Ano: 2018
Tipo: Full Length (remixado,
remasterizado)
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
1. Holding On
2. Fallen World
3. Cry Thunder
4. Give Me the Night
5. Wings of Liberty
6. Seasons
7. Heart of the Storm
8. Die by the Sword
9. Last Man Stands
10. Seasons (acoustic version)
11. Power of the Ninja Sword
12. Heart of the Storm (alternate chorus
version)
13. Avant Le Tempête (instrumental)
Banda:
Marc Hudson - Vocais, backing vocals
Herman Li - Guitarras, backing vocals
Sam Totman - Guitarras, backing vocals
Frédéric Leclercq -
Baixo, guitarras, vocais agressivos
Vadim Pruzhanov -
Teclados, piano, backing vocals
Dave Mackintosh -
Bateria, backing vocals
Ficha Técnica:
Damien Rainaud - Remixagem, remasterização
Herman Li - Produção, engenharia
Frédéric Leclercq - Produção
Sam Totman - Produção
Karl Groom - Mixagem,
masterização, produção
Peter van't Riet - Masterização
Clive Nolan - Backing vocals
Emily Alice Ovenden - Backing vocals
Contatos:
Site Oficial: http://www.dragonforce.com/
Facebook:
https://www.facebook.com/dragonforce
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Quanto mais as bandas crescem, mais elas se apegam aos
próprios erros, e buscam compensá-los. E nos últimos 15-20 anos, o processo de
regravar discos lançados há décadas se tornou um recurso quando os músicos não
se sentem à vontade com o que fizeram. As questões internas que levam ao
lançamento de um disco podem ser comprometidas por fatores inusitados, como
mudanças de formação. E é essa a motivação para o relançamento de “The Power Within” do sexteto DRAGONFORCE, renomeado “Re-Powered Within”, que ganha sua
versão nacional via Shinigami Records.
Para quem não se lembra mais, um refresco: “The Power Within” foi lançado em 15/04/2012,
sendo que Marc Hudson foi anunciado
como novo vocalista em 02/03/2011, ou seja, pouco mais de um ano e 2 meses
antes, e sendo que o grupo já se encontrava trabalhando nas canções desde o
início de 2010, ainda sem vocalista (ZP
Theart saiu em Março de 2009), e ainda lançou o ao vivo “Twilight Dementia” em Setembro de 2010.
Quando a banda atinge essas dimensões, todos os trabalhos de bastidores tomam um intervalo de tempo considerável, e imaginem ainda o número de audições até chegarem a Marc...
Deve ter sido estafante conseguir fazer o disco nessas condições, sendo que Marc não tinha experiência alguma como músico
profissional, e se deve pensar nas pressões contratuais para lançar álbum novo, o desejo dos fãs e outras inúmeras complicações. Mas o que se ouvia na época era o estilo clássico do grupo,
apenas com Marc ocupando o posto de
cantor principal. Sim, é o mesmo Power Metal melodioso e com “inserts”
extremos, com os mesmos “shreds” extremos nos solos de guitarra, mas a
estruturação estilística é basicamente igual à de sempre, a mesma solidez
musical de antes, com ótimas melodias, cada refrão tratado com cuidado para ser
assimilado com a maior facilidade possível. Mas em “Re-Powered Within”, tudo foi remixado e remasterizado (e conforme
declarações do baixista Frédéric, o
disco ficou só nisso, sem partes refeitas), ganhando uma arte nova, bem como algumas
canções extras.
Ou seja, esse é um dos discos que fazem remixagem e
remasterização, mas mantêm seus valores originais, e assim “Re-Powered Within” ganha alguns valores novos. E verdade seja dita: a versão original já era ótima, e a
nova está fantástica, com uma qualidade de áudio fenomenal. O trabalho de Damien Rainaud (baixista do ONCE HUMAN), que deu uma sonoridade
mais moderna e bem “na cara”, com peso e clareza absurdos. Ganhou peso e
clareza, sem sombra de dúvidas. Além disso, com a arte nova ficou bela, com
tudo bem melhorado em termos de diagramação, uma capa que mantém as
características originais, levando-as a um novo patamar.
Se “The Power Within”
chegou tendo que vencer uma resistência inicial pela saída de ZP Theart após 9 anos na banda, “Re-Powered Within” chega em um
excelente momento, levando a versão original ao que ela poderia ter sido.
Digamos que o enfoque mais moderno dado pelos novos processos de gravação e
mixagem casou bem, criando o “link” entre o sexteto de antes com o de hoje.
No mais, canções como a empolgante e veloz “Holding On” (os vocais mostram um
trabalho de primeira com suas mudanças de timbres, além dos backing vocals excelentes
e que refrão), seguida da também rápida “Fallen
World” (que segue a mesma linha da anterior, novamente com os vocais
fazendo um trabalho excelente, fora os momentos em que o baixo se faz mais
audível), a marcante “Cry Thunder” (uma
das músicas mais marcantes do grupo, sem velocidade extrema no ritmo, e onde se
percebe a força do trabalho da sessão rítmica do grupo, com baixo e bateria
fazendo bonito, e Dave mostrando sua precisão nas baquetas), o climão acessível e quase Hard Rock que preenche “Seasons” (boa participação dos
teclados de Vadin, do baixo e dos backing vocals), as linhas melódicas caprichadas de “Heart of the Storm” e de “Last Man Stands” (ambas com as
guitarras de Herman e Sam cuspindo fogo), além da versão
acústica para “Seasons” já mostravam
o que o DRAGONFORCE pode render, mas
que aqui se mostram em um patamar mais elevado de qualidade.
Mas existem extras: a excelente “Power of the Ninja Sword” (um “cover” para uma canção do SHADOW WARRIORS, um antigo projeto paralelo
de Sam e ZP, e o estilo mais clássico do sexteto deu uma amaciada em termos
técnicos que ficou excelente), a versão com refrão alternativo de “Heart of the Storm”, além da
instrumental amena “Avant Le Tempête”.
Não tem jeito: amem ou odeiem, mas o DRAGONFORCE realmente está em outro nível. E “Re-Powered Within” mostra isso com clareza.
Nota: 97%
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