Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Dawn of the Dragonstar
2. Thundersword
3. Long Live the King
4. With the Light of a Thousand Suns
5. Winds of Wisdom
6. Queen of Eternity
7. Valley of the Vale
8. Hydra
9. Night of Winterlight
10. Blade of Immortal Steel
Band:
Allyon - Vocais
Lynd - Guitarras,
Alaúde
Aerendir - Guitarras
Born - Baixo
Blackwald - Teclados,
Piano, Violino, Címbalo
De’Azsh - Bateria
Ficha Técnica:
Blackwald - Produção, mixagem, masterização
Lynd - Produção, mixagem
Kerem Beyit - Artwork
(capa)
Contatos:
Site Oficial: http://www.officialknights.com/
Instagram: https://www.instagram.com/twilight_force/
Assessoria:
E-mail: twilightforceofficial@gmail.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Não é incomum que, depois dos estresses e desilusões da vida
cotidiana, todos busquem algo fora do universo real, algo que leve as pessoas
para um universo diferente.
Na literatura, quantos são os escritores que deram asas à
própria imaginação e criaram universos literários que permitem aquela boa e
velha escapadela por algumas horas. Autores como J. R. R. Tolkien, Julio Verne, Bram Stoker, H. P. Lovecraft, Edgar Rice
Burroughs, Robert E. Howard e tantos trouxeram ao mundo a fantasia, que foi
penetrando o subconsciente de todos. Quem nunca quis ser Aragorn, Legolas, Van Helsing, Tarzan, Conan, ou qualquer
personagem de fantasia em um momento de aborrecimento? Quantas não foram as vezes
que se quis deixar esse mundo para trás em busca de aventura e romance?
Pois é. Por isso as bandas que investem nessa temática são
tão importantes, pois aliam a música à literatura e nos permitem um alívio.
Por isso, bandas como o sexteto sueco TWILIGHT FORCE são tão importantes, pois elas nos concedem a
diversão. Ainda mais que o terceiro disco do grupo, chamado “Dawn of the Dragonstar”, acaba de ser
anunciado pela parceria entre a Shinigami
Records e a Nuclear Blast Brasil
como um de seus próximos lançamentos.
Análise geral:
O grupo é especializado em um formato de Epic/Symphonic Power
Metal melódico, rápido e trabalhado na mesma veia que nomes como RHAPSODY OF FIRE, só que realçando ainda mais o lado épico/folk de suas canções. A energia liberada em cada música é extremamente pegajosa
e envolvente, tudo graças a melodias perfeitas criadas por ótimas
orquestrações.
Aliás, é impossível não se imaginar em Númeror, Nargothrond,
Moria, Minas Tirith, ou em outro local da Terra Média, ou mesmo em Shadizar,
Aquilônia ou outro canto do mundo durante a Era Hiboriana. Elfo, anão, humano, orc, hobbit, ou outro tipo de personagem que queria, se permita essa viagem!
Sim, a música do grupo, mesmo sem reinventar o gênero, vem
para somar e mostrar que eles têm personalidade se sobra!
Arranjos/composições:
A verdade é que o grupo sabe arranjar perfeitamente suas
canções.
A Sociedade TWILIGHT
FORCE teve uma mudança de “Heroes of
the Mighty Magic” (de 2016): Chrileon
deixou o grupo, enquanto Allyon se
tornou o novo bardo do grupo, ampliando possibilidade musicais.
Sabendo contrastar a força de orquestrações excelentes com
riffs de guitarras certeiros, técnica e peso fluindo de baixo e bateria, e tudo
isso funcionando perfeitamente para os vocais exibirem contrastes de tons
ótimos. Mas o ponto forte do disco: as canções não são complexas em termos
técnicos, ou mesmo pedantes. Nada disso, esses guerreiros mostram um trabalho
musical extremamente pegajoso, baseado em refrães grandiosos, ambientações bem
feitas e mudanças de tempo excelentes. Tudo o que um disco de primeira precisa
ter.
