Ano: 2019
Tipo: Extended
Play (EP)
Selo: Black Legion Productions, Under Machine, Headcrusher Produções, Fronteira Produções
Nacional
Tracklist:
1. Into the
War (intro)
2. Trincheira
3. Thrash
Command
4. Primavera
Nuclear
5. The Red
Witch
Banda:
D. Legions -
Vocais
Cláudio Souza
- Guitarras
Léo Freitas -
Guitarras
Ficha
Técnica:
Víctor Próspero
- Produção, baixo
Diego Almeida
- Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/reattorband/
Instagram: https://www.instagram.com/reattorband
Assessoria: www.blacklegionprod.com
(Black Legion Productions)
E-mail: reattor.band@gmail.com
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
Hoje em dia,
com a poeira baixando, é possível ter-se apenas as bandas que estão dispostas a
fazer trabalhos em determinadas vertentes sonoras. Isso ocorre quando um
subgênero de Metal começa a sair da evidencia, caso atual do Thrash Metal.
Sim, pois a
moda do “revival do Thrash Metal” já está com sinais óbvios de cansaço, e
apenas quem quer fazer o estilo está ficando, o que é ótimo para os fãs do
gênero, já que a avalanche de lançamentos estava ficando difícil de acompanhar.
E é bom ouvir um EP como “Reattor”, da banda REATTOR, de Diadema (SP).
Análise
geral:
O quinteto é
jovem, tendo apenas 5 anos de existência (embora seus integrantes já tenham
experiência em outros grupos da região). Mas se percebe em “Reattor” que o quinteto
tem talento, impondo um Thrash Metal vigoroso e cheio de energia, na veia do
Thrash Metal germânico dos anos 80 (especialmente KREATOR da fase “Extreme Aggression”/”Coma of Souls”, e
alguns toques de SODOM da fase de “Agent
Orange”), alguns toques de EXODUS,
e nuances de Death Metal estão presentes (como ficam evidentes em “Thrash
Command”). Ou seja, é bruto, mas sempre com bom trabalho em termos
técnicos.
Vocais
esganiçados à lá Mille Petrozza (embora
alguns “inserts” guturais possam ser ouvidos), uma dupla de guitarras com riffs
empolgantes e solos caprichados, base rítmica sólida e com boa técnica (e
esbanjando peso), e tudo soando unido. É para dar dor de pescoços, pois empolga
o ouvinte!
Arranjos/composições:
Longe de
buscar ser inovador, o quinteto mostra ótima diversidade técnica, sendo capaz
de fugir do ponto comum e criar algo que realmente ganha o ouvinte com
facilidade.
O segredo
deles: o grupo não se nega o uso de partes que sejam alienígenas ao Thrash
Metal, ganhando assim mais variações, bem como mostra a capacidade em criar
ótimos arranjos. Sim, eles são bons demais, e o dinamismo de suas canções é
para não deixar que os ouvintes acreditem que eles são uma banda comum. Embora
ainda possam amadurecer mais, estão longe de serem apenas mais uma banda.
Qualidade
sonora:
Gravado no Toca
do Chico Preto Studio, em São Bernardo do Campo (SP), sob a tutela do músico e
produtor Víctor Próspero (que gravou
as partes de baixo por conta dos problemas de saúde do ex-baixista Ricardo “Thrash” Costa), a sonoridade
do EP é de um nível muito bom, soando claro e agressivo, mas de forma que se
pode entender o que eles estão tocando.
Além disso,
os timbres instrumentais foram escolhidos de forma que o EP soe agressivo e com
certo toque de crueza, mas sem passar do ponto.
Poderia ser
melhor, mas está de bom nível.
Arte
gráfica/capa:
A capa é simples,
direta, mostrando um reator nuclear com uma pessoa se protegendo contra a
radiação. E essa arte tão simples traduz bastante a musicalidade da banda:
cheia de energia e difícil de resistir!
Destaques
musicais:
REATTOR |
“Trincheira”: Uma faixa com boas mudanças de ritmo,
agressiva e cheia de energia, daquelas que incitam o slamdancing facilmente.
Cheia de bom trabalho técnico, se destacam baixo e bateria pelo peso e
diversidade rítmica.
“Thrash Command”:
Outra em que a
pancadaria come solta, cheia de arranjos ganchudos, muita energia e empolgação,
e mesmo algumas partes bem Death Metal surgem aqui e ali. As guitarras estão
excelentes, com riffs fortes e solos caprichados.
“Primavera Nuclear”: Novamente trechos oriundos do Death
Metal em termos de ritmo surgem, mas em geral é uma canção com tempos não muito
velozes, mas com uma pegada daquelas que faz a cabeça balançar sozinha.
Destaque para os contrastes dos vocais rasgados com os guturais.
“The Red Witch”:
Força e peso bem
acima da média, apresentando boa técnica, além daquela energia espontânea que
embala o ouvinte. Mas existem alguns toques mais técnicos aqui e ali que tornam
a audição um prazer.
Aliás, as letras ds canções são ótimas, falando de temas como o acidente nuclear de Chernobil (“Primavera Nuclear”), a psicopata Ilse Koch, esposa de Karl Otto Koch, comandante dos campos de extermínio de Buchenwald e Majdanek (“The Red Witch”), guerra (“Trincheira”), e mesmo a dureza da vida cotidiana dos fãs de Metal (“Thrash Command”).
Conclusão:
“Reattor” vem para mostrar que o Thrash Metal
ainda tem muita lenha para queimar, e que o REATTOR é um nome bastante promissor do cenário brasileiro.
Só uma
crítica: bem que “Reattor” poderia ser um álbum, pois a sensação de “quero mais”
é inevitável...
Em tempo: o baterista Diego Almeida foi efetivado na banda após as gravações, e no baixo entrou Beto Júnior.
Em tempo: o baterista Diego Almeida foi efetivado na banda após as gravações, e no baixo entrou Beto Júnior.
Nota: 8,4/10,0
Trincheira
The Red Witch