segunda-feira, 6 de agosto de 2018

BEHAVIOR - Morbid Obsession


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. Within the Gloomy Pandemonium (intro)
2. Death Metal Force
3. Morbid Obsession
4. Ancient Cult of the Obscene
5. Corpses on the Road
6. Devourer of Purity
7. Asphyxiated
8. Our Flesh Shall Feed the Earth
9. Ars Goetia


Banda:


Fabricio Pazelli - Vocals
Alexandre Vitorino - Guitarras
Alisson R. Costa - Guitarras
Marcelo Almeida - Baixo
Ricardo Agatte - Bateria


Ficha Técnica:

Rodrigo Hohlenwerger - Mixagem, masterização
Marcelo Almeida - Capa, design, layout
Alisson R. Costa - Guitarras, baixo (em “Ars Goetia”)
Victor Mattos - Guitarra base
Jafet Amoêdo - Guitarra solo
Daniel Azevedo - Guitarra solo (em “Our Flesh Shall Feed the Earth”)
Vitor Rodrigues - Backing vocals (em “Death Metal Force”)


Contatos:

Site Oficial:
Assessoria: http://www.rockfreeday.com/radio/ (Rock Freeday)

Texto: M. Garcia


O Brasil é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes criadouros de bandas de Metal, em especial de Metal extremo. E a Bahia sempre foi um dos estados mais férteis, com nomes de expressão como HEADHUNTER D.C. e MYSTIFIER. Mas Salvador ainda tem bandas que são pouco conhecidas do público brasileiro, e um dos nomes mais fortes das terras do Pelourinho é o do quinteto BEHAVIOR, que acaba de soltar um massacre sonoro com “Morbid Obsession”, segundo álbum deles.

Em termos de rótulos, podemos classificar o trabalho do quinteto como Death Metal tradicional, ou seja, segue os rumos das bandas da primeira metade dos anos 90, com influência da escola norte-americana (em especial de nomes como MONSTROSITY, DEICIDE, CANNIBAL CORPSE e MORBID ANGEL), ou seja: o pau quebra firme em suas canções cheias de agressividade, mas  nível técnico deles é ótimo. Mas é bom que fique claro: o grupo pode não estar criando uma nova forma de se tocar o gênero, mas tem muita identidade, de uma forma criativa e muito boa. E sim, a energia que permeia as canções do grupo é empolgante, coisa de quem gosta do que faz.

A sonoridade do CD é muito boa. Eles conseguiram chegar a um denominador entre o som cru e brutal (que lhes dá peso e é uma marca registrada do Death Metal) com um ótimo nível de clareza (que nos permite ouvir todos os detalhes de arranjos). Os timbres usados são muito bons, em especial no que tange às guitarras. E que arte doentia e chamativa, mas que ficou ótima, além de um encarte bem feito, apresentando uma diagramação ótima.

E podemos dizer que em “Morbid Obsession” o BEHAVIOR temperou sua brutalidade com muito peso e sabedoria. Sim, sabedoria, pois se percebe que eles preferem fazer as coisas ao jeito deles, logo, não são muito de seguirem regras rígidas. Isso fica claro pelo uso alguns tempos mais lentos e arranjos influenciados pelo Death Metal da primeira metade dos anos 80 (como alguns riffs mais simples ouvidos na canção “Morbid Obsession” evidenciam). Além disso, é um disco de fácil assimilação, e por isso, muito bom.

Oito bordoadas esperam os ouvidos mais incautos. Mas a explosão de agressividade desmedida de “Death Metal Force” (ótimo trabalho nos vocais, e conta com a participação de Vitor Rodrigues nos backing vocals), as variações de ritmo ótimas de “Morbid Obsession” (onde alguns solos mostram como as guitarras sabem tecer melodias soturnas, sem fugir do jeito bruto deles de fazer música), os excelentes arranjos e trabalho de baixo e bateria de “Ancient Cult of the Obscene”, a técnica sóbria e ganchuda usada por eles em “Corpses on the Road”, a insanidade envolvente de “Asphyxiated”, além da mistura de agressividade extremada com uma ambientação opressiva em “Ars Goetia”.

Uma banda muito boa, com muito a oferecer e evoluir em sua própria visão do Death Metal. Mas garanto: se ouvirem “Morbid Obsession” com atenção, não vão mais largar dele.
  
Nota: 83%



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