Selo: Sangue Frio Produções
Nacional
Tracklist:
1. Ambaxtoi
2. Qetesh
3. Eridu
4. Incitatus
5. Baetylus
6. The Will of Ningirsu
7. Tezcatlipoca
8. Orthostat
Banda:
Rudolph Hille - Guitarras
Eduardo Rochinski - Baixo
Ficha Técnica:
Thiago Nogueira - Bateria, produção, mixagem, masterização
David Lago - Produção
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/OrthostatDM
Instagram:
Assessoria: http://www.sanguefrioproducoes.com/ (Sangue Frio Produções)
E-mail: davidlago@live.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Fazer Death Metal tradicional tem se
tornado cada vez mais uma tendência para muitas bandas jovens no Brasil. Além
disso, o “revival” dos anos 80 que anda acontecendo por estar, de certa forma,
desencadeando isso como consequência do Efeito Borboleta. Por isso, nomes como
o do trio ORTHOSTAT, de Jaraguá do
Sul (SC), que chega com seu primeiro álbum, “Monolith of Time”.
Análise geral: O trio é especializado em fazer o que
podemos chamar de Death Metal tradicional com enfoque “Old School”, ou seja,
faz referência ao som que se popularizou entre o final dos anos 80 e a primeira
metade da década de 90, com inspiração nos cenários da Inglaterra (as
influências de BOLT THROWER e BENEDICTION são sensíveis) e dos Estados
Unidos (os vocais tem um jeitão à lá INCANTATION).
O que os diferencia da maioria é o uso de uma técnica mais apurada que essa vertente
costuma apresentar.
Nos temas
líricos, fala-se mais em antigas civilizações e outros assuntos relacionados, o
que lhes dá um toque de personalidade.
Arranjos/composições: Bruto e cru, o grupo ainda carece de maior lapidação em termos musicais,
pois está na média do que se costuma ouvir do gênero. É bom, com arranjos bem
legais em termos de baixo e bateria, bons riffs e vocais competentes, mas
carece de mais amadurecimento. O potencial para tanto eles têm, mostram
personalidade nos arranjos técnicos e nas boas mudanças de ritmo, logo, o disco
é bom e os ajustes são apenas uma questão de mais ensaios e shows para entrarem
no ponto certo.
ORTHOSTAT |
Arte gráfica/capa: A arte da capa é muito boa, e nela se
revela toda a inclinação do trio para os anos 90, pois ela tem aquela aura
sinistra dos trabalhos de Dan Seagrave.
Destaques musicais: A qualidade sonora não chega a ser um
tormento, logo, é possível perceber que as canções de “Monolith of Time” denunciam
uma banda que tem talento mais que suficiente para fazer algo único. E se
destacam entre as 8 composições:
“Ambaxtoi”: após uma longa introdução, temos uma
canção brutal e com riffs de guitarra muito bons, além de boas mudanças de
andamento, variando do veloz do Death Metal tradicional até passagens mais
cadenciadas.
“Eridu”: riffs velozes e solos doentios vão
sendo os destaques desse murro seco nos ouvidos, e tem-se uma canção mais
simples e direta.
“Baetylus”: algumas partes pontuais Doom Death
Metal à lá PARADISE LOST de seus
primórdios são ótimas, mas no geral tem-se maior prevalência de ritmos velozes.
Os vocais são legais, mas uma maior diversidade de timbres viria bem a calhar e
enriqueceriam o trabalho do grupo.
“The Will of Ningirsu”: é uma canção empolgante devido à lá SLAYER das guitarras, e à pegada mais
rápida em algumas partes.
“Tezcatlipoca”: uma faixa longa, com mais de 9
minutos de duração, cheia de todos os elementos que compõem o trabalho do trio,
com muitas mudanças de ritmo, e a base rítmica ficou de primeira (a bateria,
apesar de tocada por um músico convidado, está fantástica), sem mencionar que
os solos mostram certa inclinação melodiosa (que merece ser explorada no
futuro). E o fluxo de energia é absurdo.
Conclusão: O ORTHOSTAT é um bom nome, que tende a se aperfeiçoar mais e mais
conforme a experiência for amadurecendo-os e lapidando sua música. E mesmo não
sendo um clássico, “Monolith of Time” é daqueles discos que merecem ser ouvidos
com muito carinho.
Nota: 75%
Bandcamp: https://orthostat.bandcamp.com/