Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
CD1:
1. Victory
2. End of the
World
3. Messiah
4. Angel’s
Thunder, Devil’s Reign
5. Burn the
Daylight
6. Heart of
a Lion
7. Armor of
Light
8. Set the
World Alight
9. San
Antonio
10. Caught in
the Witches Eye
11. Ready to
Shine
12. Raining
Fire
13.
Unbelief
14.
Thundersteel (2018 version)
CD 2 (Live
at Keep It True Festival 2015):
1. Ride
Hard Live Free
2. Fight or
Fall
3. On Your
Knees
4. Johnny’s
Back
5. Metal
Warrior
6. Wings are
for Angels
7. Sign of the
Crimson Storm
8.
Bloodstreets
9. Take Me
Back
10. Warrior
11. Road
Racin’
12. Swords
and Tequila
13.
Thundersteel
Banda:
Todd Michael Hall - Vocais
Mike Flyntz - Guitarras
Nick Lee - Guitarras
Don Van Stavern - Baixo
Frank Gilchriest - Bateria
Ficha Técnica:
Chris “The Wizard” Collier - Produção
Mariusz Gandzel - Artwork
Contatos:
Site Oficial: http://www.areyoureadytoriot.com/
Facebook: https://www.facebook.com/riotrockcity/
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Um dos grandes problemas do chamado “Metal Old School” é a
idolatria de muitos pelo passado. Você pode gostar de um disco antigo, é algo
comum. Agora, daí você se dizer um fã da Velha Guarda, ou criar uma banda que
só é capaz de juntar velhos clichês musicais como uma criança faz com
brinquedos de montar, é absurdo. Por isso, muitas bandas do Metal anos 80
atuais soam ocas: falta a vivência. Só quem viveu sabe o que é e do que este
autor está dizendo. Agora, se quer uma prova musical à vera, basta que ouçam
muitas bandas que andam por aí com nomes da Velha Guarda como o RIOT V, veterano quinteto
norte-americano que acaba de soltar a pedrada “Armor of Light”, seu décimo-sexto disco, que a parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil acabar de botar
nas lojas.
E parece que 2018 é o ano dos velhinhos!
Assim como o SAXON
com “Thunderbolt”, e o JUDAS PRIEST com “Firepower”, a experiência musical do RIOT V faz com que “Armor of
Light” seja um disco fenomenal.
Para quem não sabe, o RIOT
V nada mais é que o velho RIOT.
O “V” foi adicionado após o falecimento do membro fundador Mark Reale, em 2012. Ou seja, é mesmo quinteto de Nova York que
pode ser considerado, junto com o BLUE
OYSTER CULT e o THE RODS,
pioneiros e pais do que chamamos de US Metal: ótimo nível técnico, melodias
excelentes e de fácil assimilação, duetos e riffs de guitarra que grudam nos
ouvidos, base rítmica sólida e com um peso absurdo, além de vocais do mais alto
nível, além de uma energia musical absurda. Óbvio que a experiência os ajudou
na hora de compor, tendo na figura do baixista Don Van Stavern seu principal compositor, e assim, “Armor of Light” mostra a
consensualidade da banda com tudo que já fizeram em seu passado, mas fincando
os pés no presente e dando uma aula sobre o que é Metal à moda antiga de
verdade!
Isso é US Metal puro sangue, o verdadeiro Power Metal no
sentido mais profundo do rótulo. Isso é RIOT
V!
Em termos de produção, mais um veterano opta por uma
qualidade sonora moderna e poderosa, mas mantendo um nível de clareza
excelente. Tudo está em seu devido lugar, nada é excessivo ou está faltando, e
o acabamento é perfeito. Além disso, peso e agressividade se misturam a uma
dose salutar de agressividade. É de deixar o queixo caído o trabalho de Chris “The Wizard” Collier na produção.
E a arte de Mariusz Gandzel deixa
claro: o quinteto está pronto para a guerra, para mostrar do que são capazes e
ensinar aos mais jovens o que é Metal de verdade!
Sentem-se, meninos e meninas, porque a aula vai começar!
Basicamente, sem o RIOT
V, o Metal norte-americano poderia existir, mas seria diferente e bem mais
pobre. A capacidade do quinteto em criar músicas de uma forma clássica (mas que
mantenha uma pegada atual) é fascinante. Não há como ficar parado no lugar, tudo
está perfeito. É ouvir e sair cantando!
“Armor of Light”
é uma obra-prima de peso, algo que o RIOT
V sempre soube fazer.
Eles vieram, viram e estão dispostos a vencer com esse
disco. E ele é recheado de momentos fantásticos, como o peso e belas linhas
melódicas de “Victory” (uma
cacetada, preenchida com ótimos vocais, duetos e bases de guitarras que
esbanjam melodia, além de um refrão maravilhoso), as harmonias abrasivas bem
construídas de “End of the World” e
seu ritmo rápido (reparem o peso e técnica de baixo e bateria), o massacre
Power Metal de “Messiah” (outra que
mostra um peso feroz, impulsionado por um trabalho bem feito das guitarras), o
jeitão Classic Rock anos 70 de “Burn the
Daylight”, a pegada grudenta de “Heart
of Lion” (que belíssimos backing vocals), a exibição de gala das guitarras
contida em “Armor of Light”, o jeitão
melodioso atualizado de “Set the World
Alight” (que refrão de primeira), o peso intenso e cativante de “Caught in the Witches Eye”, e...
Para, vai!
O disco inteiro é excelente, uma exibição de gala de um
veterano, e merece todo respeito de todos. E, além disso, a versão nacional
ainda nos dá duas faixas bônus: “Unbelief”,
e um ótimo “remake” para o hino “Thundersteel”
(considerado um dos maiores clássico pelos fãs da banda).
E não para por aí: a versão nacional de “Armor of Light” é dupla, trazendo no CD 2 a apresentação do
quinteto no festival alemão Keep It True,
de 2015. Grandes momentos em “Ride Hard
Live Free”, “Fight or Fall”, “Johnny’s Back”, “Sign of the Crimson Storm”,
as clássicas “Warrior”, “Road Racin’”
e “Sword and Tequila” (as 3 lá do
passado deles, antes do primeiro hiato), e o hino “Thundersteel”. A maior parte do material é mesmo de “Thundersteel”, mas mostra que o poder
de fogo desses sujeitos parece que aumentou com o tempo.
“Armor of Light”
é uma lição de Metal à moda antiga. Uma lição preciosa demais, portanto,
comprem o disco, vejam o que é ser “Old School” de fato, e mostrem respeito a
esses veteranos raçudos.
Um dos melhores discos do ano!!!!
Nota: 100+%