Qualidade sonora:
Assim como em “Heroes
of the Mighty Magic”, esse disco também
foi forjado pelas mãos de Blackwald
e Lynd, tudo para que “Dawn of the
Dragonstar” tivesse uma expressão clara, uma qualidade sonora de alto
nível. O nível de detalhamento das canções é alto, logo, foi preciso realmente
deixar tudo bem claro, mas mantendo a dose correta de peso.
Além disso, a preocupação com os timbres foi tão grande que
resolveram usar uma guitarra Fender Stratocaster para a gravação da maioria dos
solos de guitarra, ou seja, algo bem definido.
Arte gráfica/capa:
Mais uma vez o sexteto contou com o artista gráfico Kerem Beyit, que fez uma capa muito bonita, antenada com o conteúdo lírico do
disco.
Destaques musicais:
Se já tiverem lembas e cantis com água nas mãos, a espada na
cintura, as flechas na aljava e suas devidas vestes de proteção, é momento de
se permitirem uma jornada prazerosa pelo mundo de “Dawn of the Dragonstar”.
Que o Poder do Dragão nos guie e nos guarde!
As lendas começam com a grandiosa e sedutora “Dawn of the Dragonstar”, uma canção
recheada por belíssimas orquestrações e um refrão marcante (onde os vocais
mostram seus timbres agudos exuberantes); na sequência, vem a épica “Thundersword” (uma trova temperada com
aço élfico e ótimas passagens clássicas dos teclados, mas como baixo e bateria
mostram um trabalho excelente e técnico na base rítmica), seguida de “Long Live the King”, que tem o
andamento não tão veloz (o que permite que as melodias sejam mais bem
compreendidas), e cujos corais grandiosos são apaixonantes. O equilíbrio entre
partes orquestradas e peso é sustentado pela magia os Istari em “With the Light of a Thousand Suns” (reparem
nos timbres operísticos dos vocais) e “Winds
of Wisdom” (ambas são cheias de belíssimos contrastes de ambientações, e a riqueza
melódica permite o ouvinte a entender o precioso trabalho das guitarras nos
riffs e solos), as nuances mais acessíveis de “Queen of Eternity” (alguns toques à lá QUEEN surgem nas melodias, e que belíssimas combinações formadas
por guitarras e teclados) e “Valley of
the Vale” (nesta, os elementos tradicionais do gênero em termos de ritmo
são encontrados, ou seja, bateria rápida com bumbos acelerados, mas existem
boas mudanças de tempo, mostrando como a base rítmica sabe ser técnica, mas sem
perder peso). Moldada pelos malhos dos anões de Moria vem a clássica e grandiosa
“Hydra” (épica, com ótima
diversidade de ambientações, e como as guitarras estão bem, com riffs bem
construídos). Em uma pegada Symphonic Power Metal clássica vem “Night of Winterlight” (adornada por
belíssimos vocais e partes orquestrais). Fechando, vem a epopéia de mais de 12
minutos de duração chamada “Blade of
Immortal Steel” (basicamente, toda a banda está ótima, e tudo que explora
musicalmente está claro, com muitas ambientações diferentes contrastadas).
Dessa forma, as heróicas estórias do sexteto são contadas.
E um ponto interessante: os integrantes se apresentam nos
shows vestidos como personagens do universo de suas letras. E isso acaba
levando os fãs para dentro do universo deles.
Conclusão:
As antigas profecias se confirmam, pois “Dawn of the Dragonstar” é realmente um ótimo disco, e que tende a
angariar mais e mais fãs para esses Guerreiros do Poder da Alvorada.
Aproveitem, e deixem que o TWILIGHT FORCE leve-os a um mundo novo, onde a fantasia e a
diversão os aguardam...
Nota: 10,0/10,0
Dawn of the Dragonstar
Queen of Eternity
Night of Winterlight