segunda-feira, 5 de novembro de 2018

MaYaN- Dhyana


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. The Rhythm of Freedom
2. Tornado of Thoughts (I Don’t Think Therefore I Am)
3. Saints Don’t Die
4. Dhyana
5. Rebirth from Despair
6. The Power Process
7. The Illusory Self
8. Satori
9. Maya (The Veil of Delusion)
10. The Flaming Rage of God
11. Set Me Free


Banda:


Mark Jansen - Vocais guturais
George Oosthoek - Vocais guturais
Henning Basse - Vocais limpos (masculinos)
Adam Denlinger - Vocais limpos (masculinos)
Laura Macrì - Vocais limpos (femininos)
Marcela Bovio - Vocais limpos (femininos)
Frank Schiphorst - Guitarras
Merel Bechtold - Guitarras
Arjan Rijnen - Guitarras
Jord Otto - Guitarras
Jack Driessen - Teclados
Roel Käller - Baixo
Ariën van Weesenbeek - Bateria   


Ficha Técnica:

Joost van den Broek - Produção, engenharia de som, edição, mixagem
Jos Driessen - Engenharia de som, edição
Darius van Helfteren - Masterização
Jan Chalupecký - Condutor (orquestra)
Jan Holzner   - Engenharia de som (orquestra)
Stefan Heilemann - Direção de arte, design
Elianne Anemaat - Violoncelo em “Dhyana” e “The Illusory Self”
Roman Huijbreghs - Violões em “Dhyana”
Joost van den Broek - Teclado solo em “The Rhythm of Freedom”
The City of Prague Philharmonic Orchestra (Orquestra Filarmônica da Cidade de Praga) - Orquestra


Contatos:

Site Oficial: www.mayanofficial.com
Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Existem bandas que vão criando algo conforme os anos vão passando, lapidando-as de uma forma em que a personalidade vai aparecendo cada vez mais aos nossos ouvidos. E não é de se surpreender que o supergrupo MAYAN mereça tanto destaque e atenção por parte de todos, seja público ou crítica. E mostrando que eles ainda estão com muita lenha para jogar na fogueira, vem “Dhyana”, terceiro álbum da banda, e talvez um dos melhores lançamentos desse disputado ano. E é uma beleza poder saber que a parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil nos brinda com a versão nacional desse disco.

A verdade é que não se poderia esperar menos do grupo. Tendo à frente Mark Jansen do EPICA e Jack Driessen (ex-AFTER FOREVER), além de um time e tanto de músicos (com passagens por nomes como GOD DETHRONED, ABORTED, SYMMETRY, PROSTITUTE DISFIGUREMENT, REVAMP, CELESTIAL SEASON, ORPHANAGE, KARMAFLOW, KAMELOT, entre outros), o grupo não tem como errar. E agora, adicionando ao multifacetado Symphonic Death/Black Metal que eles fazem, tem-se a The City of Prague Philharmonic Orchestra (ou seja, a Orquestra Filarmônica da Cidade de Praga, a mesma que gravou as partes orquestrais de “Death Cult Armageddon” do DIMMU BORGIR e é conhecida pelo trabalho em peças como “Anibal” e “A Chegada”, e cujo custo foi bancado por um projeto “crowdfunding”), aumentando o leque de possibilidades musicais do grupo. Os velhos elementos de seus discos anteriores continuam aqui, agora mais bem lapidados, mais maduros, mas ainda com aqueles contrastes de beleza sinfônica melodiosa com partes agressivas, vocais que se alternam entre timbres guturais e limpos, além de uma boa mostra de técnica. Óbvio que não é um trabalho lá tão simples de ser digerido por muitos fãs (pois leva um bom tempo para se assimilar o disco como um todo), mas “Dhyana” é de uma beleza ímpar, e capaz de seduzir até o mais chato dos fãs de Metal.

A produção de um trabalho dessa magnitude não é trivial, e demanda tempo, conhecimento e paciência de quem vai segurar as rédeas. Mas Joost van den Broek repete o trabalho feito em “Antagonise” e cuidou da produção, mixagem, engenharia de som e edição (e é conhecido por seus trabalhos com bandas como After Forever, Ayreon, Epica, Karmaflow, Powerwolf, Xandria, entre outros), tendo Darius van Helfteren na masterização. Tudo para que “Dhyana” superasse as expectativas, e é isso que temos: uma sonoridade capaz de ser limpa e agressiva, de conseguir fazer com que o grupo se expresse em todas as suas possibilidades musicais, com todas as nuances necessárias, sem que algo seja perdido ou fique oculto. E sem mencionar que a escolha de timbres instrumentais é de primeira.

