sexta-feira, 23 de agosto de 2019

SYMPTOMEN - Welcome to Brazil


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. Mud of Death
2. Welcome to Brazil
3. Hail to the King
4. Toxic Life
5. Nation’s Disease
6. Born in Hell
7. Brazil I Am
8. Sinners
9. The End of Our Days


Banda:


Iago Pedroso - Vocais, Guitarras
Kim Malthus - Guitarras, Backing Vocals
Manassés Procópio - Baixo
Ricardo Menezes - Bateria


Ficha Técnica:

Iago Pedroso - Gravação, Mixagem, Masterização


Contatos:

Site Oficial:
Assessoria: www.wargodspress.com.br (Wargods Press)


Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

O Brasil sempre foi uma galinha dos ovos de ouro para políticos e corruptos. Não é preciso escrever muito para mostrar que, desde longos séculos, o país continua sendo uma verdadeira orgia digna de Sodoma e Gomorra em termos de política, corrupção e interesses de poucos suprimindo as necessidades de muitos. E quantas não foram as vezes que são vistas essas aberrações? Aliás, elas são vistas sempre, entra governo, sai governo.

Não, não é necessário ser de direita ou esquerda para se postar contra. Basta ser decente e honesto para isso...

Essa triste realidade já foi retratada muitas vezes em letras de discos de Metal, e o SYMPTOMEN, da cidade de Tatuí (interior de SP) chega para destilar sua música crítica com “Welcome to Brazil”, seu terceiro álbum.


Análise geral:

Rotular o trabalho do quarteto como Heavy Metal seria um pecado.

Óbvio que a noção melódica e partes envolventes estão ali, mas ao invés de buscarem algo à lá NWOBHM (como é bem comum no Brasil), o trabalho do grupo vai buscar influências na escola dos EUA e Alemanha suas influências, sem contar que aglutinam algo da adrenalina do Speed/Power Metal dos anos 80, e mesmo nuances do Thrash Metal de nomes como METALLICA e MEGADETH em seus momentos mais melodiosos. Existem até toques regionais brasileiros em certos momentos (como no Groove do Samba que se ouve em “Welcome to Brazil”).

Pode-se aferir que a banda faz um molde moderno do movimento conhecido como NWOTHM (New Wave of Traditional Heavy Metal), ou seja, é Heavy Metal tradicional, só que não tão focado assim na velha escola.

E sim, o disco é ótimo!


Arranjos/composições:

É onde o grupo ganha o jogo.

Sabendo não se prender demais a modelos já erodidos, a capacidade de dar um feeling jovem e cheio de energia às canções, sempre com uma visão de que não estamos mais no passado. Longe disso, os arranjos mostram que a banda olha para o futuro.

Ótimas melodias, bom approach técnico (sem ser exagerado), além de diversidade rítmica, tudo funciona bem azeitado, sem tirar nem pôr nada.


Qualidade sonora:

Como forma de TCC de sua graduação em Tecnologia em Produção Fonográfica na FATEC, Iago Pedroso soube construir uma sonoridade bem definida e clara, que permitisse as melodias da banda e seus arranjos serem compreendidos, mas com uma dose cavalar de peso.

A agressividade vem dos timbres instrumentais, pois houve preocupação em deixar tudo limpo, mas com força e rispidez.

Basicamente: é limpo, bem feito e agressivo de doer os ouvidos.


Arte gráfica/capa:

A arte da capa deixa óbvio o conteúdo lírico do álbum: uma crítica aos poderes políticos que colocam fogo no país enquanto se deleitam em festas e coquetéis.

Além disso, fica óbvia na arte a vocação ao peso e agressividade do grupo.


Destaques musicais:

Destilando fúria e melodias em 9 canções, o grupo realmente mostra que tem tudo para se tornar grande no cenário. Sim, eles têm muito talento.

