Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Frontiers Records
Importado
Tracklist:
1. Take It to the Cross
2. Sorry
3. Lost
4. God Damn Evil
5. You Don’t Even Know Me
6. The Valley
7. Sea of Thieves
8. Beautiful
9. Can’t Live Without Your Love
10. Own Up
11. The Devil Doesn’t Live Here
Banda:
Michael Sweet - Vocais, guitarras
Oz Fox - Guitarras, backing
vocals
Perry Richardson - Baixo
Robert Sweet - Bateria
Ficha Técnica:
Michael Sweet - Produção
Matt Bachand - Vocais adicionais
em “Take it to the Cross”
John O’Boyle - Baixo
Contatos:
Site Oficial: http://www.stryper.com/
Facebook: https://www.facebook.com/Stryper
Twitter: https://twitter.com/michaelhsweet
Instagram: https://www.instagram.com/stryperofficial/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Existem aqueles que vivem
encaracolados com lances de atitudes e “Metal Way of Life” (que já foi tão
remendado e costurado em termos ideológicos que nem parece mais que falamos em
música), e existem aqueles que se permitem prestar atenção somente na música. E
seguramente, este segundo grupo é composto de pessoas capazes de se divertirem
bem mais. E é justamente para eles que o quarteto STRYPER volta à carga com mais um disco excelente, “God Damn Evil”, seu mais recente
lançamento.
Diferentemente de muitos grupos,
o quarteto soube se atualizar, mesmo mantendo suas características musicais
seminais. Ou seja, ainda temos o bom e velho Hard’n’Heavy bem trabalhado e
melodioso de sempre, com ótimos refrões, instrumental privilegiado e belíssimo
trabalho de vocais e backing vocals. Mas eles pegaram pesado em “God Damn Evil”, que vem agressivo e
soando moderno, mas sem deixar de ser o bom e velho STRYPER que todos gostamos.
Sim, é isso mesmo: “God Damn Evil” é um arregaço de peso,
agressividade e melodias bem feitas.
A produção caprichou, aliando
timbres modernos e vibrantes com uma qualidade sonora clara e bem definida, e
uma dose de peso absurda. Óbvio que aquele jeitão pegajoso dos anos 80, traço
que eles sempre ostentaram em sua música, ainda está ali, alinhavando as
harmonias do grupo. Ou seja: temos uma qualidade de som poderosa e moderna, mas
mantendo a limpeza e com timbres instrumentais fortes (E isso mostra como Michael Sweet não é um produtor musical
parado no tempo). E que capa bonita, digamos de passagem.
Podemos dizer que “God Damn Evil” é um disco que mostra o
poder de fogo da banda, que foi rebuscar elementos agressivos de seus discos
mais seminais, sem abrir mão de suas melodias pegajosas, e souberam fundir isso
à uma sonoridade pesada e moderna. Além disso, os urros de Matt Bachand (SHADOWS FALL,
ACT OF DEFIANCE) deram um toque extra de agressividade a “Take It to the Cross”, uma das faixas
mais pesadas do disco. Mas existem tantas passagens maravilhosas, tantas
melodias bem feitas... É difícil não gostar desse disco, pois nada nele é
dispensável.
Para início de conversa, o disco
já abre com a agressiva e moderna “Take
It to the Cross”, que é um hardão pesado e envolvente, com riffs de
guitarras à lá JUDAS PRIEST, mas que
tem a pegada agressiva no refrão (também com esses urros guturais inesperados,
não teria como ser diferente). Apesar da roupagem moderna, as linhas harmônicas
de “Sorry” e “Lost” são do jeitão mais clássico e grudento do quarteto (mais uma
vez, que aula de bases, solos e duetos de guitarras). E logo em seguida, tem aquele hardão pesado e gostoso típico dos anos
80 permeando “God Damn Evil” (há uma
leve influência de KISS que permeia
a canção, especialmente por conta do trabalho peso-pesado de baixo e bateria). O
jeito mais introspectivo e denso de “You
Don’t Even Know Me” (o ritmo diminui em termos de velocidade, mas que peso
e linhas melódicas) impacta o ouvinte, assim como na densa e também pesada “The Valley”. Já com um jeitão farofa
de alto nível, “Sea of Thieves” vem
parar grudar nos ouvidos e não sair mais (o Michael parece que não envelhece, pois que vozeirão!). Já com peso
e atmosfera também oitentista, “Beautiful”
vai lembrar os fãs mais antigos do início do U.S. Metal, especialmente pelo
refrão. Em “Can’t Live Without Your Love”,
temos uma power ballad pesada e bem feita, que impressiona a todos pelas
guitarras com duetos fantásticos e pelas linhas vocais perfeitas. Outra com
aquele jeitão Hard mais clássico, “Own
Up” tem melodias simples, mas mantendo um peso forte (graças ao trabalho
bem feito de baixo e bateria). E fechando, “The
Devil Doesn’t Live Here” é uma pancada rápida e cheia de energia, ostentando
um refrão de primeira e uma mescla de peso e agressividade de primeira.
Mantendo sua identidade e sabendo
aprender com a experiência, o STRYPER
chega com força para fazer de “God Damn
Evil” um dos melhores discos de 2018. E mais uma lição dos mais experientes para os novatos.
Em tempo: John O’Boyle (que tocou nos dois últimos discos solo de Michael) gravou todas as linhas de baixo
de “God Damn Evil”, sendo que o
baixista que entrou depois das gravações é Perry
Richardson, ex-FIREHOUSE.
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