Sabendo transitar entre o sinfônico e o brutal, o MAYAN mostra-se uma banda com disposição para ser diferente, para criar a partir de elementos musicais díspares. E a complexidade das canções transpira nos temas líricos, já que eles tratam de como despertarmos de estados nocivos em nossas mentes para algo livre, e descobrirmos quem somos de fato. E quanto às músicas, é o pico criativo da banda, pois é a maturidade é incrível, pois todas as influências musicais se mesclam de forma que se perceba apenas o grupo.

Belas orquestrações e muitas mudanças de ritmo ocorrem em “The Rhythm of Freedom” (tudo vai do brutal ao suave sem pudores, apresentando ótimos teclados, além de um trabalho de baixo e bateria de primeira), mesmos elementos que surgem na diversidade melódica de “Tornado of Thoughts (I Don’t Think Therefore I Am)” (reparem como os vocais se alternam em timbres de forma consensual). Mais melódica e profunda é “Saints Don’t Die”, que mesmo em seus momentos mais agressivos possui uma estética elegante (e que riqueza melódica em termos de riffs). “Dhyana” é curta, toda feita em teclados e violões, além de partes de violoncelo, com belíssimos vocais femininos (alguns momentos de tons operísticos são lindos), e serve como preparação para “Rebirth from Despair”, que é mais brutal, com tempos não tão velozes e que realmente são cheios de energia (mas não se iludam, existem trechos melódicos lindos, onde os teclados criam uma ambientação cativante). Novamente com o lado mais sinfônico evidente e recheado de vocais femininos lindos, temos “The Power Process” (os duetos de vozes são lindos). Transitando entre brutalidade, melodia e elegância, temos a bem construída “The Illusory Self”, cheia de influências de música clássica no meio de partes de guitarras (que são temperadas por teclados providenciais). “Satori” também é curta e orquestral, grandiosa e focada em teclados e vozes femininas, antecipando o jeito melódico influenciado pelo Death Metal de Gotemburgo nos riffs de guitarras de “Maya (The Veil of Delusion)” (embora o recheio de orquestrações e partes sinfônicas seja uma “trademark” dos holandeses). Seguindo a mesma toada, temos “The Flaming Rage of God”, onde harmonias não convencionais são ouvidas, bem como as parte de baixo e bateria mostram maestria nas mudanças de tempos. E fechando, “Set Me Free”, que tem algo que nos lembra as experimentações orquestrais que o DIMMU BORGIR usou em “Abrahadabra”, ou seja, uma canção um pouco mais simples que as anteriores, mas com belas melodias.

O MAYAN vem mostrando que quer mais espaço e reconhecimento. E “Dhyana” é o disco certo para isso, pois mostra o quanto eles têm personalidade.

Nota: 100%



MAKINÁRIA ROCK - Mundo Imundo


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. Não Me Representa
2. O Tempo Voa
3. Gata no Cio
4. Eu Quero Rock
5. Mundo Imundo
6. Lemmy “Imortal”
7. Eleição ou Gozação
8. Eu Só Quero Paz
9. Brasil
10. Cansado (remasterização)


Banda:


Carlos Digger - Vocais 
Augusto Abade - Guitarras, backing vocals 
Lucas Tomé - Baixo
Alexandre Tomé - Bateria


Ficha Técnica:

Lau Andrade - Produção, mixagem, masterização
Xande Saraiva - Vocais em “Eu Quero Rock”
Augusto Abade - Guitarras em “Mundo Imundo”, arte da capa
Juliana Kosso - Vocais em “Eu Só Quero Paz”


Contatos:

Assessoria:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Diante da realidade dura do país em meio à uma crise econômica extrema, a um governo sem eira e nem beira, à divisão do povo em duas frentes políticas por causa da eleição (que já acabou e era para a poeira baixar de vez), é necessário sair um pouco da realidade. Sim, cair na gandaia, com cerveja (ou água para os que não bebem), amigos e muito Rock ‘n’ Roll. Nisso, “Mundo Imundo”, novo disco do quarteto paulista MAKINÁRIA ROCK é um item obrigatório para a audição.

Basicamente, pode-se dizer que o grupo tem compromisso apenas com sua música, que pode ser descrita como uma forma densa, pesada e divertida de Rock ‘n’ Roll sujo. Óbvio que as letras soam engajadas algumas vezes (embora longe do partidarismo pedante que tomou conta das redes sociais e que ninguém aguenta mais), mas há seus momentos em que tudo que importa é ser Rock. A banda não exagera na técnica, e por isso, suas canções soam pesadas e orgânicas, cheias de energia e melodias que grudam em nossos ouvidos. Algo que transita entre MOTÖRHEAD, AC/DC, BARÃO VERMELHO, CAMISA DE VÊNUS e VELHAS VIRGENS, e por isso, é tão bom.