As melhores: “Mud of Death”, cheia de melodias, e com ótima técnica (guitarras de primeira, roncando riffs brutos e solos melodiosos, e as letras falam sobre o infeliz desastre ambiental de Mariana, MG); “Welcome to Brazil” com seu molejo latino aliado ao peso do Metal (toques de Samba e Bossa surgem alguns momentos, com guitarras ótimas mais uma vez, mas como baixo e bateria estão bem); a veloz e envolvente “Hail to the King” (o refrão é excelente, e os vocais estão muito bem); o jeito quase Thrashy de “Nation’s Disease”; a pancadaria Thrash com melodias tradicionais de “Born in Hell” (óbvias influências de METALLICA e mesmo de bandas do US Metal como THE RODS surgem logo de cara); e a pegada envolvente e sedutora de “Sinners” (essa é para dar torcicolos por conta da energia, e sem mencionar que baixo e bateria mais uma vez roubam a cena). Mas o disco inteiro é excelente, daqueles que se ouve de ponta a ponta sem medo.

Antes que esqueçamos, um detalhe importante: “Welcome to Brazil” pode ser ouvido (e adquirido) nas seguintes plataformas digitais:

Youtube: https://goo.gl/tbcnnc  
Spotify: https://goo.gl/isyBtc  
Deezer: https://goo.gl/YifwSr 
iTunes: https://goo.gl/6qpw8E  


Conclusão:

Mostrando personalidade e força, o SYMPTOMEN vem para botar a cara no mundo com “Welcome to Brazil”, e como foi lançado em Dezembro de 2018, vem com tudo para ser votado como um dos melhores discos de 2019!


Nota: 9,3/10,0


Mud of Death



Brazil I Am

AEGONIA - The Forgotten Song


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado


Tracklist:

1. In the Lands of Aegonia
2. Rain of Tears
3. With the Mists She Came
4. Restless Mind
5. Dreams Come to Me
6. Battles Lost and Won
7. The Offer
8. The Stolen Song
9. Gone
10. The Severe Mountain
11. A Bitter Fate
12. The Ruins of Aegonia


Banda:


Elitsa Stoyanova - Vocais, Violino
Nikolay Nikolov - Guitarras, Vocais, Kaval
Atanas Georgiev - Baixo
Ivan Kolev - Bateria


Ficha Técnica:

Nikolay Nikolov - Gravação, Mixagem, Masterização
Neli Gancheva - Oboé em “Valley of the Vale”


Contatos:

Site Oficial: http://aegonia.com/bg/
Assessoria: https://www.metalmessage.de/ (MetalMessage)


Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

Via de regra, os países europeus que fizeram parte do bloco socialista após a segunda Guerra Mundial, ou que estiveram sob um regime nos moldes da antiga U.R.S.S., manifestam um lado voltado ao Folk/Pagan Metal. Conforme entrevistas com membros de bandas desses países, esta “busca” pelas velhas culturas é árdua, uma vez que os regimes supracitados tenderam a erradicar o paganismo (um ótimo exemplo foi a caçada de Mao Tsé-Tung aos templos budistas, quase destruindo o Kung Fu Shaolin), mas mesmo assim, ela existe.

Dessa forma, não é de estranhar que o trabalho de bandas e mais bandas do leste europeu sejam permeadas por elementos pagãos e Folk. E o AEGONIA, da Bulgária, é mais um deles, conforme “The Forgotten Song”, primeiro disco do grupo, deixa claro.


Análise geral:

O quarteto cria algo que transpira toda uma aura Folk/Pagan mixada a ambientações Doom/Gothic modernas, criando algo melancólico e que envolve o ouvinte, permitindo uma viagem mental pelo passado. Mas é bom saber que as canções do grupo mostram peso e energia, e eles mostram personalidade bem própria.

Sem querer estabelecer comparativos que influenciem demais os leitores, o trabalho do grupo vai lembrar uma mistura de elementos usados por nomes como TRISTANIA, TIAMAT antigo (da época de “Wildhoney”) e THE SINS OF THY BELOVED com partes folk à lá KORPIKLAANI em seus momentos mais densos e introspectivos (como pode ser ouvido em “Pine Woods”).

Sim, é muito bom mesmo!


Arranjos/composições:

Tal tipo de trabalho exige sabedoria em termos de arranjos, e eles mostram isso em todo disco.

O grupo faz uso de violino e kaval (um tipo de flauta) para criar suas partes folk, se afastando de outros que não sejam guitarras, baixo e bateria. Nisso, se percebe que o grupo é realmente um pouco mais voltado aos aspectos mais pesados do Metal, sabendo usar os instrumentos clássicos para criar suas ambientações.

