terça-feira, 14 de agosto de 2018

BULLET - Dust to Gold


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. Speed and Attack
2. Ain’t Enough
3. Rouge Soldier
4. Fuel the Fire
5. One More Round
6. Highway Love
7. Wildfire
8. Screams in the Night
9. Forever Rise
10. The Prophecy
11. Hollow Grounds
12. Dust to Gold


Banda:


Hell Hofer - Vocais
Alexander Lyrbo - Guitarras
Hampus Klang - Guitarras
Gustav Hector - Baixo
Gustav Hjortsjö - Bateria


Ficha Técnica:

Magnus Sedenberg - Produção, mixagem


Contatos:

Assessoria:
E-mail:

Texto: M. Garcia


O Metal possui momentos em que um ou outro de seus subgêneros está na moda, ou seja, fica mais evidente que os outros. A atual é o resgate sonoro dos anos 80 por bandas mais jovens. Isso não é ruim, contanto que as bandas sejam adeptas de fazer as coisas ao jeito delas. Repetir o passado por repetir é perda de tempo. Muitos se perdem e fazem trabalhos aquém de suas possibilidades, enquanto outros, mesmo sem serem originais, nos brindam com discos excelentes. No último grupo, temos os suecos do BULLET, que chegam ao Brasil via Shinigami Records, que lançou “Dust to Gold”, mais recente disco deles, por aqui.

Podemos dizer que o trabalho deles é baseado na fusão de elementos melodiosos do Heavy Metal germânico (nomes como ACCEPT, GRAVE DIGGER, e RUNNING WILD vêm às nossas mentes) com alguma coisa do Hard ‘n’ Heavy da NWOBHM, melodias grudentas que eram comuns em bandas de Heavy Metal da Bélgica e a energia crua de um AC/DC. E tudo isso feito com uma pegada voltada ao Metal dos anos 80. Assim, temos uma música forte, cheia de vida e energia (pois eles preferem fazer as coisas ao jeito deles), refrães extremamente grudentos, e uma personalidade sólida.

Sim, “Dust to Gold” é um discão, e vai causar dores de pescoço em muitos!

As mãos de Magnus Sedenberg (que fez a produção e mixagem do disco) deram uma vida e brilho ao estilo à moda antiga do quinteto, trazendo para os dias de hoje o estilo da banda. Ou seja, é Metal Old School, mas com a força, intensidade e clareza da modernidade, ou seja, é como se a banda plugasse seus instrumentos e tocasse na forma mais orgânica possível, mas com captação digital, e dessa forma, a crueza vem dos timbres instrumentais, o que é um ponto muito positivo. A capa, por sua vez, é bem retrô, algo bem pensado.

Chega a ser uma covardia com o coração dos bangers mais velhos o que o BULLET faz em suas canções, e vai conquistar muitos fãs mais jovens também. “Dust to Gold” é o típico disco onde a energia e as melodias se mesclam de forma inspirada, e quem ganham no final de tudo é o ouvinte, pois esse disco é “bão pra mais de metro”, com uma forma bem espontânea de nos tomar de assalto!

Embora todas as músicas sejam excelentes, destacam-se a força e peso de “Speed and Attack” (um andamento sólido, sem ser veloz, e com um trabalho ótimo de baixo e bateria), o jeito envolvente e intenso de “Ain’t Enough” (as melodias Hard ‘n’ Roll no meio do peso que eles conjuram são ótimas, com excelentes guitarras tanto nos riffs como nos solos) e de “Rouge Soldier” (se você não gostar, é sinal que está morto, pois haja grude, e os vocais à lá Chris Boltendhal são excelentes), a energia abrasiva e empolgante de “Fuel the Fire”, a força opressiva das linhas harmônicas de “Highway Love” e do jeito setentista de “Wildfire” (puro AC/DC com ACCEPT, só que vibrante, atual e grudenta como ela só), o charme Old School de “Hollow Grounds”, e os tempos não tão velozes (mas pesados de doer os tímpanos) de “Dust to Gold”. Mas este é um play que vocês ouvirão do início ao fim sem reclamar.

É o sexto disco desses veteranos suecos, mas acreditamos que “Dust to Gold” será um pulo do gato para o BULLET, que os levará a um patamar mais alto, pois merecem. Eles têm música para tanto. E recomendo fortemente que todos ouçam!

Nota: 95%


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