Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Musik Records
Nacional
Tracklist:
1. Mind the Gap
2. Given and Taken
3. Screaming Ghosts
4. Lick My Lips
5. Empty Stage
6. Unleash Your Heat
7. Heatstrokes
8. Spelbound Age
9. Overwhelmed
10. Dare to Dream
Banda:
André Adonis -
Vocais, Guitarra Base, Guitarra Solo em 3 e 7
Mayck Vieira
- Guitarras, backing vocals
P. Jordan -
Baixo, backing vocals
Fred Mika - Bateria,
backing vocals
Ficha
Técnica:
Fred Mika -
Produção, Artwork
Netto Mello -
Produção, Mixagem, Masterização
Contatos:
Site Oficial:
Instagram: https://www.instagram.com/sunroadofficial
Assessoria: www.somdodarma.com.br
(Som do Darma)
E-mail: sun-road@hotmail.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Hoje em dia,
o mundo inteiro tem experimentado o renascimento do Hard/Glam Metal dos anos
80. O estilo realmente faliu nos anos 90 nos EUA, e apesar de gigantes do
estilo por lá ainda terem moral, o sucesso comercial de antes não existe. E
isso faz com que outros países sejam criadouros de banda do gênero, entre eles,
Suécia e Finlândia têm sido os mais notáveis.
Mas quem
disse que o Brasil fica de fora?
Cada vez
mais, bandas do gênero estão surgindo por aqui, e não é nenhum pecado dizer que
uma das pontas de lança daqui é o quarteto SUNROAD,
de Goiânia, que na ativa há quase 15 anos, chegam com seu sétimo disco de
estúdio, o excelente “Heatstrokes”.
Análise
geral:
A identidade
do quarteto não é complexa de ser investigada: o mais puro Hard/Glam Metal dos
anos 80, com boa dose do Hard Rock dos anos 70. Só que a banda está com uma
pegada pesada (ainda mais que em seus discos anteriores) e a técnica que remete
diretamente ao US Metal dos anos 80 (nomes como LIZZY BORDEN e MALICE surge
naturalmente como referência sonora).
Mas não se
preocupem: quem é fã não tem do que reclamar, pois a identidade de antes
continua evidente. É apenas um novo ângulo que a banda se permitiu na abordagem
de seu jeito de fazer música.
E pode-se
aferir: eles capricharam MUITO!
Arranjos/composições:
Nada no
trabalho do quarteto é mais eficaz que sua capacidade de arranjar as canções de
maneira espontânea e melodiosa, caprichando nas partes de refrães (que são
pegajosos demais, e essa é uma das características mais fortes da banda), boas
ambientações de teclados. Mas quando partes para vocais-guitarras-baixo-bateria,
é bom sair da frente, pois o caldo engrossa de vez.
O que ocorreu
com o grupo é que resolveram colocar para fora ainda mais de sua agressividade
e energia, ganhando peso como conseqüência direta, mas sem abrir mão de
melodias “chicletosas” e ótimas ambientações acessíveis.
Basicamente:
é estilo “bateu, levou”, ou adaptando-se o bordão para o mundo musical, “ouviu,
gostou”.
Qualidade
sonora:
Se em trabalhos
anteriores o balanço crueza-peso-clareza estava um pouco fora do ponto certo,
dessa vez, eles acertaram em cheio.
A sonoridade
de “Heatstrokes”,
criada por Fred Mika e Netto Mello consegue dar às canções
aquilo que elas precisam: a clareza para que suas melodias estejam acessíveis
aos ouvidos, a força e o peso de seu lado mais Heavy Metal, mas aquele toque de
“Rock cru” essencial.
Muito da
crueza sonora vem dos timbres, escolhidos a dedo e lapidados da melhor forma
possível.
Arte
gráfica/capa:
A arte é de Fred Mika, e ficou muito bonita com
essa imagem de fundo. O encarte possui uma diagramação simples, também usando a
arte da capa como fundo. Algo bem tradicional, mas que sempre rende bons
frutos.
Destaques
musicais:
“Heatstrokes” é um disco que realmente vale o tempo
investido, pois a banda caprichou bastante.
“Mind the Gap” abre o play com uma pegada pesada e
agressiva, mas com lindas linhas melódicas (especialmente no refrão), e um leve
acento de AOR. Em “Given and Taken” o lado US Metal dos anos 80 aflora, com belas
debulhadas do baixo, além de riffs certeiros e boa dose de agressividade. O
peso melodioso se faz presente mais uma vez em “Screaming Ghosts”, cuja
ambientação é bem crua, o que torna as melodias mais duras, mas mesmo assim,
acessíveis; e o mesmo ocorre com a mais arrastada “Lick My Lips” (ambas com
belas partes de bateria). Belos teclados introduzem e estão presentes na
sensível e pegajosa “Empty Grace” (uma balada daquelas que fariam sucesso nos
programas de rádio dos anos 80), onde os contrastes de vocais bem postados e
momentos mais pesados surgem. E “Unleash Your Heat” parece uma outro
curta e grossa para fechar a balada. Também bem acessível e pegajosa é a
hardoza “Heatstrokes”, que embora mostre peso, tem aquele jeito AOR bem
evidenciado no refrão e na ambientação da canção, mesmo elementos da grudenta “Spelbound
Age” (que apesar da acessibilidade, soa mais elaborada em termos de
guitarras), um Hard mais cadenciado e duro. Novamente rebuscando os elementos
do US Metal vem a pancada melódica “Overwhelmed”, com harmonias
simples, mas certeiras (é ouvir e ser seduzido), mesmo elementos da pegada mais
lenta e bruta de “Dare to Dream” (outra pancada Hard ‘n’ Heavy nos moldes
norte-americanos).
Eita disquinho bão pra ninguém botar defeito, e pode ser ouvido nas seguintes plataformas digitais:
Spotify: http://bit.ly/2YlhOrU
Deezer: http://bit.ly/2YrgzaU
iTunes: https://apple.co/2W5nmJw
Google Play: http://bit.ly/2HkSDzY
Amazon: https://amzn.to/2HkS7lw
Youtube: http://bit.ly/30lBOfX
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Conclusão:
Os anos de
experiência e a coragem do SUNROAD
lhes permitiram construir um disco tão bom como “Heatstrokes”, e pelo
visto, é mais uma banda que vai conquistar o exterior antes do Brasil. Se bem
que eles merecem muito!
Nota: 9,2/10,0
Lick My Lips
Empty Stage