Óbvio que há um dinamismo em termos de arranjos, bem como contrastes entre o suave e melancólico com partes mais pesadas, mas sempre sem ser algo que choque os ouvidos. Longe disso, a suavidade é uma marca registrada da banda.


Qualidade sonora:

Como o grupo foi criado por Nikolay Nikolov e Elitsa Stoyanova em 2011, ele cuidou da gravação, mixagem e masterização de “The Forgotten Song”, criando algo limpo e bem definido, mas com peso nas devidas proporções quando exigido (especialmente nos momentos de vocais com timbres urrados). Pode não estar 100% dentro do que o grupo precisa, mas está de bom nível.


Arte gráfica/capa:

O grupo mostra algo mais simples como capa do disco. Algo que remete ao conteúdo musical, óbvio, mas simples, permitindo que as atenções fiquem todas na música.

AEGONIA ao vivo

Destaques musicais:

12 boas canções desfilam pelos alto-falantes, mostrando que o AEGONIA tem potencial para se firmar como um grande nome do gênero.

As melhores canções: a densa “In the Lands of Aegonia”, que antecede a Folk/Gothic “Rain of Tears” (uma canção rica em ambientações, com ótimas partes de vocais femininos e violinos, mas com a presença marcante do baixo nos momentos limpos), as belas flautas e partes introspectivas de “With the Mists She Came” (lindas linhas melódicas com guitarras mostrando riffs de primeira), o jeito Doom/Gothic tradicional de “Restless Mind”, o jeitão mais melancólico e profundo de “Battles Lost and Won” e de “The Offer”, e o Folk Metal introspectivo mostrado em “Gone”, em que pese o fato do disco inteiro ser muito bom. Tanto que parecem veteranos em termos de profissionalismo e musicalidade.


Conclusão:

Óbvio que o AEGONIA tem talento suficiente para ir ainda mais longe do que aquilo que compuseram para “The Forgotten Song”, mas por agora, é uma ótima pedida, realmente.


Nota: 8,3/10,0


Restless Mind



Bandcamp

A Estratégia da Polêmica, ou como cair em contos de vigário...


Por “Metal Mark” Garcia


E lá vamos nós de novo...

Há alguns dias, eu estava eu olhando o Facebook após uma maratona insana de resenhas. Cansado, olho e de repente surge em minha linha do tempo (ou timeline, como queiram), dou de cara com uma postagem sobre dois integrantes de uma banda lascando um beijo na boca, dizendo ser um protesto contra a homofobia na Rússia. Não sou fã da banda, logo, não citarei nomes (mesmo porque acredito que todos os leitores saibam a quem me refiro)...

Particularmente, não dou IBOPE para aquilo que não gosto, logo, só vi mesmo a manchete, e tão pouco o beijo deles comoveu minha pessoa. É cada um na sua, eu penso e vivo do meu jeito, o leitor da mesma forma, e por aí vai. Cada um na sua, e o mundo continuará girando.

O que me deixou mordido: lá estou eu olhando a postagem dessa matéria em um grupo do qual fazia parte. A primeira, com a notícia, por motivos de discussões com direito a baixarias foi retirada do ar (uma sábia decisão da moderação); a segunda, explicando os motivos, lá vem um leite com pêra, sem nem ser solicitado a dar opinião, agride a religião alheia, dizendo que “conservadores deveria estar em igrejas, e não no Metal”. Digno de uma criança chorona, e quase respondi. Poderia citar o sucesso comercial do STRYPER nos anos 80 como contra-exemplo, já que os beijoqueiros em questão não chegaram ao mesmo nível nem em seu auge (lembrando que a balada “I Believe in You” chegou a ser tema de novela Global por aqui e tocava toda hora nos programas de rádio), mas deixei para lá. Bruce Dickinson (que é a favor do Brexit), Michael Sweet, Dave Mustaine, Gene Simmons e tantos outros discordam dele sobre conservadores no Metal e no Rock, um tema aborrecido que nem faz sentido estender. Não é meu foco, mesmo porque quem brinca com criança (que é como vejo uma enorme parte desses militantes), acaba sujo de urina...

