2017
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1.
Satan’s Hollow
2.
Fatal Command
3.
We Can Not Be
Silenced
4.
I’ll Bring You
the Night
5.
Scorn and Hate
6.
Afflicted
7.
Skullbreaker
8.
Bleeding Allies
9.
The Decline
(...And the Downfall)
10. Mistaken
11. Promised Land
12. Wheels of Steel
Banda:
Schmier -
Vocais, baixo
V.O. Pulver -
Guitarras
Pontus Norgren
- Guitarras
Stefan
Schwarzmann - Bateria
Ficha Técnica:
Schmier - Produção
V.O. Pulver - Produção,
mixagem, masterização
Gyula Havancsák - Artwork
Contatos:
Site Oficial: https://www.panzerofficial.com/
Facebook: https://www.facebook.com/TheGermanPanzer
Twitter: https://twitter.com/thegermanpanzer
Youtube:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Depois de muitas polêmicas, eis que o PÄNZER alemão volta à carga. E não, não estamos falando do tanque
de guerra, mas do agora quarteto que se assumiu como banda (antes, era um
projeto paralelo), e vem com toda a força com “Fatal Command”, seu segundo disco, que chega a terras brasileiras
via Shinigami Records/Nuclear Blast
Brasil.
Mas o que esperar da banda?
Antes de tudo, é preciso esclarecer que o guitarrista Herman Frank (sim, ele mesmo, o
ex-guitarrista do ACCEPT) deixou a
banda em 2016, e em seu lugar, entraram V.O.
Pulver (do PULVER, além de
produtor musical, o mesmo que trabalhou com o DESTRUCTION em “Thrash
Anthems II” além do próprio PÄNZER
em “Send Them All to Hell”) e Pontus Norgren (o shredder do HAMMERFALL). Schmier e Stefan são
remanescentes da formação original. E essa mudança teve certo impacto no
trabalho do grupo, pois agora, a música do quarteto soa mais melodiosa e com
toques elegantes em seu jeito totalmente German Metal à lá ACCEPT com um toquezinho de agressividade Thrash Metal aqui e ali.
Basicamente, “Fatal
Command” segue a linha de seu antecessor, apenas um pouco mais melodioso e
com um trabalho de guitarras mais apurado (ter duas guitarras em uma banda sempre
expande possibilidades sonoras), e quem gostou de “Send Them All to Hell” vai continuar gostando.
A produção ficou excelente. Tudo funciona bem, com uma
clareza de alto nível, permitindo que cada mínimo detalhe da música da banda
fique evidenciado. Nada ficou escondido (embora a música da banda não seja
muito complexa), com bons timbres em todos os instrumentos. A arte gráfica
ficou de alto nível, com uma capa extremamente anárquica e bem humorada (não
explicarei o motivo de tal afirmação, basta que olhem com calma) que remete aos
anos 80, mas com uma diagramação de encarte bem feita e inteligente (sem ser
complicada demais).
O PÄNZER veio
queimando estrada, pois mesmo que sua música soe extremamente bem trabalhada (o
que nem é o objetivo da banda), ela é altamente envolvente, sedutora e cheia
daquela energia que conhecemos do Metal alemão: é ouvir e gostar, e na segunda
ouvida, você estará cantarolando. E embora “Fatal
Command” seja mais bem arranjado que “Send
Them All to Hell”, isso não faz com que ele soe menos agradável.
E preparem os ouvidos, pois eles não estão brincando em
serviço!
Canções como a ganchuda e cheia de energia “Fatal Command” (que peso em termos de
baixo e bateria), a simples e rasgada “We
Can Not Be Silenced” (onde os vocais se mostram bem diferentes do que
estamos acostumados), as lindas bases e duetos de guitarras que permeiam “I’ll Bring You the Night”, a agressiva
e cheia de boas mudanças de ritmo “Afflicted”,
a cadência dura e extremamente envolvente de “Skullbreaker”, as melodias “in your face” de “Bleeding Allies”, o ritmo lento e denso da amassa-ossos “The Decline (... And the Downfall)”, e
a ganchuda “Promised Land” com seu jeitão mezzo
ACCEPT e mezzo MOTORHEAD. E de
bônus, um hino da NWOBHM ganha uma nova roupagem: a clássica “Wheels of Steel” do SAXON,
com um jeitão bem despojado e espontâneo, aquele peso que só o Metal alemão
tem, e que ficou excelente nas mãos do quarteto, mas sem descaracterizar a
versão original.
Não chega a ser inovador (e nem tem motivos para sê-lo), mas
“Fatal Command” é um disco de
primeira e mostra que o PÄNZER veio
para ficar.
Nota: 91%