A gravação de “Mundo Imundo” foi feita no estúdio Conspiração, tendo Lau Andrade acompanhando tudo. A sonoridade do disco é aquilo que os fãs e aqueles que os conhecem esperariam: uma sonoridade suja e orgânica, sem muitas edições. Direto e reto ao ponto de, durante os solos de guitarras não existirem bases, e assim, preserva-se o feeling “alive”. E a arte da capa é um reflexo da sujeira que permeia a realidade brasileira em todos os seus aspectos, o que nos leva a buscar o Rock para nos livrarmos de tanta coisa ruim (por isso o disco soa divertido).

Basicamente, o MAKINÁRIA ROCK não tem nenhum tipo de compromisso com quem quer que seja, e por isso, cria algo espontâneo e ao modo deles. Nada de se preocuparem se alguém vai amar ou odiar, é reto, sujo e direto ao ponto. E como é, soa muito bem aos ouvidos. Mas é preciso dizer que o grupo mostra refrãos ótimos, bons arranjos e uma dinâmica instrumental-vocais de primeira.

Musicalmente, percebe-se que os anos ajudaram o quarteto a amadurecer sua musicalidade, e assim, momentos como o jeito Hard Rock/Punk Rock de “O Tempo Voa” (reparem bem como o refrão é ótimo, e as guitarras fazem riffs e solos muito bons), o jeito Blues/Rock sujo de “Gata no Cio” (baixo e bateria mostrando um ritmo pesado e denso, mas sem exagerarem na técnica), o ritmo deliciosamente envolvente de “Eu Quero Rock” (uma canção com melodias mais acessíveis, novamente com ótimo refrão, e os vocais estão muito bem), o peso cadenciado de “Mundo Imundo”, a homenagem mais que justa ao “Sick MotörBastard” Lemmy em “Lemmy Imortal” (que tem em sua essência a clara influência do MOTÖRHEAD), a balada intensa e melancólica em “Eu Só Quero Paz” (o contraste entre as vozes masculina e feminina ficou ótimo), e a divertida e de ritmo empolgante “Brasil”. E de bônus, temos a versão remasterizada de “Cansado”, do primeiro disco do grupo.

Um disco ótimo, de simples assimilação, e que a Shinigami Records botou no mercado. Logo, sem desculpas: adquira sua cópia de “Mundo Imundo”, e permita que o MAKINÁRIA ROCK o tire dessa realidade obtusa por algum tempo.

Nota: 85%




DORO - Forever Warriors, Forever United


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

Disco 1 - Forever Warriors:

1. All for Metal
2. Bastardos
3. If I Can’t Have You - No One Will
4. Soldiers of Metal  
5. Turn It Up
6. Blood, Sweat and Rock ‘n’ Roll
7. Don’t Break My Heart Again (Whitesnake cover)
8. Love’s Gone to Hell
9. Freunde fürs Leben
10. Backstage to Heaven
11. Be Strong
12. Black Ballad
13. Bring My Hero Back Home Again


Disco 2 - Forever United:

1. Résistance
2. Lift Me Up
3. Heartbroken
4. It Cuts So Deep
5. Love is a Sin
6. Living Life to the Fullest
7. 1000 Years
8. Fight Through the Fire
9. Lost in the Ozone (Motörhead cover)
10. Caruso
11. Tra Como e Coriovallum (instrumental)
12. Metal is My Alcohol


Banda:


Doro Pesch - Vocais
Luca Princiotta - Guitarras, teclados
Bas Maas- Guitarras
Nick Douglas - Baixo
Johnny Dee - Bateria


Ficha Técnica:

Geoffrey Gillespie - Arte da capa
Johan Hegg - Vocais em “If I Can't Have You - No One Will”
Helge Schneider - Saxofone em “Backstage to Heaven”


Contatos:

Site Oficial: http://www.doro.de/
Assessoria:
E-mail: info@nuclearblast.de (Imprensa)

Texto: “Metal Mark” Garcia


Apesar das infinitas alegações (muitas justificadas e reais) de machismo que permeiam o Metal nos dias de hoje, o estilo ainda é o que dá a maior probabilidade de crescimento às mulheres. Muitos são os nomes das guerreiras que, hoje, são conhecidas por todo o mundo. Mas não é à toa que uma enorme parte dos fãs de Metal possui enorme respeito quando se fala o nome de Doro Pesch. E em uma comemoração aos 30 anos da banda DORO, e simultaneamente aos 35 anos de carreira da eterna “Metal Queen”, temos o lançamento do 20º disco da musa, que tem por título “Forever Warriors, Forever United”. E óbvio que a dobradinha entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil não deixaria os fãs tupiniquins de fora da comemoração.

