Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: AFM Records
Importado
Tracklist:
1. Abyss of Pain (instro)
2. Seven Heroic Deeds
3. Master of Peace
4. Rain of Fury
5. White Wizard
6. Warrior Heart
7. The Courage to Forgive
8. March Against the Tyrant
9. Clash of Times
10. The Legend Goes On
11. The Wind, the Rain and the Moon
12. Tales of a Hero’s Fate
Banda:
Giacomo Voli - Vocais
Roberto De Micheli - Guitarras
Alex Staropoli - Teclados, pianos, orquestrações, corais
Alessandro Sala - Baixo
Manuel Lotter - Bateria
Ficha Técnica:
Alex Staropoli - Produção
Sebastian “Seeb” Levermann - Mixagem, masterização
Alex Charleux - Arte da capa
Raffaele Albanese - Vocais (corais)
Christopher Lee - Narração
Contatos:
Site Oficial: http://www.rhapsodyoffire.com/
Facebook: https://www.facebook.com/rhapsodyoffire
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Mudanças de formação, em geral,
causam debates apaixonados entre os fãs. E a tendência é que eles nunca sejam
de todo superados (podem ver a questão Ozzy
X Dio quando se fala de vocais no BLACK SABBATH), mas ao mesmo tempo,
surpresas podem surgir quando isso venha a ocorrer. “The Eighth Mountain”,
novo disco do quinteto italiano RHAPSODY
OF FIRE chega em um momento em que o grupo andou sendo contestado por seus
fãs mais antigos.
Mas o disco
em si daria espaços para tantas críticas assim?
Análise geral: Antes de tudo, é necessário deixar
claro que é óbvio que a saída do
vocalista Fabio Lione em 2016 causou
frissons extremos em muitos. O que se pode aferir é que o grupo não se deixou
abalar, e que Giacomo Voli tem uma
voz excelente, que se encaixou muito bem no trabalho musical do grupo, pois tem
uma ótima diversidade de timbres (vai de agudos altos a passagens onde sua voz
natural flui haroniosamente).
O que fica
óbvio: a entrada de Giacomo não
alterou o Power Metal épico do grupo, grandioso pelo uso de ótimas
orquestrações dos teclados (Alex
continua sendo um mestre nisso). O grupo aparenta também estar mais agressivo
em alguns momentos (onde o foco passa a ser a guitarra de Roberto de Micheli), mas ao mesmo tempo, com ótima diversidade de
ritmos (os novatos Alessandro Sala no
baixo e Manuel Lotter na bateria são
ótimos).
Logo, resta
dizer que “The Eighth Mountain” dá
continuidade à tradição musical do quinteto.
Arranjos/composições: Em termos de estilo, o grupo não mudou
tanto assim em relação a tudo que já fez. A quantidade de detalhes minimalistas
continua enorme (reparem bem em “Master of Piece”, onde partes de
teclados e guitarras criam uma multiplicidade de arranjos incrível), com tudo se
encaixando perfeitamente. Algo que o quinteto sempre fez, e sempre mantendo uma
pegada melódica cativante, cada refrão polido de forma que os ouvintes
assimilem com facilidade.
Ainda soa
épico, grandioso, bem trabalhado e com suas doses corretas de peso e agressividade.
Qualidade sonora: O trabalho de Sebastian “Seeb” Levermann (com quem a banda já havia trabalhado em “Legendary Years”, além de ter trabalhos com nomes como ARMORED DAWN) na mixagem e masterização deixou tudo doando claro, mas sempre com as devidas quantidades de peso e agressividade. O que poderia sem melhor são os timbres da guitarra em vários momentos (ficou um pouco “choco” em alguns riffs). A tutela é mais uma vez do líder Alex Staropoli.
De resto, ficou excelente, verdade seja dita.
RHAPSODY OF FIRE |
Arte gráfica/capa: O nome do quinteto sempre implica em algo que leva o ouvinte ao universo literário de J. R. R. Tolkien ou George R. R. Martin. E Alex Charleux (outro que já trabalha com o quinteto há algum tempo, tendo feito a arte de “Legendary Years” e para Singles da banda) captou bem a ideia dessa nova saga épica que o grupo chama de “The Nephilim’s Empire Saga” (sim, mais uma vez, temos um trabalho conceitual deles em mãos).
Destaques musicais: O conteúdo musical de “The
Eighth Mountain” não tem o mesmo nível de clássicos do grupo como “Legendary
Tales” ou “Symphony of the Enchanted Lands”, mas está longe de ser algo
ruim. Este é mais um disco de alto nível, recheado de ótimas composições, entre
elas:
“Seven Heroic Deeds”: o disco já abre com uma canção com
guitarras pesadas, ótimos corais, mas com um peso absurdo graças ao trabalho
ótimo de baixo e bateria, mas existem uns toques técnicos bem evidentes Existem
suas partes mais melodiosas, e o refrão é um momento épico.
“Master of Peace”: Sabem aqueles corais melódicos que
grudam nos ouvidos? Essa canção tem desses em profusão, além de boas melodias.
“Rain of Fury”: é a canção do vídeo de divulgação,
logo, é um dos pontos mais fortes do disco. Linhas harmônicas diretas e
pegajosas, e maior foco no trabalho dos teclados, mas se os vocais estão
perfeitos, mostrando um alcance vocal impressionante. E que refrão!
“Warrior Heart”: aquela típica canção com maior ênfase
Folk/Épica, com maior prevalência dos teclados e vocais (e sinceramente, a
ambientação introspectiva ficou perfeita).
“March Against the
Tyrant”: 9 minutos de pura energia e empolgação, cheia de
mudanças de atmosferas (do denso e introspectivo ao veloz e pesado sem pudores).
Muita técnica, com passagens perfeitas onde guitarras e teclados criam
contrastes musicais grandiosos.
“The Legend Goes On”: o andamento mais comportado permite
uma bela evolução dos teclados, mantendo a aura épica em alta. Mas as guitarras
estão muito bem, isso sem mencionar o refrão grandioso.
“Tales of a Hero’s Fate”: outra música grande (mais de 10
minutos de duração), recheada por todos os elementos que os fãs da banda já
estão acostumados. E se preparem para corais grandiosos, vocais bem colocados e
mais mudanças de ritmo.
Conclusão: Com o grupo, não tem erro, pois sabem
explorar bem o estilo que delinearam para si mesmos. Além disso, “The
Eighth Mountain” vem para provar que o RHAPSODY OF FIRE não depende de seu passado, mas que está pronto
para desafios maiores no futuro.
Nota: 91%
“Master of
Peace”: http://bit.ly/2EAxYXD
“Rain of Fury”: http://bit.ly/2NwsIqD
“The Legend
Goes On”: http://bit.ly/2H8q2yt
Spotify