2017
Tipo: Full
Length
Selo: Shinigami
Records / Nuclear Blast Brasil
Nacional
Tracklist:
1.
Storm Son
2.
The River’s
Mouth
3.
Sacred Horse
4.
Axis of the
Worlds
5.
Feathers of
Eolh
6.
Hiindsiight
7.
Djupet
8.
What Else is
There?
Banda:
Grutle Kjellson - Vocais, baixo
Ivar Bjørnson - Guitarras, teclados, backing vocals
Arve Isdal - Guitarra solo
Cato Bekkevold - Bateria, percussão
Håkon Vinje - Teclados, vocais limpos
Ficha Técnica:
Ivar Bjørnson - Produção, engenharia
Grutle Kjellson - Produção
Jens Bogren - Mixagem
Tony Lindgren - Masterização
Iver Sandøy - Engenharia
Ice Dale - Engenharia
Truls Espedal - Artwork
Daniel Måge - Músico convidado (flauta em “Feathers of Eolh”)
Kjetil Møster - Músico convidado (saxofone em “Hiindsiight”)
Einar Kvitrafn Selvik - Músico convidado (vocais em “Hiindsiight”)
Iver Sandøy - Músico convidado (efeitos, bateria em “Djupet”)
Contatos:
Site Oficial: http://enslaved.no/
Facebook: https://www.facebook.com/enslaved
Twitter: https://twitter.com/enslavedband
Instagram: https://www.instagram.com/enslavedofficial/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: info@enslaved.no
Texto: Marcos Garcia
O Metal na Noruega se firmou desde a primeira metade dos
anos 90. Após todas as controvérsias e polêmicas referentes à cena Black Metal
do país, as atenções dos Metalheads do mundo começaram a se voltar ao país, e
comprovou-se que a Noruega era um verdadeiro criadouro de nomes promissores.
Muito se evoluiu de lá para cá, algumas bandas mantiveram suas raízes mais
extremas, e outras começaram a ter maior diversidade. Mas poucos grupos da
velha guarda foram tão ousados como o ENSLAVED,
quinteto radicado na cidade de Bergen (mas que tem origens em Haugesund), que mesmo
tendo uma sonoridade original próxima ao Black Metal local, foi evoluindo e
aglutinando influências de Rock Progressivo. Hoje, ouvindo o novo trabalho do
grupo, “E” (recém lançado em nosso
país pela Shinigami Records em
parceria com a Nuclear Blast Brasil).
O grupo há alguns anos se caracterizou por uma música
híbrida entre o Viking Metal brutal e agressivo de suas origens com toda uma
ambientação etérea e elegante vinda do Rock Progressivo. E em “E”, o lado Progressivo e experimental
da banda está ainda mais evidenciado (reparem que saxofones e flautas aparecem
pontualmente em certas canções), embora sem alterar a vocação metálica do
grupo, e sem que a banda tenha obliterado seu lado mais extremo.
Explicando: se você gosta do ENSLAVED em seus últimos discos, vai gostar de “E” sem problema
algum.
A produção sonora de “E”
é algo fantástico, equilibrando bem todos os elementos que compõem a música
do grupo. Limpa e fluida para que as partes melodiosas e progressivas fiquem
claras aos nossos ouvidos, mas mesmo assim, pesada e densa para que os momentos
agressivos fiquem pesados. E sem contar que o lado experimental do grupo também
ficou bem evidente aos ouvidos.
E na apresentação visual, toda a influência do Rock
Progressivo dos anos 70 fica extremamente clara. A capa nos recorda o lado
Viking Metal, mas a editoração e apresentação do encarte é totalmente
Progressiva, não há dúvidas.
Como uma tradição, o ENSLAVED
lança mão de músicas longas, cheias de mudanças de ritmos e muitas viagens
etéreas setentistas. Mas isso não os impede de mostrarem como podem crescer e
criar algo pesado, agressivo e cheio de bom gosto de uma forma tão diferente do
usual. E como dito antes: o quinteto apenas explora ainda mais possibilidades
sonoras nesse álbum.
“E” não é
lá muito fácil de ser assimilado para quem não está acostumado com a banda. Mas
é impossível não ser seduzido pelas lindas melodias bem trabalhadas de “Storm Son” (extremamente Progressiva,
com lindas passagens de teclados à lá anos 70 e cordas limpas em seu início,
vocais limpos, e mesmo as partes mais ríspidas são excelentes), a pegada um
pouco mais voltada ao início de carreira ouvida claramente em “The River’s Mouth” (riffs mais crus, além
de maior proeminência de vocais rasgados, embora as partes com vocais limpos
nos remetam ao jeitão atual do trabalho deles), o peso mamutesco bem arranjado
de “Sacred Horse” (uma exibição de
gala de baixo e bateria, que além de mostrarem muito peso, esbanjam boa técnica,
especialmente quando as partes mais sofisticadas com teclados ficam claras), a
cadência envolvente e sedutora de “Axis
of the Worlds” (os vocais mais crus e os melodiosos contrastam
perfeitamente, sem que a banda abuse demais de um instrumental técnico), o
jeitão realmente Jazz/Rock Progressivo em vários momentos de “Feathers of Eolh” (há certa
complexidade técnica aqui, fora que o lado experimental nos mostra ótimas
possibilidades futuras para a banda, além de momentos introspectivos bem
encaixados), o trabalho também técnico e com tempos quebrados de “Hiindsiight” (as linhas melódicas são
fantásticas, com boa dose de técnica instrumental, mas logo partes cadenciadas
duras e brutais surgem, sem falar nos momentos onde o saxofone aparece), a
longa “Djupet”, onde o grupo mostra
que pode ir do agressivo ao progressivo sem pudores (reparem como as guitarras
com riffs mais simples nos seduzem, sem falar que o baixo está mostrando ótima
técnica). E encerrando, temos “What Else
is There?”, uma versão estilizada e progressiva do quinteto para uma canção
do grupo norueguês de Ambient/Synth Pop RÖYKSOPP,
que está bem nessa personalização do ENSLAVED.
Dessa forma, “E”
é um disco obrigatório não só para os fãs da banda, mas também para todos que
apreciam as fusões entre Metal extremo e Rock Progressivo. Aliás, recomendo o ENSLAVED a qualquer fã de Metal de bom
gosto.
Nota: 100%
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