Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Last Man Standing
2. Believe in the Fight
3. Head of a
Pin
4. Bat Shit Crazy
5. Distortion
6. A Mother’s
Prayer
7. Welcome to
the Garden State
8. Where Few
Dare to Walk
9. Out On the
Road-Kill
10. Hole in
My Soul
11. In Ashes
(bônus)
Banda:
Bobby “Blitz”
Ellsworth - Vocais
Dave Linsk -
Guitarra solo
Derek “The
Skull” Tailer - Guitarra base, backing vocals
D. D. Verni -
Baixo, backing vocals
Jason Bittner
- Bateria
Ficha
Técnica:
Chris
"Zeuss" Harris - Mixagem, masterização
Andy Sneap - Mixagem,
masterização de “In Ashes”
Travis Smith
- Artwork, Layout
Ron Lipnicki
- Bateria em “In Ashes”
Contatos:
Site Oficial:
http://wreckingcrew.com
Instagram: https://www.instagram.com/OverkillOfficial
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução: Ao lidar com o Metal e suas
características sociais e midiáticas, é preciso entender que nem sempre a
objetividade é uma boa forma de ver o mundo. Um claro exemplo é o conceito de
Big 4 do Thrash Metal. Em tese, seriam as 4 bandas com os melhores trabalhos no
gênero. Tal ideia é leviana, pois existem bandas que não chegaram a vender
500000 cópias de um mesmo álbum (ou seja, atingir a marca de disco de ouro pela
Recording Industry Association of America, ou RIAA), mas fizeram discos
fantásticos.
Só que existem
aqueles veteranos que, mesmo com muito tempo de estrada, resolvem arregaçar as
mangas e os ouvidos alheios. Nesse time está o a gangue do OVERKILL, grupo de Nova York que está vivendo um excelente momento
criativo em sua carreira. E “The Wings of War”, seu mais recente
disco (que chega em versão nacional colaboração da Shinigami Records com a Nuclear
Blast Brasil) é a prova disso.
Análise geral: A bem da verdade, o grupo mostra o
mesmo Thrash Metal vigoroso e mal encarado que acostumaram os fãs nesses quase
40 anos de atividade. Aliás, ainda mostram a mesma agressividade herdada do
Punk Rock e Hardcore, e a mesma filosofia sonora que os levou a receberem a
alcunha de “MOTÖRHEAD do Thrash
Metal”: uma pancadaria sem fim, mas sempre extremamente bem feita, e sendo a
sequência natural que o grupo estabeleceu em seu estilo de “The Electric Age” para
cá (embora este disco venha com músicas mais marcantes). E mesmo com a troca de
baterista ocorrida em 2017 (quando Ron
Lipnick deu lugar ao destruidor Jason
Bittner), não perderam força, mas pelo contrário: o poder de fogo deles
parece que aumentou ainda mais!
Basicamente,
é como se o disco disse a cada momento “vai encara?” ao ouvinte.
Arranjos/composições: Há tempos o quinteto anda com a
inspiração alta, e não é pecado algum dizer que este é o quarto disco perfeito
deles em seguida. Sim, pois “The Wings of War” soa bem acabado,
ganchudo e empolgante em cada uma de suas canções.
OVERKILL |
Banda
inspirada + boa técnica musical é a equação certa para se criar um disco de
quebrar ossos!
Qualidade sonora: De nada adiantaria tanta inspiração
musical se a produção sonora não tivesse feito um ótimo trabalho. O quinteto
fez a produção, tendo na mixagem e masterização as mãos de Chris "Zeuss" Harris, que trouxe uma aura moderna e bruta
para a música do grupo, mas sem descaracterizá-la de forma alguma. Além disso,
tudo soa claro e bem definido, além da excelente escolha de timbres instrumentais.
Arte gráfica/capa: Mais uma vez, o quinteto não usou uma
arte extremamente rebuscada, mas que ao mesmo tempo, não é simplista. Ficou bem
feita, e assim, o trabalho de Travis Smith permite que a atenção dos ouvintes
fique toda focada na música.
Destaques musicais: Não existem melhores momentos em um
disco que é todo feito de excelentes canções. O OVERKILL mais uma vez acertou o alvo, criando um “set” de 10
canções de tirar lágrimas dos olhos (seja pela emoção ou pela agressão).
“Last Man Standing”: o disco já abre com uma tijolada bem
dada diretamente nos tímpanos. Veloz, agressiva e com ótimas melodias que ficam
escondidas sobre essa colcha de riffs ótimos e vocais excelentes. Não é à toa
que é o primeiro “lyric video” de divulgação.
“Believe in the Fight”: uma virada de bateria marcante dá
início à pancadaria, que segue tempos não tão velozes, e a canção permeada de
melodias subjetivas (que refrão, e como baixo e bateria estão bem).
“Head of a Pin”:
a típica canção mais
cadenciada do grupo, onde as melodias e influências “sabbathícas” afloram. E
mais um refrão ótimo!
“Bat Shit Crazy”:
um típico Thrash
Metal/Crossover de Nova York, embora com alguns momentos mais introspectivos
que relembrarão os primeiros discos do grupo. Riffs e solos de guitarra fazem
bonito!
“Distortion”: com uma introdução limpa e
aterradora, logo vira outro massacre com tempos que transitam entre o não tão
veloz e o cadenciado, criando uma ambientação de horror.
“A Mother’s Prayer”: a essência do Thrash Metal de Nova
York pulsa nessa canção, tendo aquela clara influência do Hardcore local. Outro
refrão de primeira, boas melodias e vocais ferozes.
“Welcome to the Garden
State”: E eis a canção do primeiro vídeo clipe de divulgação.
Mais uma vez as influências de Hardcore de sua cidade natal e do Crossover
ficam evidentes. Aliás, baixo e bateria estão muito bem, criando uma base
rítmica sólida e com seus momentos técnicos, além dos backing vocals serem bem
encaixados.
“Where Few Dare to Walk”: aquele típico Thrashão cadenciado e
grudento, que leva o ouvinte a balançar a cabeça sem nem mesmo notar. Mais uma
vez, baixo e bateria mostram sua técnica, além dos vocais mostrarem alguns
timbres mais limpos aqui e ali.
“Out On the Road-Kill”: A típica canção que vai causar dor
nos ossos nos shows. Começa com alguns ritmos quebrados, antes de ganhar um
andamento veloz, e mais uma vez rebuscando o som do passado. Novamente, baixo e
bateria dão uma aula.
“Hole in My Soul”:
tempos velozes se
alternam com partes opressivas, além da adição de melodias excelentes
(especialmente no refrão marcante). Talvez já esteja apontando para algo
diferente mais adiante.
A faixa bônus
“In
Ashes” destoa um pouco pela gravação (mixagem e masterização de Andy Sneap), soando quase como um cover
por conta da ênfase mais melódica, mas é mais uma ótima canção, a cereja do
bolo nessa versão nacional.
Conclusão: Ainda
mal encarados e mantendo a mentalidade de gangue dos becos de Nova York, o OVERKILL merece que exista (e tem vaga cativa) o Big 5 do Thrash Metal dos EUA, e veio para colocar “The
Wings of War” entre os 10 melhores discos do ano!
Vai encarar?
Nota: +100%
Last Man Standing
Head of a Pin
Welcome to the Garden State
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