Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Selo: Independente
Importado
Tracklist:
1. In the Lands of Aegonia
2. Rain of Tears
3. With the Mists She Came
4. Restless Mind
5. Dreams Come to Me
6. Battles Lost and Won
7. The Offer
8. The Stolen Song
9. Gone
10. The Severe Mountain
11. A Bitter Fate
12. The Ruins of Aegonia
Banda:
Elitsa Stoyanova -
Vocais, Violino
Nikolay Nikolov -
Guitarras, Vocais, Kaval
Atanas Georgiev - Baixo
Ivan Kolev - Bateria
Ficha Técnica:
Nikolay Nikolov -
Gravação, Mixagem, Masterização
Neli Gancheva - Oboé
em “Valley of the Vale”
Contatos:
Facebook: https://www.facebook.com/aegonia
Instagram: https://instagram.com/aegoniaband/
Assessoria: https://www.metalmessage.de/
(MetalMessage)
E-mail: contact@aegonia.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Via de regra, os países europeus que fizeram parte do bloco
socialista após a segunda Guerra Mundial, ou que estiveram sob um regime nos
moldes da antiga U.R.S.S., manifestam um lado voltado ao Folk/Pagan Metal.
Conforme entrevistas com membros de bandas desses países, esta “busca” pelas
velhas culturas é árdua, uma vez que os regimes supracitados tenderam a
erradicar o paganismo (um ótimo exemplo foi a caçada de Mao Tsé-Tung aos templos budistas, quase destruindo o Kung Fu
Shaolin), mas mesmo assim, ela existe.
Dessa forma, não é de estranhar que o trabalho de bandas e
mais bandas do leste europeu sejam permeadas por elementos pagãos e Folk. E o AEGONIA, da Bulgária, é mais um deles,
conforme “The Forgotten Song”,
primeiro disco do grupo, deixa claro.
Análise geral:
O quarteto cria algo que transpira toda uma aura Folk/Pagan
mixada a ambientações Doom/Gothic modernas, criando algo melancólico e que
envolve o ouvinte, permitindo uma viagem mental pelo passado. Mas é bom saber
que as canções do grupo mostram peso e energia, e eles mostram personalidade
bem própria.
Sem querer estabelecer comparativos que influenciem demais
os leitores, o trabalho do grupo vai lembrar uma mistura de elementos usados
por nomes como TRISTANIA, TIAMAT
antigo (da época de “Wildhoney”) e THE SINS OF THY BELOVED com partes folk
à lá KORPIKLAANI em seus momentos
mais densos e introspectivos (como pode ser ouvido em “Pine Woods”).
Sim, é muito bom mesmo!
Arranjos/composições:
Tal tipo de trabalho exige sabedoria em termos de arranjos,
e eles mostram isso em todo disco.
O grupo faz uso de violino e kaval (um tipo de flauta) para
criar suas partes folk, se afastando de outros que não sejam guitarras, baixo e
bateria. Nisso, se percebe que o grupo é realmente um pouco mais voltado aos aspectos
mais pesados do Metal, sabendo usar os instrumentos clássicos para criar suas
ambientações.
Óbvio que há um dinamismo em termos de arranjos, bem como
contrastes entre o suave e melancólico com partes mais pesadas, mas sempre sem
ser algo que choque os ouvidos. Longe disso, a suavidade é uma marca registrada
da banda.
Qualidade sonora:
Como o grupo foi criado por Nikolay Nikolov e Elitsa
Stoyanova em 2011, ele cuidou da gravação, mixagem e masterização de “The Forgotten Song”, criando algo
limpo e bem definido, mas com peso nas devidas proporções quando exigido
(especialmente nos momentos de vocais com timbres urrados). Pode não estar 100%
dentro do que o grupo precisa, mas está de bom nível.
Arte gráfica/capa:
O grupo mostra algo mais simples como capa do disco. Algo
que remete ao conteúdo musical, óbvio, mas simples, permitindo que as atenções
fiquem todas na música.
Destaques musicais:
12 boas canções desfilam pelos alto-falantes, mostrando que
o AEGONIA tem potencial para se
firmar como um grande nome do gênero.
As melhores canções: a densa “In the Lands of Aegonia”, que antecede a Folk/Gothic “Rain of Tears” (uma canção rica em
ambientações, com ótimas partes de vocais femininos e violinos, mas com a
presença marcante do baixo nos momentos limpos), as belas flautas e partes
introspectivas de “With the Mists She
Came” (lindas linhas melódicas com guitarras mostrando riffs de primeira), o
jeito Doom/Gothic tradicional de “Restless
Mind”, o jeitão mais melancólico e profundo de “Battles Lost and Won” e de “The
Offer”, e o Folk Metal introspectivo mostrado em “Gone”, em que pese o fato do disco inteiro ser muito bom. Tanto que
parecem veteranos em termos de profissionalismo e musicalidade.
Conclusão:
Óbvio que o AEGONIA
tem talento suficiente para ir ainda mais longe do que aquilo que compuseram
para “The Forgotten Song”, mas por
agora, é uma ótima pedida, realmente.
Nota: 8,3/10,0
Restless Mind
Bandcamp
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