Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
CD 1 (“One of a
Kind”):
1. Respect
2. All Out of
Line
3. One of a
Kind
4. Everytime I
See Your Face
5. Victim of
Pain
6. Running Free
7. Lost Boys
8. Need You So
Bad
9. Children of the
Sun
10. Remember to
Call
11. Stay the Night
CD 2 (gravado no Fabrik, Hamburgo, em 14 de Março
de 2017):
1. Pictures of
Home
2. Since You’ve
Been Gone
3. I Surrender
4. Still Got the
Blues
Banda:
Don Airey - Teclados
Carl Sentance - Vocais
Simon McBride -
Guitarras
Laurence Cottle
- Baixo
John Finningan - Bateria
Ficha Técnica:
Don Airey - Produção
Steve Bentley-Klein - Cordas
Piers Mortimer - Mixagem (todas as faixas exceto as
do CD 2)
Andrew
Thompson – Masterização (todas as
faixas exceto as do CD 2)
Eike
Freese - Mixagem e masterização do CD 2
Contatos:
Site Oficial: http://www.donairey.com/
Facebook: https://www.facebook.com/donaireymusic
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Discos solos de artistas
consagrados sempre são uma imensa incógnita. Definindo limites para um amplo
leque de possibilidades, ou vem algo similar ao que ele faz em sua banda
principal (ou fez), ou algo sem similaridades com ela. Logo, o disco “One of
a Kind”, do tecladista DON AIREY (que nos chega pela Shinigami
Records) está dentro das fronteiras definidas por tais parâmetros, mas nos
trazendo algumas surpresinhas muito boas.
Para início de conversa, Don
já tocou com músicos e bandas como OZZY OSBOURNE (tocou em “Diary of
a Madman” e “Bark at the Moon”, onde sua presença é marcante), RAINBOW,
COLOSSEUM II, GARY MOORE, JETHRO TULL, MICHAEL SCHENKER GROUP, THE COMPANY OF
SNAKES, WISHBONE ASH, participou ainda como membro ao vivo com Graham
Bonnet e Uli Jon Roth, e fez aparições em trabalhos de JUDAS
PRIEST, BLACK SABBATH, UFO, SAXON, Glenn Tipton, Andrew Lloyd Webber, Bruce
Dickinson, Brian May e uma lista imensa de artistas, e atualmente está no DEEP
PURPLE. Experiência é com ele mesmo, e o que temos em “One of a Kind”
é o mais puro Classic Rock/Hard Rock com “inserts” de Rock Progressivo. Mas
podem pensar duas vezes, já que o disco não soa clichê ou datado, mas atual, vigoroso e
com músicas vibrantes. E se acompanham (ou acompanharam) o trabalho de Don
em algum período, verão que ele pegou um pouco de cada, adicionou seu toque
pessoal e pronto: está lançado um grande disco!
No lado sonoro, a
produção é caprichada. Óbvio que tudo soa claro e bem definido, como se
esperaria de um músico experiente e exigente, mas o disco tem aquele toquezinho de
crueza necessário a uma obra de Rock. O ponto forte é: mesmo com toda a
tecnologia digital moderna, o jeitão de “One of a Kind” é de um disco
bem espontâneo, solto, com aquele clima orgânico do passado, mas com a
sonoridade firme e clara que a modernidade consegue. Tem-se então o melhor de
dois mundos, mesmo na parte ao vivo.
Em termos gráficos, a
apresentação como um todo é bem simples, sem muitas embromações, com uma
diagramação rápida e direta. Nisso, percebe-se que a opção foi por algo que
permita que a atenção do ouvinte fique apenas nas músicas, e isso é mais que
suficiente. Bem mais, para ser sincero.
No lado musical, o jeitão
descompromissado de “One of a Kind” é extremamente sedutor, com ótimas
melodias, cada refrão polido na medida certa, mas sem que o disco perca sua
aura de espontaneidade. Embora bem arranjadas e com boa técnica, não se percebe
exageros, mesmo sabendo que temos (fora Don), músicos de primeira grandeza como Carl Sentance (vocalista atual do NAZARETH), Simon
McBride (guitarrista que tocou no finado SWEET SAVAGE), e Laurence
Cottle (baixista que já tocou com Gary Moore) nessa banda. Aliás, é bom que se
diga que o foco do disco não está nos músicos, mas nas músicas, logo, essas
feras se juntaram para criar um obra de arte, verdade seja dita!
O disco 1 é o “One of
a Kind” propriamente dito, onde temos as 11 canções inéditas. E é de tocar
o coração a energia empolgante de “Respect” (uma canção onde se fundem
os elementos dos 70 e atuais sem problemas, um Hardão clássico com ótimos riffs
de guitarras e refrão marcante), o jeitão bluesy à lá DEEP PURPLE de “All
Out of Line” (os andamentos são sólidos, com ótimo trabalho de baixo e
bateria), as lindas melodias envolventes de “One of a Kind” (a acessibilidade
é ótima, contrastando peso e melodia, e encorpada pelos teclados e elementos de
Classic Rock, fora um refrão maravilhoso e o trabalho dos vocais é excelente), a
solidez harmônica e densa de “Victim of Pain” (guitarras com riffs bem
modernos, e uma estética que remete aos 80 e 90, mas sempre com a classe de
quem sabe o que faz), a beleza encorpada de “Running Free” (reparem bem
nos arranjos instrumentais, e em como as linhas vocais se encaixam
perfeitamente sobre eles, especialmente na cama de teclados e pianos
jazzísticos), o encontro do peso dos 80 e 90 com a estética “Heavyssiva” que se
ouve em “Lost Boys” e em “Children of the Sun”, e o Hard Rock “ponha
a casa abaixo” em “Stay the Night”. São estes os melhores
Agora, o CD 2 é gravado
ao vivo, em uma apresentação do grupo no Fabrik, Hamburgo (Alemanha), em 14 de
Março de 2017. E nas quatro canções, hinos eternos de bandas por onde Don
já deu o ar da graça. E digamos de passagem, as versões para “Pictures of
Home” (do DEEP PURPLE), “Since You’ve Been Gone” (que
originalmente é do ex-guitarrista do ARGENT, Russ Ballard, e inclusive
aparece em seu disco solo de 1976, “Winning”, mas que depois foi
regravada pelo RAINBOW), “I Surrender” (do RAINBOW), e “Still
Got the Blues” (de GARY MOORE), todas fazendo bonito e honrando as
originais, mas mostrando a força do grupo ao vivo, logo, nos faz querer ver um
show deles por aqui.
“One of a Kind” é uma bela peça de arte que merece figurar em qualquer
coleção que se preze.
Nota: 100%
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