Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Violent Records
Nacional
Tracklist:
1. Apito Final
2. Sob a Luz Vermelha
3. Canibalismo no
Parque do Estado
4. Ódio em Mim
5. Emissário Fiel
6. E Ele Não Pode
Mais Amá-lá
7. Estranho Feito de
Fazer Amor
8. Coração de Metal
9. Countess Bathory
10. Iron Fist
Banda:
Mario César Dutra -
Vocais
Marcello Loiacono -
Guitarras
Edu de Campos - Baixo
Paulo Mariz - Bateria
Ficha Técnica:
Ivan Pellicciotti -
Produção, gravação, mixagem
Infector - Produção
Luiz Carlos Louzada -
Vocais em “Coração de Metal” e “Countess Bathory”
Sombra Metal - Vocais
em “Coração de Metal”
Angel - Vocais em “Coração
de Metal”
Roberto Opus - Vocais
em “Coração de Metal”
Douglas Goatherion -
Vocais em “Coração de Metal”
Contatos:
Site Oficial:
Assessoria: www.facebook.com/cangacorockcomunicacoes/
(Cangaço Rock Comunicações)
E-mail: infectordeathmetal@gmail.com
Texto: M. Garcia
O que é tradicional sempre demanda da banda em questão uma
visão de que ela tem que pôr vida nova naquilo que está fazendo. Não é só pegar
nos instrumentos musicais, pegar todos os clichês musicais possíveis e encher
os ouvidos alheios de mais do mesmo. É preciso colocar sangue novo naquilo que
o tempo carcomeu. Há que fique perdido no meio do caminho, mas os santistas do INFECTOR mostram em “Metal da Morte” que Old School Death
Metal é com eles.
Formado em 2000, o quarteto é o mais tradicional possível em
termos de Death Metal, sem abrir espaços para melodias ou técnica exacerbada.
Com eles, é seguir a mesma cartilha que bandas como HYPOCRISY e ENTOMBED
antigos, ASPHYX, MORBID ANGEL, DEATH,
MASSACRE e outros dessa mesma linha, sem se desviar para os lados. Aqui, a
podreira impera, o pau quebra, mas mesmo assim, eles não fazem uma coleção de
clichês, mas preferem pegar todos eles e fazer tudo do jeito deles. E isso é
bom, pois mesmo longe de ser algo inovador, tem identidade e desce a marreta do
Death Metal sem dó nos mais desavisados.
A sonoridade que foi construída para “Metal da Morte” é algo que respeita elementos do passado, mas com
o jeito moderno de soar o mais claro possível (mas sem retirar a crueza
essencial para o gênero). É algo brutal e explosivo, mas ao mesmo tempo,
esteticamente bem feito, pois se compreende tudo que está sendo feito.
Óbvio que com o título do CD, o INFECTOR declara o que é e o que vai continuar sendo pelo tempo que
ainda estiver por aqui, logo, não espere nada que não seja vocais guturais urrados
(e alguns gritos rasgados aqui e ali), riffs maciços e solos doentios, e uma
base baixo-bateria sólida e com boa técnica. E tudo feito da forma mais Old
School possível, mas com identidade.
10 pancadas bem dadas aguardam o ouvinte. Mas destacam-se a
brutalidade feroz e sem limites de “Apito
Final” e “Sob a Luz Vermelha”
(ambas com guitarras realmente ríspidas), o peso cadenciado e opressivo de “Canibalismo no Parque do Estado”, as
levadas empolgantes de “Emissário Fiel”,
e as belas passagens empolgantes de “Coração
de Metal” (esta recheada de convidados especiais nos vocais). Mas além
delas, as versões do quarteto para os clássicos “Countess Bathory” do VENOM
e “Iron Fist” do MOTÖRHEAD ficaram ótimas, respeitando as originais, mas impondo o
jeitão Death Metal à moda antiga do INFECTOR.
O quarteto vem para esmagar crânios e gerar torcicolos sem
fim, logo, se você gosta de Death Metal anos 90, “Metal da Morte” é para você.
Ouçam sem medo!
Nota: 83%