Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Selo: Peaceville Records
Importado
Tracklist:
1. Fleischmann
2. Bloodicide
3. Wayward
Samaritan
4. Levitator
5. Deader
6. March of the
Crucifers
7. Morbid
Antichrist
8. Warhead
Ritual
9. Only the
Dead Survive
10. Chainsaw
Lullaby
Banda:
Nick “Old Nick” Holmes - Vocais
Anders “Blakkheim” Nyström - Guitarras, backing
vocals
Joakim “Joakim” Karlsson - Guitarras
Jonas “Lord Seth” Renkse - Baixo, backing vocals
Martin “Axe” Axenrot - Bateria
Ficha Técnica:
Karl Daniel
Lidén - Mixagem, masterização
Eliran Kantor -
Arte da capa
Jeff Walker - Vocais
em “Bloodicide”
Karl Willetts -
Vocais em “Bloodicide”
John Walker - Vocais
em “Bloodicide”
Contatos:
Site Oficial: http://www.bloodbath.biz/
Facebook: https://www.facebook.com/bloodbathband
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Muitas bandas, ao lançarem seus novos discos,
causam comoção entre os fãs de Metal. Mesmo nomes mais cult (ou seja, não são
gigantes do mainstream, ou fortes dentro underground) são capazes de fazer isso
devido à história do grupo, bem como se ele nasceu como um projeto. Estas
definições podem ser ditas do quinteto sueco BLOODBATH, que causou um alvoroço dentro do cenário com a chegada
de “The Arrow of Satan is Drawn”,
seu mais recente álbum.
Para início de conversa, é preciso entender que a
formação da banda já teve nomes de músicos como Mikael Åkerfeldt (do OPETH),
Dan Swanö (ex-EDGE OF SANITY, hoje no WITHERSCAPE
e um monte de outros projetos, inclusive como respeitado produtor musical), Peter Tägtgren (do HYPOCRISY e PAIN?, além
de também ser produtor musical) e outros. Na formação atual, membros de nomes
como KATATONIA, OPETH, PARADISE LOST
e outros. Óbvio que muitos podem pensar em Doom Metal ou algo do tipo.
Nada disso.
O BLOODBATH
é um grupo de Death Metal tradicional, tocando uma mistura do som da Velha Guarda
sueca do estilo com muito da estética das bandas da Flórida e alguns toques do jeito
britânico de se tocar o gênero. Ou seja, não fazem nada de inovador, nada fora
do script, mas mesmo assim, é genial, com uma autenticidade que poucos grupos
ousariam ter. Muita energia, peso para ninguém reclamar, e aquela aura suja e
agressiva que realmente faz falta a muitos nomes dos dias de hoje (em especial
os que nasceram bem depois da época e que se acham “Old Shcool”). Mas não se
enganem: na música do grupo, se percebe que eles sabem trazer para os dias
atuais o velho estilo, ou seja, não soa datado ou mofado em momento algum.
Traduzindo: “The Arrow
of Satan is Drawn” nada tem de novo, mas mesmo assim, é um disco muito bom.
Na sonoridade, salta os
olhos (e ouvidos) o fato que o grupo não quis soar como no passado, mesmo sendo
todos os seus membros veteranos do cenário. Pelo contrário: a qualidade sonora
transpira vida, energia e agressividade, com aquele toque de crueza opressivo
dos anos 90, mas sempre limpa, de uma forma em que o quinteto se faz entender.
A resposta está no fato de que eles tocam como se estivessem no passado, mas
com uma timbragem instrumental atual, e usando de tecnologias modernas para
gravarem. Por isso o disco soa tão atual. E que bela arte de capa da parte de Eliran
Kantor.
Mesmo com a saída de Sodomizer
e entrada de Joakim nas guitarras entre o lançamento de “Grand Morbid
Funeral” e de “The Arrow of Satan is Drawn”, o espírito de sua
música está intocado. E apesar da banda evitar focar em técnicas individuais de
seus integrantes, percebe-se que eles não são simplistas na execução de suas
canções. Além disso, é evidente que suas músicas são de digestão fácil para o
ouvinte, e com bons arranjos e mudanças de ritmo.
Se preparem, pois esses
mortos-vivos não vão nos deixar em paz!
Em dez faixas destruidoras
de crânios, podemos destacar a opressiva “Fleischmann” (onde o grupo soa
coeso e usando de riffs de guitarras doentios), a brutalidade veloz de “Bloodicide”
(há momentos em que a influência de Hardcore fica evidente, e sem falar que os
guturais estão ótimos, ainda mais com a participação dos Death Metal Masters Jeff
Walker do CARCASS, Karl Willetts do MEMORIAM UK, e John
Walker do CANCER), a energia crua e empolgante de “Wayward
Samaritan” (quase um MOTÖRHEAD Death Metal nos momentos mais
cadenciados), o peso abusivo de “Deader” (reparem no trabalho
excepcional da base rítmica e nos toques de teclados tenebrosos), o clima bruto
e atmosférico de “Morbid Antichrist” (o uso de timbres vocais limpos e
agonizantes em certos momentos é perfeito), o jeito pegajoso agressivo de “Only
the Dead Survive” (os arranjos de guitarras fazem a diferença, seja nos
momentos mais brutos ou nos mais melancólicos), e a climática “Chainsaw
Lullaby” (que oscila entre partes mais velozes e outras mais lentas,
mostrando ótimas guitarras mais uma vez).
Mesmo que seja só um
trabalho paralelo de membros do OPETH, KATATONIA e PARADISE LOST,
o BLOODBATH é excepcional, e “The Arrow os Satan is Drawn” é uma
aula de Old School Death Metal.
Hora da aula, meus caros!
Nota: 94%
Bloodicide: https://www.youtube.com/watch?v=xDDTGAsybMY
Chainsaw
Lullaby: https://www.youtube.com/watch?v=fgsTsfvyLFo