Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado
Introdução:
Entre o final dos
anos 70 e meados dos anos 80, o Canadá
era um forte exportador de bandas de Metal de alta qualidade. Mas os anos foram
passando, e conforme outros países foram mostrando mais e mais bandas novas e
maior diversidade musica, o cenário Metal do Canadá foi ficando cada vez mais “doméstico”,
ou seja, mais voltado para o consumo interno. Mas vez por outra, ótimos nomes
surgem de lá, como o do HAIDUK, uma “one
man band” que nos chega com seu terceiro álbum, “Exomancer”.
Análise geral:
Sendo direto ao
ponto, o trabalho musical do HAIDUK
é o mais puro e bruto Death/Black Metal que se possa imaginar, como as
primeiras bandas que ousaram fazer tal mistura nos anos 90, sendo apenas muito
bem tocado em termos técnicos, com muitos momentos bem minimalistas. Mas isso
não deixa que a música soar pedante ou mesmo tediosa. Nada disso: tudo soa com
enorme energia e é altamente empolgante aos fãs de Metal extremo.
Arranjos/composições:
Tendo apenas um
integrante, fica óbvio que “Exomancer” mostra um trabalho
musical bem pessoal. E é óbvio que a expressão musical do disco é acessível aos
fãs, com linhas melódicas muitas vezes simples (que lembram as bandas da SWOBM
dos anos 90). Se as músicas soam minimalistas e caóticas em vários momentos, foram
um conjunto extremamente envolvente, com arranjos musicais que grudam em nossos
ouvidos.
Luka Milojica (HAIDUK) |
Arte gráfica/capa: Para a concepção sombria do álbum, a
capa não poderia ficar de outra forma: trabalhada em tons de preto, verde e
branco, é algo sinistro, que encaixa no contexto musical/lírico ouvido em suas
canções..
Destaques musicais: Se “Exomancer” possui elementos musicais que já são conhecidos, existe a personalidade de Luka Milojica (mentor e único músico do HAIDUK) pulsando em cada uma delas, que leva o grupo a nos dar algo bem pessoal. E se destacam entre as canções.
“Death Portent”:
Muitas partes dissonantes,
com técnica apurada e boas mudanças de ritmo. Se a técnica musical soa
detalhista, a música sangra em vitalidade, sempre com ótimas guitarras.
“Unsummon”:
Cheia de melodias e partes técnicas não
convencionais, o ritmo é mais cadenciado, priorizando uma ambientação fúnebre e
melancólica. As partes rítmicas estão ótimas.
“Evil Art”:
Mais e mais as partes
técnicas surgem de forma espontânea, mantendo a força da canção em seu jeito
denso e mórbido de ser. Isso graças aos riffs de guitarra que remetem
justamente aos primórdios da SWOBM.
“Icevoid Nemesis”:
o Minimalismo técnico
do grupo se mescla perfeitamente a uma ambientação soturna fúnebre semelhante a
de clássicos como “De Mysteriis Dom Sathanas”
e “The Shadowthrone”. Os vocais guturais aparecem menos, mas são
bem marcantes.
“Crypternity”:
Mais uma que se
destaca devido aos arranjos bem encaixados de guitarras.
Ainda existem
as instrumentais “Subverse”, “Doom Seer”
e “Pulsar”,
cada uma com sua própria estória a contar ao ouvinte.
Conclusão:
A bem da verdade, o HAIDUK mostra em “Exomancer” que ainda
tem muito potencial para transformar
em música, e digamos de passagem: que a banda dure muitos anos, pois nos
brindou com algo incomum e ótimo nos tempos atuais.
Nota: 88%
Tracklist:
1. Death Portent
2. Unsummon
3. Evil Art
4. Subverse (instrumental)
5. Icevoid Nemesis
6. Doom Seer (instrumental)
7. Pulsar (instrumental)
8. Blood Ripple
9. Once Flesh
10. Crypternity
Banda:
Luka Milojica - Vocais, todos os instrumentos
Ficha Técnica:
Luka Milojica - Gravação, mixagem, masterização
Caelan Stokkermans - Artwork
Contatos:
Site Oficial: www.haiduk.ca
Instagram:
Assessoria:
E-mail: haidukmetal@gmail.com
“Evil Art”: https://www.youtube.com/watch?v=4a8_Vt7L_q4
Bandcamp: