Ano: 2017
Tipo: Full
Length
Selo: ShinigamiRecords / Nuclear Blast Brasil
Nacional
Tracklist:
1.
Confused Mind
2.
Black Mass
3.
Frontbeast
4.
Dissatisfied
Existence
5.
United by
Hatred
6.
The Ritual
7.
Black Death
8.
The Antichrist
9.
Confound Games
10. Rippin’ You Off Blind
11. Satan’s Vengeance
12. Holiday in Cambodia
Banda:
Schmier - Vocais, baixo
Mike - Guitarras
Vaaver - Bateria
Ficha Técnica:
Destruction - Produção
V.O. “Otti” Pulver - Produção, guitarra solo em “Black
Death”, e 2o e 4o solos de guitarras em
“Satan’s Vengeance”
Gyula Havancsák - Artwork
Ol Drake - Músico convidado (guitarra solo em “Confused
Mind”; 1o, 3o e 5o solos
em em “Dissatisfied Existance”; “Rippin’ You Off Blind”; 2o e
4o solos em “United by Hatred”; “Antichrist”, e “Confound
Games” )
Contatos:
Site Oficial: http://www.destruction.de/
Facebook: https://www.facebook.com/destruction
Twitter: https://twitter.com/destruction
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
O tempo em que bandas andaram regravando músicas e discos do
passado, algo comum na década passada, está aparentemente quase encerrado. É
necessário esclarecer (para o bem da verdade) que muitas vezes, o trabalho fica
comprometido porque as composições em suas versões originais já são clássicas,
e que podem ter ajudado a pavimentar os caminhos de determinada vertente de
Metal. Mas existem casos em que novas versões são bem vindas, e que honram as
originais. O DESTRUCTION, um dos
integrantes do trio de ferro do Thrash Metal alemão, fez isso com o disco “Thrash Anthems” e se saiu muito bem.
Logo, surge a pergunta: o que “Thrash
Anthems II” pode acrescentar ao que eles haviam feito?
A resposta é simples: muita coisa!
Lançado pela Shinigami
Records e pela Nuclear Blast Brasil
por aqui, “Thrash Anthems II” tem
algumas músicas clássicas que ficaram fora do primeiro volume por pura falta de
espaço (como “Confused Mind” e “Black Mass”), e algumas que, apesar de
nunca terem sido consideradas grandes, mereciam uma nova chance (o caso de “United by Hatred” e “Satan’s Vengeance”). Além do mais, no
caso das canções em que o baterista original Tommy (que deixou o grupo para seguir a carreira de policial)
gravou, a bateria ganhou mais técnica e diversidade (sejamos francos: Tommy não era um baterista com técnica
à altura da música do grupo). Assim, velhos hinos estão soando atuais e com um
sopro fresco de vida.
Traduzindo: preparem os ouvidos!
A produção moderna e vigorosa de “Thrash Anthems II” deu às velhas canções uma dose a mais de
agressividade merecida, sem contar os timbres instrumentais estão excelentes.
Além disso, a banda mostra um equilíbrio perfeito entre peso, melodia e
clareza, honrando seu passado e com os pés firmes no presente. Além disso, a
arte é de primeira, com uma capa muito legal, e o encarte cheio de fotos
antigas, as letras e tudo mais.
Assim como no primeiro volume, “Thrash Anthems II” nos brinda com uma música inédita, “Frontbeast”, além da versão para “Holidays in Camboja”, hino Punk
Rock/HC do DEAD KENNEDYS. As outras
varrem a carreira da banda entre o EP “Sentence
of Death” (estréia da banda em disco), passando por “Infernal Overkill”, “Eternal Devastation” e “Release from Agony”, e fechando em “Cracked Brains” (disco em que o baixista/vocalista Schmier não participou na época).
Nisso, se percebe quanto o grupo foi seminal para o Thrash Metal alemão.
Todas as canções são excelentes, mas não falar nos riffs
velozes e solos de “Confused Mind”,
na energia crua temperada com ótima técnica de “Black Mass” (como os timbres vocais mais recentes deram uma vida
toda nova à canção), o trabalho mais técnico e raçudo de “Dissatisfied Existance”, a rifferama fenomenal de “United by Hatred” e seus tempos mais
cadenciados (como a bateria melhorou em termos técnicos), a roupagem mais
técnica e bem acabada de “Ritual”, “Black Death” e “Antichrist” (se eles tivessem essa evolução toda nos anos 80…); a
cadência evolvente e agressivamente fluida de “Confound Games”, a incorporação e total reaproveitamento da
trabalhada e cheia de mudanças rítmicas “Rippin’
Off You Blind” (já que, como ditto acima, Schmier não fez as vozes originais), e a clássica e sempre subestimada
“Satan’s Vengeance” (sejamos
sinceros: poucos fãs se deram ao trabalho de conhecê-la ou classificá-la como um
clássico em um EP onde estavam “Total
Desaster” e “Mad Butcher”). E além
delas, “Frontbeast” nos permite
traçar um paralelo interessante entre o passado e o presente do grupo, em ver
como evoluíram sem perder a essência, pois essa exibição de gala de riffs
fantásticos, vocais ríspidos como uma lixa d’água e base rítmica sólida e bem
trabalhada caberia tranquilamente em “Eternal
Devastation”. E a versão deles para “Holiday
in Camboja” ficou ainda mais agressiva que a original, mas sem mexer no
andamento original, e permite que todos comprovem por si mesmos como o Thrash
Metal realmente tem referências no Punk Rock e Hardcore.
Definitivamente: viver em um mundo onde o DESTRUCTION não existisse,
sinceramente, seria algo bem sem sal…
Nota: 100%
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