Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Mnemosyne Productions
Importado
Tracklist:
1. Lend Me the Eyes of Millenia
2. Arcana Imperii
3. Sámr
4. One Less Enemy
5. Where You Are Lost and I Belong
6. In Rites of Passage
7. Marble Soul
8. Twin Black Angels
9. Wake
Banda:
Ihsahn - Vocais,
guitarras, baixo, teclados
Ficha Técnica:
Ihsahn - Produção
Linus Corneliusson - Mixagem
Jens Bogren - Masterização
Tobias Ørnes Andersen
- Bateria
Fredrik Åkesson - Guitarras
em “Arcana Imperii”
Ritxi Ostáriz - Artwork
Contatos:
Site Oficial: http://www.ihsahn.com/
Facebook:
http://www.facebook.com/ihsahnmusic
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Desde o encerramento das atividades do EMPEROR, o vocalista/guitarrista Ihsahn leva uma carreira solo adiante. Apesar de bem sucedido e
reconhecido na Europa, seus trabalhos nunca tiveram ampla aceitação no meio
Metal. A veia mais Progressiva/experimental que ele apresenta no IHSAHN não é muito palatável para fãs
de música extrema, ou soa agressiva demais para os fãs de gêneros mais
tradicionais. Mas é fato que o trabalho dele é cheio de qualidades, como se
pode ouvir em seu sétimo e mais recente disco de estúdio, “Àmr”.
A palavra “àmr”, em norueguês antigo, significa algo como “negro”
ou “repugnante”, que poderia ser a melhor descrição para o sentimento que
muitos fãs de Metal não iniciados nesse formato experimental têm com um disco
assim. Mas a verdade seja dita: “Àmr”
é um disco fenomenal, cheio de melodias introspectivas densas, de uma
profundidade inesperada. Para ser sincero, é o disco mais melodioso da carreira
solo de Ihsahn, mas ainda assim, é
complexo e bem difícil de ser digerido. Os toques Industriais aqui, mais experimentais
ali, encaixam como uma luva.
Traduzindo: “Àmr”
é um senhor disco, talvez o melhor dele desde que voltou à música em 2005.
Pesada e limpa é a sonoridade desse play, embora possua uma
boa dose de agressividade para dar um contraste bem feito com a suavidade
melancólica e progressiva em muitos pontos. Mas tudo soa em seu devido lugar, e
com bons timbres, criando a ambientação perfeita para cada uma das canções do
play. Ela tem um tom de sujeira um pouco mais evidente que em álbuns
anteriores, talvez para ressaltar os momentos mais agressivos. E a arte gráfica
ficou muito boa, bela e macabra em certos detalhes.
Óbvio que fica claro que o trabalho IHSAHN é bem mais avant-garde
que muitos fãs de música pesada possam aceitar, mas não é difícil se sentir seduzido
por suas melodias hipnóticas. Além disso, o instrumental é muito bem cuidado,
buscando juntar o lado progressivo de sua música com sua herança agressiva. E
funciona muito bem, digamos de passagem.
Tendo o controle da obra, Ihsahn tocou quase todos os instrumentos (exceto as partes de
bateria) e cuidou dos vocais, tudo para que as 9 canções de “Àmr” soassem como ele concebeu. E as
melodias experimentais “Lend Me the Eyes
of Millenia” com seus riffs raçudos e seus teclados industriais, a beleza Progressiva
mesclada a partes mais agressivas de “Arcana
Imperii”, o jeitão Jazz/Dark Ambient introspectivo da viajante “Sámr”, a densa e agressiva “One Less Enemy” e seus detalhes técnicos,
o caos técnico e Progressivo de “In
Rites of Passage” (lembram bem de longe o experimentalismo caótico do
finado VED BUENS ENDE), a
agressividade um pouco mais digerível de “Marble
Soul”, e à “back to Black Metal roots” “Wake”
(embora cheio de adornos mais melodiosos incríveis, especialmente as partes de
vozes limpas) são os melhores momentos do disco. Mas de ponta a ponta, “Àmr” é um desafio dos mais deliciosos
de ser encarado.
No mais, IHSAHN
mostra-se prolífico, pois “Àmr” é um
discão, tanto para fãs dele quanto para aqueles mais chegados em
experimentações.
Nota: 91%
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