Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Paranoia
2. Game Over
3. Suffering
Myself
4. High
Voltage
Banda:
Silvano
Aguilera - Guitarras, vocais
Rafael Iak -
Guitarras
André G. Mellado
- Baixo
Fernando
Oster - Bateria
Ficha
Técnica:
Woslom -
Produção
Diego Rocha -
Produção, mixagem
Neto Grous -
Masterização
Alex Spike -
Artwork (capa)
Contatos:
Site Oficial:
www.woslom.com
Facebook: https://www.facebook.com/woslom/
Instagram: https://www.instagram.com/woslom
Assessoria:
E-mail: woslom@woslom.com
/ bookingwoslom@gmail.com
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
O que pode
ser chamado de “Classic Thrash Metal” é aquilo que algumas bandas fazem e que
remete diretamente aos anos 80, em especial à bandas como METALLICA, MEGADETH e ANTHRAX,
bandas que sedimentaram as vertentes mais trabalhadas e melódicas desse gênero
de Metal específico.
No Brasil,
felizmente existem ótimos representantes do gênero, como o quarteto WOSLOM, de São Paulo, que depois de uns
tempos quieto em termos de lançamento chega com “Paranoia”, seu novo EP,
para matar a vontade de seus fãs. Aliás, é bom avisar que o EP será lançado oficialmente em 20 de Maio próximo.
Análise
geral:
Basicamente,
todas as lições que a banda aprendeu em seus discos anteriores (os álbuns “Time
to Rise” de 2010, “Evolustruction” de 2013, e “A
Near Life Experience” de 2016), e a experiência consegue mostrar
consensualidade com o passado, mas com os olhos no futuro. Em “Paranoia”,
o lado mais melodioso da época de “Evolustruction” está evidenciado,
bem como algo mais próximo do Metal tradicional em termos de melodias, e mesmo
de Rock ‘n’ Roll (como se percebe nos refrães e algumas partes mais simples e
grudentas).
Basicamente,
shows, discos e tudo mais só lapidou o grupo, transformando sua música em algo
que não cabe mais no Brasil.
Quem conhece
a banda já sabe o que esperar de seus arranjos: tudo muito bem feito, com ótima
dinâmica entre instrumental e vozes, mas agora, adicionado a isso existe um “feeling”
de espontaneidade ainda maior, e mesmo certo despojamento (sem ser algo
relaxado). Aliás, isso só aumentou o clima mais Rock ‘n’ Roll visceral que
andava dando as caras na música deles há algum tempo.
Os vocais
estão cada vez melhores, se encaixando muito bem e com boa dicção, as guitarras
nem é necessário comentários mais profundos, pois os riffs são sensacionais (e
os solos estão ótimos), e a base rítmica andou melhorando, já que o
entrosamento entre baixo e bateria está de alto nível.
Qualidade
sonora:
O Bay Area
Studio é o local onde “Paranoia” foi gravado e mixado. E assim como
aconteceu em “A Near Life Experience”, a sonoridade mostrada é algo mais direto,
seco e direto, sem muitos enfeites. Mas é justamente assim que tudo se
encaixa perfeitamente, sem muita masturbação digital, o que permite que a
energia bruta da música da banda flua intensa e selvagem. Ou seja, assim as músicas soam vivas aos ouvidos.
Aliás, mesmo
com isso, a mixagem e a masterização (esta última feita por Neto Grous no Absolute Studio) deram
uma vida e tanto ao trabalho. Soa espontâneo, pesado e de bom gosto.
Arte
gráfica/capa:
Indo um pouco
no sentido oposto ao que a banda vinha apresentando, a arte de Alex Spike para a capa é bem simples,
com poucas cores. Mas isso permite que os fãs foquem sua atenção apenas na
música do quarteto (o que é o mais importante).
Destaques musicais:
Paranoia: Esta canção tem uma pegada mais seca
e agressiva que remete diretamente ao que se ouve em “A Near Life Experience”.
E os vocais estão muito bem, embora o trabalho de baixo e bateria esteja ótimo.
Game Over: Aqui, existem passagens Thrash Metal
do final dos anos 80 à lá MEGADETH
(mas não tão técnico), mas a adrenalina Rock ‘n’ Roll com um jeitão “motorheadiano”
encaixou como uma luva. Refrão de primeira, baixo e bateria desencadeando um
peso absurdo na base rítmica, e um solo de guitarras de primeira.
Suffering Myself: Outra em que elementos de Rock ‘n’
Roll sujo dão as caras, em tempos não muito velozes e um refrão grudento como
ele só. Os riffs de guitarra estão mais técnicos em alguns pontos, os solos
esbanjam melodia mais uma vez, alguns duetos de guitarra à lá NWOBHM e é uma faixa
para bater cabeça, pois o torcicolo é o limite (ou não).
High Voltage: E lá vêm eles mostrando de onde vem o
lado Rock sujo que se sente no EP. Esse velho clássico do AC/DC ganhou uma vida
nova nas mãos deles, mas sem perder sua essência. Ótimos vocais, com baixo e
bateria criando um “algo a mais” (as conduções nos dois bumbos e os toques mais
técnicos das quatro cordas são exemplos disso). Bon Scott e Malcolm Young
devem estar aplaudindo do outro mundo esses pupilos deles.
Conclusão:
A verdade é
simples: o WOSLOM tem tudo para ser
um dos grandes nomes do Metal brasileiro no exterior, pois já estão em outro
nível. Resta apenas desejar-lhes boa sorte, e que “Paranoia” lhes abra as
portas (e que saia em versão física, óbvio).
Nota: 96,0/100,0
Paranoia