O que pensei na hora que vi a notícia: “eis mais uma banda desesperada, tentando aparecer de alguma forma”. Há quem discorde, citando o fato que sempre estão em grandes festivais. Mas a ausência de discos de canções inéditas, e mesmo o fato que não vejo muitas news ou postagens sobre a banda são um ótimo termômetro para aferir este fato: esta banda pode estar sendo consumida pelo tempo.

Diferente de prós e contras militâncias LGBT, minha mente viu apenas mais um golpe publicitário.

Basicamente, o motivo disso pode ser explicado por simples palavras: polêmicas vendem, rendem visualizações e “likes”. Mais uma vez, recordo o leitor que estou nessa vida de Metal há mais de 30 anos, logo já vi e li coisas do arco da velha. Coisas que a maioria dessa geração Nutella que se ressente e fica escandalizada teria pavor de saber. Coisas que os transformaria em fãs de coisas chatas com alguns grandes nomes do Pop Brasil dos anos 80 ou da MPB dos 70. Coisas que o tempo foram me revelando que não passam de estratégia de marketing.

Vai um morcego aí, tio?
Explicando por meio de um exemplo: um belo dia, lendo “Eu Sou Ozzy” (se ainda não leram, boa diversão, pois vale cada página), lia algo lá da época em que o Madman ainda vivia seus dias de loucura, chapado de cana, drogas e remédios, arrancou as cabeças de duas pombas na reunião com o pessoal da CBS (era algo sobre o lançamento de “Blizzard of Ozz” na Alemanha, se não me falha a memória). Depois que percebeu que deu uma senhora pisada na bola, Ozzy pensou que tomaria uma bronca épica de Sharon. Mas ela vira para ele, fala algumas coisas em tom ameno, e no final fala “a imprensa vai adorar isso”. Já comentei esse fato em matérias anteriores para revistas em que colaboro, mas continua sendo um ótimo exemplo de como usar algo ruim em seu favor. Até mesmo os processos pelos suicídios acabaram divulgando o trabalho de Ozzy (que sempre foi de alto nível, independente de qualquer coisa).

Outro bom exemplo: a infeliz morte de Cliff Burton acabou se transformando em uma alavanca que colocou o METALLICA ainda mais em evidência. Óbvio que a banda nunca quis isso, e o grupo se encontrava crescendo (em grande parte por conta de eles serem “opening act” de Ozzy na turnê do “The Ultimate Sin”), mas essa notícia os colocou em evidência para muitos fãs que não conheciam a banda. Foi algo muito impactante para a época, e lá fora, chegou a grandes jornais (aqui, só revistas especializadas e zines deram importância, lembrando que essa tragédia foi em setembro de 1986, e eu lembro que estava em um show do VULCANO no RJ).

Até brigas entre bandas davam (e ainda dão) alto Ibope. 

No passado, quem lia entrevistas nos velhos zines e revistas cansou de ver tretas como VENOM, X MERCYFUL FATE X MANOWAR (as 3 bandas não se bicavam de jeito nenhum), METALLICA X MEGADETH, SEPULTURA X SARCÓFAGO... Foram tantas que nem dá para lembrar.

Floor Jansen vs Kerry King: quem levaria?

Dos nosso tempos: lembram de Floor Jansen do NIGHTWISH reclamando do assédio dos fãs? Ou da vez em que ela falou publicamente do SLAYER? Ou o infinito (e chato) lamento de Max e Iggor Cavalera por causa do SEPULTURA? Pois é, cada uma dessas notícias cheira MUITO a oportunismo desmedido, uma oportunidade de ganhar holofotes e divulgar turnês e discos, e atualmente, compartilhamentos gratuitos dessas coisas no Facebook, Instagram e Twitter.

Se eu falar do Metal brasileiro então, a coisa fica feia, e sem necessidade alguma.

Refletindo: quais são as bandas do Brasil que estão conseguindo se manter sem esforços? A resposta é o mesmo grupo seleto de 4 ou 5 bandas, cuja citação é desnecessária, todos sabem quem são.

