Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
1. Speed and Attack
2. Ain’t Enough
3. Rouge Soldier
4. Fuel the Fire
5. One More Round
6. Highway Love
7. Wildfire
8. Screams in the Night
9. Forever Rise
10. The Prophecy
11. Hollow Grounds
12. Dust to Gold
Banda:
Hell Hofer - Vocais
Alexander Lyrbo -
Guitarras
Hampus Klang - Guitarras
Gustav Hector - Baixo
Gustav Hjortsjö - Bateria
Ficha Técnica:
Magnus Sedenberg - Produção,
mixagem
Contatos:
Site Oficial: http://www.bulletrock.com/
Facebook:
https://www.facebook.com/bulletband
Assessoria:
E-mail:
Texto: M. Garcia
O Metal possui momentos em que um ou outro de seus
subgêneros está na moda, ou seja, fica mais evidente que os outros. A atual é o
resgate sonoro dos anos 80 por bandas mais jovens. Isso não é ruim, contanto
que as bandas sejam adeptas de fazer as coisas ao jeito delas. Repetir o
passado por repetir é perda de tempo. Muitos se perdem e fazem trabalhos aquém
de suas possibilidades, enquanto outros, mesmo sem serem originais, nos brindam
com discos excelentes. No último grupo, temos os suecos do BULLET, que chegam ao Brasil via Shinigami Records, que lançou “Dust
to Gold”, mais recente disco deles, por aqui.
Podemos dizer que o trabalho deles é baseado na fusão de
elementos melodiosos do Heavy Metal germânico (nomes como ACCEPT, GRAVE DIGGER, e
RUNNING WILD vêm às nossas mentes) com alguma coisa do Hard ‘n’ Heavy da
NWOBHM, melodias grudentas que eram comuns em bandas de Heavy Metal da Bélgica
e a energia crua de um AC/DC. E tudo
isso feito com uma pegada voltada ao Metal dos anos 80. Assim, temos uma música
forte, cheia de vida e energia (pois eles preferem fazer as coisas ao jeito
deles), refrães extremamente grudentos, e uma personalidade sólida.
Sim, “Dust to Gold”
é um discão, e vai causar dores de pescoço em muitos!
As mãos de Magnus
Sedenberg (que fez a produção e mixagem do disco) deram uma vida e brilho
ao estilo à moda antiga do quinteto, trazendo para os dias de hoje o estilo da
banda. Ou seja, é Metal Old School, mas com a força, intensidade e clareza da
modernidade, ou seja, é como se a banda plugasse seus instrumentos e tocasse na
forma mais orgânica possível, mas com captação digital, e dessa forma, a crueza
vem dos timbres instrumentais, o que é um ponto muito positivo. A capa, por sua
vez, é bem retrô, algo bem pensado.
Chega a ser uma covardia com o coração dos bangers mais
velhos o que o BULLET faz em suas
canções, e vai conquistar muitos fãs mais jovens também. “Dust to Gold” é o típico disco onde a energia e as melodias se
mesclam de forma inspirada, e quem ganham no final de tudo é o ouvinte, pois
esse disco é “bão pra mais de metro”, com uma forma bem espontânea de nos tomar
de assalto!
Embora todas as músicas sejam excelentes, destacam-se a
força e peso de “Speed and Attack” (um
andamento sólido, sem ser veloz, e com um trabalho ótimo de baixo e bateria), o
jeito envolvente e intenso de “Ain’t
Enough” (as melodias Hard ‘n’ Roll no meio do peso que eles conjuram são
ótimas, com excelentes guitarras tanto nos riffs como nos solos) e de “Rouge Soldier” (se você não gostar, é
sinal que está morto, pois haja grude, e os vocais à lá Chris Boltendhal são excelentes), a energia abrasiva e empolgante
de “Fuel the Fire”, a força
opressiva das linhas harmônicas de “Highway
Love” e do jeito setentista de “Wildfire”
(puro AC/DC com ACCEPT, só que vibrante, atual e grudenta como ela só), o charme
Old School de “Hollow Grounds”, e os
tempos não tão velozes (mas pesados de doer os tímpanos) de “Dust to Gold”. Mas este é um play que
vocês ouvirão do início ao fim sem reclamar.
É o sexto disco desses veteranos suecos, mas acreditamos que
“Dust to Gold” será um pulo do gato
para o BULLET, que os levará a um
patamar mais alto, pois merecem. Eles têm música para tanto. E recomendo fortemente que todos ouçam!
Nota: 95%
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