Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Heart and Soul
2. Warrior
3. Take Me to the Church
4. Night Moods
5. The Girl with the Stars in Her Eyes
6. Everest
7. Messin’ Around
8. Time Knows When It’s Time
9. Anchors Away
10. Salvation (instrumental)
11. Livin’ a Life Worth Livin’
12. The Last Supper
Banda:
Michael Schenker - Guitarras
Steve Mann - Guitarras, teclados
Chris Glen - Baixo
Ted McKenna - Bateria
Ficha Técnica:
Michael Voss-Schön -
Produção
Kirk Hammett - Guitarras em “Heart and Soul”
Robin McAuley - Vocais em “Heart and Soul”, “Warrior”,
“Time Knows When It’s Time”, e “The Last Supper”
Gary Barden - Vocais em “Warrior”, “Messin’
Around”, “Livin’ a Life Worth Livin’” e “The Last Supper”
Doogie White - Vocais em “Take Me to the Church”,
“The Girl with the Stars in Her Eyes”, “Anchors Away” e “The Last Supper”
Graham Bonnet - Vocais em “Warrior”, “Night
Moods”, “Everest” e “The Last Supper”
Contatos:
Site Oficial: https://www.michaelschenkerfest.com/
Assessoria:
markus.wosgien@nuclearblast.de (Nuclear Blast)
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Uma consciência que tomou de assalto o Metal em meados dos
anos 80 foi o quanto o uso e abuso de álcool e drogas poderiam corroer a
carreira artística de muitos músicos, bem como ceifar suas vidas. Muitos
recorreram a clínicas de desintoxicação (os famosos rehabs) para manter suas
carreiras e vidas. Um dos músicos mais brilhantes e que sofreram nessa lua foi
o guitar hero alemão Michael Schenker,
irmão mais novo de Rudolf (do SCORPIONS). Sua carreira seguiu
começando no próprio quinteto alemão, seguida por uma meteórica passagem pelo UFO e gravando discos como “Phenomenon”, “Force It”, “No Heavy Petting”
e “Lights Out”, e por fim chegando a
sua própria banda, o MSG, mas suas
lutas internas nunca cessaram. Até agora, que, enfim livre, este monstro das
seis cordas e influenciador de muitos (ou não sabiam o motivo de tantos
guitarristas usarem uma Flying V?) está de volta, vivo e arrasando em “Resurrection”, primeiro disco sob o
nome MICHAEL SCHENKER FEST. E que
disco, meninos e meninas, que ainda ganhou versão nacional pela Shinigami
Records e pela Nuclear Blast Brasil!
Aqui, temos uma belíssima mostra do bom e velho Hard
Rock/Classic Rock pesado e bem trabalhado, com boa dose de peso e a boa e velha
pegada germânica. Óbvio que se procurar algo de cada um dos trabalhos dele em “Resurrection”, vai encontrar. Não se
lava as listas de um tigre.
Mas como esse disco soa atual, vivo e cheio de uma energia
selvagem. E nem um pouco clichê. As melodias são fáceis de serem compreendidas,
cada refrão parece ter sido criado milimetricamente para grudar em nossos
ouvidos, e o melhor de tudo: distante de pretensos heróis da guitarra, Michael
e sua trupe preferem compor como banda, não para exercício de egolatria do “Boss”
da banda. Mesmo porque Michael não
usa sua guitarra como vibrador para excitar cérebros!
Preparem-se para uma aula de quem manja do assunto e tem
esse gênero musical no sangue!
Em termos de sonoridade: perfeita. O feeling musical do
grupo soa atualizado, distante desse monte de clones que se acham anos 60, 70
ou 80 que empesteiam o cenário atualmente. A clareza e força provêm do
presente, mas a garra, a técnica e musicalidade são todas de Hard Rock lá dos
bons tempos. Tudo está em seu devido lugar e com devido volume, sem tirar ou
pôr nada. E a arte é muito legal, mostrando a gangue do MICHAEL SCHENKER FEST reunida à mesa, onde o prato principal é boa
música.
Para quem ainda não percebeu, “Resurrection” tem quatro vocalistas que já estiveram no MSG no passado, e todos ao mesmo tempo,
dando um toque belíssimo e bem pessoal às canções.
Isso mesmo, quatro vocalistas diferentes, e muitas vezes, na mesma canção!
E os timbres vão dos mais secos e rockers de Graham Bonnet, passando pelas vozes melodiosas de Doogie White e Gary Barden, e ao jeito mais AOR suave de Robin McAuley, e tudo funciona em perfeita harmonia, e ainda endossado pela força rítmica de Chris Glen (baixo) e Ted McKenna (bateria), e as bases de guitarras e teclados de Steve Mann, todos com passagens pelo MSG. Mas poder ouvir o vibrato, os licks, riffs e solos de guitarra de Michael é algo prazeroso e único.
Isso mesmo, quatro vocalistas diferentes, e muitas vezes, na mesma canção!
E os timbres vão dos mais secos e rockers de Graham Bonnet, passando pelas vozes melodiosas de Doogie White e Gary Barden, e ao jeito mais AOR suave de Robin McAuley, e tudo funciona em perfeita harmonia, e ainda endossado pela força rítmica de Chris Glen (baixo) e Ted McKenna (bateria), e as bases de guitarras e teclados de Steve Mann, todos com passagens pelo MSG. Mas poder ouvir o vibrato, os licks, riffs e solos de guitarra de Michael é algo prazeroso e único.
E como tudo parece correr certo com a banda, as músicas são
todas excelentes.
Sem nos prender ao passado, canções como a grudenta “Heart and Soul” com suas belas
harmonias (e que trampo dos vocais, e onde temos solos de Kirk Hammet, um dos convidados do disco), a pesada e elegante “Warrior” (reparem na força de baixo e
bateria, dando suporte às guitarras), à dinâmica perfeita entre os vocais que
se ouve em “Take Me to the Church”,
o peso germânico evidente na energia crua e agressiva de “Night Moods” e de “The Girl
with the Stars in Her Eyes”, a levada mais espontânea e baseada no mais
puro Rock’n’Roll de “Messin’ Around”,
o toque de classe dado por “Anchors Away”
e suas melodias de fácil assimilação, e a belíssima e bem trabalhada “The Last Supper”, onde todos os
vocalistas participam. Agora, se querem ver com mais detalhes a fluência
técnica de Michael, basta ouvirem
como a guitarra é bem tratada em termos de solos na instrumental “Salvation”.
Sem fritadas exageradas, sem técnica autoindulgente, “Resurrection” nos mostra o quanto o “V
Killer” Michael Schenker continua
atual e importante. E que o MICHAEL
SCHENKER FEST não fique apenas nesse disco, por favor!
Ah, você achou que algumas partes de guitarra te lembravam alguém, não é? Na realidade, são esses “alguéns” que pensou que são crias de Michael Schenker e você não sabia.
Nota: 100%