Shinigami Records acaba de lançar por
aqui.
Para início de conversa: melhor não comparar “Pounding the Pavement” com os
clássicos “Metal On Metal” ou “Forged in Fire”. Chega a ser um
desrespeito enorme com eles, e saudosismo de cada um. O disco novo tem canções
que são ótimas se pararem de olhar o passado, mesmo porque o trio soube se
atualizar, mantendo o bom e velho Hard’n’Heavy de tantos anos intacto, com
aquela mesma energia vigorosa de sempre. E mesmo não sendo uma obra-prima,
mostra que a constância de qualidade dos últimos discos se mantém a mesma.
Com um disco tão cheio de energia, óbvio que existiu a
necessidade de uma sonoridade construída para extrair o melhor do grupo. E eles
tiveram, pois tudo soa limpo e bem definido, com uma timbragem bem equilibrada,
mas com sua dose de peso correta. Além do mais, o que se ouve em “Pounding the Pavement” tem jeito de
funcionar muito bem ao vivo.
Na arte, o capricho de sempre, sem exagerar demais. A velha
bigorna está ausente, mas em compensação vê-se a guitarra como britadeira,
capaz de rachar o concreto, em uma analogia com o peso do disco.
As guitarras continuam cuspindo riffs que grudam nos ouvidos
e solos melodiosos, o rosnado característico de Lips continua seco e forte, o baixo de Christ pulsa dando o devido peso ao grupo, mas falar de Robb Reiner chega a ser difícil. O
homem é uma referência na bateria para toda uma geração, e se percebe em suas
conduções e viradas toques geniais. A cola que junta tudo são as melodias de
fácil assimilação, além dos arranjos simples, mas dando o devido acabamento às
canções.
O disco é todo muito bom, mas músicas como a pesada e
arrastada “Bitch in the Box” (que
acaba viciando o ouvinte, graças ao refrão simples e os riffs envolventes), aquele
Rock ‘n’ Roll pesado e sujo à lá MOTORHEAD
de “Ego” (reparem como baixo e
bateria mantém um peso incrível), a direta e opressiva “Doing What I Want”, o peso opressivo e lento de “Smash Your Face” (os vocais são
ótimos, junto com as guitarras fazendo aquele fundo arrastado e denso, no
estilão do hino “Forged in Fire”), o
jeito atual e pesado de “Pounding the
Pavement” (uma instrumental que une o passado e o presente sem causar
traumas), a sujeira divertida de “Rock
That Shit” e de “Black Smoke”, e
o jeito descompromissado e clássico de “Warming
Up” (que aula de bateria!). E de bônus, a pesada “Don’t Tell Me” vem fechar o disco que atesta que o ANVIL continua vivo e vibrante.
Embora longe de ser um novo clássico (como dito acima), “Pounding the Pavement” vem para
mostrar às bandas jovens que os coroas estão com sangue nos olhos!
Nota: 86%