Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. I Know
Words
2. Twilight
Zone
3. Victims of
a Clown
4. TV5-4
Chan
5. We’re
Tired of It
6. Wargasm
7. Antifa
8. Game
Over
9. AmeriKKKa
Banda:
Al Jourgensen -
Vocais, guitarras, programação, teclados
Sinhue Quirin -
Guitarras
Cesar Soto -
Guitarras
Tony Campos - Baixo
John Bechdel - Teclados
Derek Abrams - Bateria
DJ Swamp -
Turntables
Ficha Técnica:
Al Jourgensen - Produção
Burton C. Bell - Vocais
Arabian Prince - Vocais
Michael
Rozon - Teclados em “Antifa”, backing vocals em “Victims of a Clown”, “We’re
Tired of It”, “Wargasm” e “AmeriKKKa”, bateria programada
Roy Mayorga
- Bateria em “Victims of a Clown”, “Game Over” e “AmeriKKKa”
Contatos:
Site Oficial: www.ministryband.com
Facebook: www.facebook.com/weareministry
Twitter: https://twitter.com/WeAreMinistry
Instagram: https://www.instagram.com/weareministry/
Bandcamp: https://ministryband.bandcamp.com/
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Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Os anos finais da década de 80 verão surgir um dos maiores
pesadelos dos fãs mais tradicionais e radicais do Metal: o famigerado
Industrial Metal.
Amado por muitos, execrado e caluniado por outros, o Metal
Industrial mostra o uso de samplers e partes cheias de efeitos especiais para
criar algo sonoramente caótico, e embora nomes como RAMMSTEIN tenham sido capazes de tornar o estilo mais acessível
para muitos, existem nomes que preferem criar algo tão bruto e opressivo.
De outro lado, existem aqueles que se preocupam com os
abusos cometidos no mundo. Abusos contra os Direitos Humanos cometidos por todo
o mundo, a falta de cumprimento das diretivas constitucionais, a falta de ética
e moral dos líderes das nações com seus cidadãos, nada disso é exatamente novo,
mas parecem crescer a níveis absurdos nos últimos tempos. E isso é mais que
suficiente para enfurecer a muitos, especialmente Al Jourgensen, vocalista e líder do MINISTRY, um dos pioneiros do Metal Industrial. E como a raiva
anarquista de Al parece ser o
combustível de sua criatividade, nada mais evidente que em tempos de Trump, a banda lance “AmeriKKKant”, seu décimo-quarto disco
de estúdio, que chega ao Brasil via Shinigami
Records/Nuclear Blast.
A velha fórmula musical da banda está aí: peso misturado com
muito Groove, além das partes sequenciais de efeitos sonoros, mais aquele
impacto profundamente pesado e avassalador. E embora não se possa comparar “AmeriKKKant” com obras-primas como “Mind is a Terrible Thing to Taste” e “ΚΕΦΑΛΗΞΘ”, ele possui seu charme,
mostrando que o MINISTRY está mais
vivo que nunca. E que não vai deixar Donald
Trump em paz.
A sonoridade de “AmeriKKKant”
é justamente a que se espera de Al
Jourgensen: bem feita, sendo capaz de permitir que o grupo expresse suas ideias
musicais com clareza, mas com muito peso. Óbvio que a sonoridade é abrasiva e
gordurosa, já que o MINISTRY tem um
enfoque mais agressivo do Industrial, beirando o Groove/Thrash Metal. E na
capa, a Estátua da Liberdade fazendo um “facepalm”, deixando bem claro a que o
título se refere.
“Apocalipse” seria uma boa palavra para descrever o que “AmeriKKKant” nos mostra musicalmente.
Mas ao mesmo tempo, o MINISTRY
continua com seu estilo sonoro característico intacto, mas sem buscar fazer
muitas inovações.
Melhores momentos: O caos hipnóticos e opressivo dos tempos
de “Twilight Zone”, a força bruta do
groove abrasive de “Victims of a Clown”,
a rapidez caótica e claustrofóbica com elementos Thrash/Groove Metal de “We’re Tired of It” (ótimos vocais,
riffs de guitarras ríspidos e simples, mais as partes sampleadas de sempre), as
ótimas melodias ruidosas de “Wargasm”,
a ultrajante e agressiva “Antifa”, e
os pregos parnasianos de “Game Over”
e “AmeriKKKa” . E vejam que os
convidados como Burton C. Bell (do FEAR FACTORY), o rapper Arabian Prince e Roy Mayorga deram um sabor especial a “AmeriKKKant”.
Assim, o MINISTRY
mostra-se forte e revigorado, pronto para mais pancadaria, e melhor tirarem da
cabeça que Al é de esquerda ou direita: ele é apenas um pensador independente que
não se enquadra em lado algum (e cospe sua ira anárquica para cima de todos),
fazendo de “AmeriKKKant” um manifesto caótico e um dos melhores discos do ano!
Nota: 97%