segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SWEEPING DEATH - In Lucid


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado


Tracklist:

1. Eulogue
2. Blues Funeral
3. Horror Infernal
4. Suicide of a Chiromantist
5. Purpose (Instrumental)
6. Resonanz
7. Antitecture
8. Lucid Sin
9. Stratus


Banda:


Elias Witzigmann - Vocais
Simon Bertl - Guitarras, backing vocals
Markus Heilmeier - Guitarras
Andreas Bertl - Baixo
Tobias Kasper - Bateria, piano


Ficha Técnica:

Rolf Munkes - Produção, mixagem, masterização
Adrian Baxter - Artwork


Contatos:

Site Oficial: www.sweepingdeath.com
Assessoria: https://metalmessage.de/ (MetalMessage)

Texto: “Metal Mark” Garcia


Um dos prazeres mais inusitados que um autor de resenhas de bandas de Metal pode ter é dar de cara com um disco que o surpreenda. Essencialmente, se a banda trilha um caminho já pré-existente à sua maneira, acaba deixando todo ainda melhor. E mostrando a tradição da Alemanha em gerar bandas que nos surpreendam, temos o SWEEPING DEATH, da Bavária, que nos chega com seu mais recente trabalho, “In Lucid”.

Basicamente, temos uma banda de Techno/Prog Thrash Metal em mãos, ou seja, um grupo que busca referências em bandas como METALLICA e MEGADETH por um lado, mas com uma forte noção melódica/técnica herdada de nomes como FATES WARNING e outros da escola Norte Americana. Mas acreditem: eles colocam outros elementos em sua música que tornam a audição de “In Lucid” em um prazer enorme. Óbvio que alguns grupos no passado faziam essa mesma mistura de estilos, com a diferença de que o quinteto alemão mostra personalidade e se diferencia.

A qualidade sonora do disco é ótima. Percebe-se que o grupo tentou associar a qualidade moderna e clara com um toque bem dado de crueza, gerando assim uma ambientação de primeira qualidade para sua música. É possível compreender todos os arranjos musicais (e eles são muitos) sem problemas, com bons timbres instrumentais (de onde vem o feeling cru), e tudo soando claro e com muito peso. Além disso, a arte que temos para a capa é chamativa e instigante, cheia de possibilidades subjetivas de interpretação de seu significado.

Se tem uma característica sonora que flui de “In Lucid” aos borbotões é o feeling melodioso e melancólico em muitos momentos (mesmo alguns arranjos nos lembrarão nomes do Death/Black Metal melódico em vários momentos, especialmente por conta das guitarras). Mas fica óbvio que o SWEEPING DEATH tem muita vontade de ser diferente de todo mundo, de buscar algo só deles, e estão no caminho certo. Aliás, basta uma única audição e se perceber que eles são uma banda muito promissora.

A belíssima e bem trabalhada “Blues Funeral” (reparem bem como as mudanças de ambientação, do suave ao pesado, fluem de forma espontânea, e que guitarras!), a fogosa e mais agressiva “Horror Infernal” (aqui, vemos que os voais variam de timbres mais suaves a outros mais secos sem problema algum), a longa e neoclássica “Suicide of a Chiromantist” (em mais de 9 minutos, se percebe toda uma vibração que mixa melodia e agressividade de forma magistral, fora as partes mais introspectivas), a complexidade dos ritmos em “Antitecture” (partes mais jazzísticas surgem aqui e ali, com um trabalho muito bom de baixo e bateria), e o clima denso e pesado de “Stratus” (os “inserts” de música clássica ficaram ótimos) mostram o que o grupo pode fazer.

Uma surpresa e tanto o que se ouve em “In Lucid”, e um disco que dá aquela impressão de “eu quero” em qualquer headbanger que se preze. Sim, o SWEEPING DEATH é capaz disso, e acreditem: eles podem fazer ainda melhor.

Nota: 90%

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