Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Napalm Records
Importado
Tracklist:
1. The Widows Breed
2. Nocturnal Commando
3. Charnel Confession
4. Slaves of the Southern Cross
5. Warhounds of Hades
6. Black Banners in Flames
7. Shadow Realm of the Demonic Mind
8. Palace of Sin
9. Priest Hunt (Bonus Track)
10. Azazel’s Crown (Bonus Track)
11. Dark Coronation / Outro
Banda:
Maurice Swinkels - Vocais
Twan van Geel - Guitarras
Harold Gielen - Baixo
Erik Fleuren - Bateria
Ficha
Técnica:
Andy Classen
- Produção, gravação, mixagem, masterização
Gyula Havancsák - Artwork
Christopher Peel - Piano
Contatos:
Site Oficial:
http://www.legionofthedamned.net/
Facebook: https://www.facebook.com/LOTDOfficial
Assessoria:
E-mail: m.swink@home.nl
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
Nos dias de
hoje, as bandas têm expandido mais e mais os intervalos entre lançamentos de
álbuns novos. O fator que pesa mais nesse sentido é que elas, por conta das
exigências de terem que tocar cada vez mais (ou seja, aumentar o número de
shows) para venderem merchandising e manterem-se na ativa, isso aumenta o nível
de estresse, o que afeta a qualidade das composições. Ao mesmo tempo,
dependendo das dimensões do grupo, isso pode fazer com que tal fato diminua a
base de fãs. É preciso saber equilibrar as coisas em um tempo em que o “streaming”
não paga tão bem quanto as vendas de CDs anos atrás.
Pode ser este
o fator que fez com que o quarteto holandês LEGION OF THE DAMNED tenha tido um intervalo de cinco anos entre
seu último álbum e “Slaves of the Shadow Realm”, seu mais recente trabalho.
Análise
geral:
Basicamente, este
intervalo de tempo entre “Ravenous Plague” (de 2014) e “Slaves
of the Shadow Realm” serviu para dar uma recarregada nas baterias, pois
apesar da banda não abrir mão de seu Thrash/Death Metal bem feito de sempre, a
inspiração musical está de alto nível, superando o seu antecessor.
Além disso, as
canções transpiram a força que esses 8 anos de estabilidade na formação lhes
deu, pois é um dos discos mais sólidos do grupo, e além disso, o nível técnico
andou dando uma melhorada.
Ou seja: quem
já é fã do LEGION OF THE DAMNED
continuará sendo, e ainda poderão conquistar alguns novos com “Slaves
of the Shadow Realm”.
Arranjos/composições:
Como já dito,
o nível técnico da banda melhorou, se percebendo isso na força e solidez da
base rítmica (que também está mostrando um ótimo trabalho em termos de
variações), os riffs estão ainda mais grudentos que antes (uma das
características mais marcantes do quarteto), ao passo que os vocais esganiçados
deram uma melhorada substancial.
Os arranjos do
quarteto sempre foram de primeira, o que é interessante: usando de clichês simples
e muita criatividade, eles ajudam a dinâmica das canções, ou seja, eles preenchem
as linhas melódicas sem estarem ali por estar, fazem parte do todo sem destoar.
Aliás, como as músicas são fluidas, sem que soem enjoativas ou longas demais.
Qualidade
sonora:
Novamente, a
banda optou por trabalhar com o produtor Andy
Classen tomando conta de tudo (inclusive da mixagem e masterização). Dessa
vez, a opção foi por algo mais encorpado e “cheio”, diferente da qualidade mais
seca do disco anterior (em que também haviam trabalhado com Andy). E ele soube fazer a mistura de
peso e agressividade que é tão marcante da banda, mas sem que se perdesse a
noção de definição sonora.
Os timbres sonoros
é que surpreenderam, já que o foco foi em algo mais voltado ao Death Metal como
haviam feito em “Descent into Chaos”.
Arte
gráfica/capa:
Todo o trabalho
gráfico é do húngaro Gyula Havancsák, que
entendeu perfeitamente o que a banda queria, e fez uma arte muito bonita,
enfocada no lado mais sombrio.
Com “Slaves
of the Shadow Realm”, os holandeses vieram revigorados e prontos para
causar dores de pescoço e ouvidos, mas sempre com uma qualidade musical
inquestionável.
The Widow’s Breed:
a ponta de lança do
disco tinha que ser uma música marcante e cheia de energia. A velocidade é de
dar torcicolos, mas com boas mudanças de ritmo e um massacre imposto por baixo
e bateria (que belas conduções nos bumbos, diga-se de passagem).
Nocturnal Commando: um assalto Death/Thrash Metal de
marcar o fã, usando uma estética técnica mais simples, focando em um refrão
grudento, e guitarras excelentes (o que sempre foi uma marca registrada da
banda).
Charnel Confession: o ritmo diminui, focando em algo um
pouco mais duro e bruto, com uma ambientação densa e agressiva que permite que
os vocais mostrem um trabalho de primeira.
“Slaves of the Southern
Cross”: nesta, o ritmo se alterna entre partes mais ráipidas (no
jeito do grupo), e outras mais cadenciadas. O impacto sonoro é tamanho que
chega a doer os ouvidos dos mais incautos. E é a faixa do vídeo oficial de
divulgação do álbum.
“Warhounds of Hades”: veloz e cheia de partes “Thrashy”
empolgantes, é outra em que a combinação de riffs cativantes e vocais bem
colocados tem o efeito de prender a atenção do ouvinte.
“Shadow Realm of the
Demonic Mind”: outro momento bem marcante do disco, com partes ganchudas
que não há como resistir, graças ao ótimo trabalho das guitarras.
Ainda existe
uma versão (importada e CD+DVD) com duas faixas extras, as ótimas “Priest Hunt” (cadenciada e empolgante, e com certo acento de Black
Metal em alguns momentos) e “Azazel’s Crown” (mais veloz, direta
e reta, um murro com ótimo trabalho de baixo e bateria).
Conclusão:
“Slaves of the Shadow
Realm” mostra que
o LEGION
OF THE DAMNED ainda está longe de ficar estagnado, e que honra suas raízes holandesas
em termos de Metal extremo. E vale a aquisição, sem sombra de dúvidas!
Nota: 86,0/100,0
The Widow’s
Breed
Slaves of the
Southern Cross
Bandcamp