Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Heavy Metal Rock Records
Nacional
Tracklist:
1. Intro
2. Kalima
3. Dragão Negro
4. Queen of Shadows
5. Apophis
6. Set-Typhon
7. Father of the True Light
8. Anti Cosmic Legion
Banda:
C. Imperium
Vociferous Necrocosm - Vocais
Lady of Blood - Guitarras
Kazoth Bey - Baixo
Mephisto Luciferius -
Bateria
Ficha Técnica:
C. Imperium
Vociferous Necrocosm - Produção, mixagem, masterização, arte da capa, layout,
design
Lady of Blood -
Produção, mixagem, masterização
Márcio Rogério Silva -
Arte do encarte
Dara Mortimer -
Corais
Contatos:
Site Oficial:
Facebook:
https://www.facebook.com/Ocultan/
Assessoria:
E-mail: ocultanblackhorde@gmail.com
Texto: M. Garcia
Certa vez, em um show em junho de 2004, este autor
conversava com um amigo músico. Ele me falou de quanto gostava do jeito mais
simples e direto de algumas bandas de Black Metal. Inclusive ele já endeusava o
quarteto OCULTAN naqueles dias.
Hoje, 14 anos depois e com vários discos lançados após “The Coffin” (que é o disco da época em que eu e este músico amigo
conversamos), o grupo paulista continua sendo uma das grandes forças do Black
Metal brasileiro, e seu décimo álbum, “Quintessence”,
só prova isso. Um lançamento que a Heavy
Metal Rock Records botou no mercado.
Óbvio que eles evoluíram muito nesses anos, lançando discos
excelentes m atrás do outro. Talvez porque o OCULTAN não fuja de sua personalidade, porque não abrem mão de seu
jeito de fazer música. Mas mesmo assim, a evolução é clara, lapidando muito bem
o talento deles. Continua sendo sujo, distorcido e cru, como é uma tradição
deles, mas ainda encorpado com a sabedoria que o tempo lhes deu. E digamos de
passagem: eles não erram!
A produção musical está um pouco mais crua do que se ouve no
trabalho anterior, o ótimo “Nexion Chaos”.
Mas como dito antes, a sabedoria em equilibrar a sujeira dura de sua sonoridade
com a necessidade de se fazer entender, o quarteto já desenvolveu há anos. O
peso é garantido, a agressividade é ótima (embora usando de uma estética mais melodicamente
obscura), e o grupo se mostra inspirado.
No que tange a arte gráfica, dessa vez, o grupo busco algo
mais elaborado, visualmente mais bonito, talvez para contrastar com a rispidez
sonora. Mas ficou ótima, com capa instigante e a arte do encarte, perfeita. Além disso, tudo vem em um formato Digipak de 3 painéis (veja na foto ao lado).
Há alguns anos o OCULTAN vem promovendo uma sequência de grandes álbuns. E “Quintessence” não foge à regra. Os vocais continuam mostrando uma ótima alternância entre timbres guturais e outros mais rasgados (embora mais evoluídos desde que C. Imperium assumiu a função integralmente), assim como a base rítmica de Kazoth Bey (baixo) e do estreante Mephisto Luciferius (bateria) é sólida, pesada e bem trabalhada (tanto que as mudanças de tempos estão presentes no disco todo, dando maior diversidade ao trabalho da banda), e o excelente trabalho em termos de riffs de guitarras realmente aclimatam o som do grupo, dando aquele jeito soturno e obscuro à lá SWOBM (Second Wave of Black Metal). Mas não se enganem: eles não são tão puristas, pois se percebem algumas influências de Death Metal aqui e ali, aglutinando ainda mais valor ao trabalho da banda.
Há alguns anos o OCULTAN vem promovendo uma sequência de grandes álbuns. E “Quintessence” não foge à regra. Os vocais continuam mostrando uma ótima alternância entre timbres guturais e outros mais rasgados (embora mais evoluídos desde que C. Imperium assumiu a função integralmente), assim como a base rítmica de Kazoth Bey (baixo) e do estreante Mephisto Luciferius (bateria) é sólida, pesada e bem trabalhada (tanto que as mudanças de tempos estão presentes no disco todo, dando maior diversidade ao trabalho da banda), e o excelente trabalho em termos de riffs de guitarras realmente aclimatam o som do grupo, dando aquele jeito soturno e obscuro à lá SWOBM (Second Wave of Black Metal). Mas não se enganem: eles não são tão puristas, pois se percebem algumas influências de Death Metal aqui e ali, aglutinando ainda mais valor ao trabalho da banda.
Após uma introdução bem climática, temos a rigidez brutal e
atmosférica de “Kalima” (recheada de
ótimas passagens de ritmo, fora o conjunto de riffs de guitarra seja ótimo), seguida
do jeitão mais tradicional (em termos de OCULTAN)
de “Dragão Negro” (ou seja, é uma
canção mais simples, direta ao ponto, mas com ótimos vocais). Uma ambientação
bem obscura aguarda o ouvinte em “Queen
of Shadows”, uma canção de andamento mais lento, privilegiando o peso, e mostrando
guitarras excelentes, enquanto a brutalidade técnica de “Apophis” mostra-se mais veloz, embora com ritmos alternados
excelentes (ótimas conduções nos dois bumbos). Já buscando algumas passagens melodiosas
que remetem ao Black Metal praticado por bandas do Oriente Médio (e que
encaixam como uma luva) é “Set-Typhon”,
onde os vocais novamente se destacam (espero que nunca mais C. Imperium pense em tocar e cantar ao
mesmo tempo, pois é um dos melhores vocalistas do Black Metal brasileiro, sem
exageros). “Father of the True Light”
novamente mostra uma pegada melodiosa e azeda até os ossos, com riffs simples e
de fácil assimilação pelo ouvinte (e se reparem, existem trechos de vocais
agonizantes de fundo, mostrando como este aspecto da banda não ara de evoluir).
E fechando, a causticante “Anti Cosmic
Legion” vem mostra parte de guitarras empolgantes demais (não canso de
escrever isso: Lady of Blood é uma
das melhores guitarristas do gênero do Brasil), adornada por arranjos muito
bons.
E assim, o OCULTAN mostra
que permanece fiel às suas raízes e convicções, mas sem abrir mão de saberem
crescer musicalmente. Ou seja,
existe um equilíbrio, e por isso, “Quintessence”
já nasce como um dos melhores discos de Metal extremo do ano.
Nota: 100%
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