O que temos no disco não é nada de novo: é o bom e velho Heavy Metal tradicional alemão com toques à lá JUDAS PRIEST claros, e algumas nuances de Hard Rock clássico e até Glam Metal, algo que Doro e sua trupe fazem desde a fundação da banda (e talvez também por influência dos outros membros o grupo, já que constam nos currículos individuais de cada um passagens por bandas como BRITNY FOX, WAYSTED, BLAZE BAYLEY, AFTER FOREVER e outros). A diferença está que a energia, a aura e jeito de se fazer a coisa é da banda, você ouve e sabe que é o DORO tocando, ponto final. Traduzindo: música de alto nível, bastante pegajosa (quem conhece a banda, sabe que criar refrães marcantes é uma de suas maiores características), bem cuidada e cheia de melodias de fácil assimilação, além de um toque de classe aliado ao peso.

É, “Forever Warriors, Forever United” é um discão!

Produção de alto nível. A sonoridade do disco é justa, pesada e bem seca, com uma estética moderna. Óbvio que há um toque de espontaneidade “plug ‘n’ play” presente, algo que flui dos que fazem parte da Velha Escola. Basicamente, se sente como se a banda houvesse entrado no estúdio, regulado os instrumentos e gravado, evitando muitas edições digitais. E na capa (de autoria do artista Geoffrey Gillespie), temos uma arte icônica, uma alusão clara ao título do disco.

Musicalmente, os 35 anos de experiência da vocalista refletem diretamente no que se ouve em “Forever Warriors, Forever United”. É quase que uma homenagem ao Heavy Metal, uma apologia ao estilo que anda sendo tão violentamente atacado por seus próprios fãs (sim, falo das constantes confusões causadas por política, militâncias politicamente corretas, e outros). E nisso, se percebe que não faltou inspiração, pois o disco inteiro mostra espontaneidade e energia de sobra, o que resulta em músicas de alto nível. E verdade seja dita: os arranjos são perfeitos.

O disco 1 se chama “Forever Warriors”, e tem como seus melhores momentos o hino “All for Metal” (primeiro vídeo de divulgação, que conta com a participação de Mille do KREATOR, Chuck Billy do TESTAMENTE, o pessoal do SABATON, o saudoso Warrel Dane e outros, e a música possui arranjos simples, vocais de primeira e um refrão irresistível), a forte “Bastardos” (uma aura à lá MOTORHEAD permeia a música, com bumbos duplos e ótimos riffs, e novamente um refrão que não sai da mente), a semi-balada pesada “If I Can’t Have You - No One Will” (os contrastes entre os vocais de Doro e Johan Hegg do AMON AMARTH ficaram ótimos, onde o peso e agressividade surgem próximo ao refrão), a lenta e introspectiva “Soldiers of Metal” (uma Power Ballad com refrão pesado, onde a dupla de guitarras mostra sua versatilidade), o Hard ‘n’ Roll nervoso de “Turn It Up”, a declaração de amor em forma de música ao Rock em “Blood, Sweat and Rock ‘n’ Roll” (outra com muita inclinação ao Glam Metal, permeada por uma acessibilidade musical deliciosa), a versão encorpada e mais pesada para “Don’t Break My Heart Again” (do velho WHITESNAKE, que ganhou peso, e tem boas partes de teclado e uma interpretação vibrante dos vocais), a elegância da bem construída “Freunde fürs Leben” (que segue o padrão de uma música em alemão nos discos da banda, que também é uma balada, mas com maior inclinação ao peso que as anteriores), e o Hard Rock Arrasa-quarteirão de “Backstage to Heaven” (as passagens de saxofone feitas por Helge Schneider encaixaram como uma luva no instrumental da canção).

Mas não acabou. Nada disso, o disco é duplo, logo, tem mais vindo!

No disco 2 (“Forever United”), a hipnótica “Résistance” (nada com o que vemos na internet por aqui nos últimos dias, uma canção de andamento pesado, evidenciando a boa técnica de baixo e bateria), o jeitão acessível e grudento de “Heartbroken” (chega a beirar o Pop em alguns momentos, mas logo o peso toma conta),  o peso tradicional do Metal germânico presente na elegante “Love is a Sin”, o jeito melancólico de “Living Life to the Fullest” (homenagem da “Metal Queen” ao saudoso “Motorbastard” Lemmy, adornada com riffs muito bons), a energia mais moderna de “1000 Years”, e a despojada e quase Punk Rock “Metal is My Alcohol”. Falar do cover da banda para “Lost in the Ozone” do MOTORHEAD nem é necessário: algo lindo, que respeita a original, mas imprimindo o estilo do quinteto.

Óbvio que a presença de várias baladas pode incomodar muitos, mas um pouco de abertura ajudará assimilar cada uma delas.

Nota: 88%



If I Can’t Have You - No One Will: https://www.youtube.com/watch?v=NeaYkEzpvLo