A maioria vive dentro do underground, logo, não faz muito sentido se envolver em polêmicas, seja lá pelo motivo que for. Aliás, torno a dizer: quem alimentou polêmicas por conta de políticos do ano passado para cá se queimou, e continua se queimando de tal forma que perdeu (e continuará perdendo) público. Em termos comerciais (como já falei antes nesta matéria), bandas não podem querer ter fãs só de um segmento político, mas fãs, pura e simplesmente. Sem essa mentalidade, ou vai ficar relegada ao underground (e nunca conseguirá se bancar, ou seja, será sempre uma fonte de gastos para os músicos), ou acaba desaparecendo de vez. E conseqüentemente, cada vez menos se pagará por seus shows, e assim, menos merchandising vendido, menos apelo, e enfim, o ostracismo que leva a banda em questão a um amargo fim.

Voltando ao tema principal. 

Particularmente, eu nem visualizo esse tipo de notícia. Não tenho paciência para notícias que acobertam caçadas a “likes”, audições nas plataformas digitais e seu devido compartilhamento, pois o desespero hoje é nessa direção (pois poucos compram discos físicos), e mesmo assim, elas não pagam tão bem como as bandas precisam. Se é assim, tem-se que ganhar com shows e venda de merchandising, mas como se a banda está fora da mídia? Se quer ganhar algo de mim nesse sentido, mostre música de alto nível. 

Entendam: basta uma polêmica, e defuntos aparecem. Sim, aquela banda que você mal vê/ouve falar, quando apronta algo, é por isso.

Por isso, no fundo, a polêmica inicial que mencionei soa como uma busca desesperada por novos fãs, uma vez que o mercado russo parece render bem, e o grupo, que teve muito prestígio na década passada, anda meio que sumido em termos de popularidade por aqui (novamente: quase não vejo nada da banda na imprensa há tempos por conta de seus trabalhos, se bem que é mais fácil ver postagens sobre Bolsonaro, Lula e outros políticos que qualquer matéria do IRON MAIDEN nos últimos dois anos). Por isso, o ato não me soa protesto ou algo do tipo, mas oportunismo e busca por audições e visualizações.

Mais uma: o uso de compartilhamentos nas plataformas sociais gera indicadores. E um dos que mais usa indicadores de internet em seu favor é o IRON MAIDEN. Lembram que foi noticiado que eles usando o número de downloads ilegais como indicador para onde devem fazer mais shows? E deu certo, pois vendem merchandising como água e ainda angariam novos fãs.

IRON MAIDEN: usando indicadores em seu proveito.

Artistas brasileiros, inclusive, adoram meter os bedelhos com o pessoal do Rock, porque já sabem que vai gerar repercussão para eles. Não citarei nomes, mas lembram de certa celebridade (que não canta Rock) usando camisas de bandas de Metal? Ou de certo falido da MPB que falou que “O Rock não chega na favela”? Pois é: viraram notícia em sites de Metal, ganharam visualizações e procuras na internet (e dinheiro) às custas dos fãs. Talvez seja de gente assim que venham os “dislikes” no Youtube, e nem imaginam que qualquer reação é uma reação. Ou seja, é o velho esquema de “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. 

Ainda: se você não gosta de um artista, por que gosta de falar dele em seus perfis nas mídias sociais? É justamente isso que todos eles querem! Por isso muitos te provocam, te irritam, te atacam: para que usando seu ressentimento, você poste várias vezes por dia, e por muitos dias, o nome da banda (gerando assim indicadores). Eis aí como você é enganado por artistas, e mesmo por políticos e celebridades. Dê a eles seu silêncio, e aí sim eles ficarão preocupados e incomodados. Nada pior para eles que o desprezo.

No mais, se querem tanto ter um lado nessas questões de polêmicas, seja como quiserem; agora, diferente da criança imatura mencionada no início (o fã leitinho com pêra que nunca deve ter ouvido falar em GODFLESH, NIN, ou mesmo no MINISTRY), façam isso sem mexer com quem está quieto. 

Seria uma postura madura, embora não maturidade e educação não estejam em voga nesse meio depois das eleições do ano passado...

P.S.: Depois disso, já saí de mais um grupo por conta do povo da “resistência”, que acha bonito ficar ostentando intelecto de vaquinha de presépio na net. Sempre digo: acredite no que quiserem, votem em quem acreditarem, só que mexer com quem está quieto tem consequências.

Para vocês, o caso se resolve com o negão do WhatsApp...


P.P.S.: não me adicionem em grupos!