sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

FLOTSAM AND JETSAM - The End of Chaos

Ano: 2019
Tipo: Full Length
Importado

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: Em verdade, a cena norte-americana do Thrash Metal durante os anos 80 não era restrita somente à Califórnia. Em Nova York, nomes de peso como ANTHRAX, OVERKILL, NUCLEAR ASSAULT surgiram basicamente na mesma época em que o “San Francisco Bay Area Thrash Metal” começava a se firmar. Mas é de Phoenix, Arizona, que veio um nome que prometia causar uma forte comoção no meio: FLOTSAM AND JETSAM. Fundindo melodias bem feitas à lá QUEENSRYCHE com o peso e agressividade do METALLICA, era um nome muito promissor, como foi ouvido em seu disco de estréia, “Doomsday for the Deceiver”, de 1986. Mas a saída de Jason Newsted (que fora preencher a vaga deixada pelo finado Cliff Burton) foi sentida, e mesmo lançando uma seqüência de ótimos trabalhos, o grupo nunca conseguiu o sucesso merecido. Mas essa gangue não desanima, e mesmo contra tudo e contra todos, volta à carga com “The End of Chaos”, seu mais recente disco.

Análise geral: De forma bem simplista, pode-se definir o trabalho do grupo como uma mistura dos melhores elementos do QUEENSRYCHE de sua fase inicial (até o álbum “Empire”) com a pegada pesada e agressiva do METALLICA dos anos 80, além de uma energia e personalidade toda do quinteto. Se pode mesmo afirmar que “The End of Chaos” revê as melhores lições que o quinteto aprendeu na sua compreendida entre o primeiro álbum e o clássico “Cuatro”, apenas adicionando a isso a energia de sempre, mais um enfoque evoluído e atualizado.

Arranjos/composições: O tempo fez bem ao grupo, temperando seu som técnico, melodioso e agressivo cheio de nuances Prog Metal Old School com a sabedoria dada pelos calos da estrada e pelos anos de carreira. A capacidade de criar partes grudentas melhorou muito, bem como souberam polir cada refrão que está presente em “The End of Chaos”. As guitarras estão fenomenais em riffs e solos (o veterano Michael Gilbert se entende bem com o colega Steve Conley), baixo e bateria estão muito bem em termos de técnica e peso (o baixista Michael Spencer e o baterista Ken Mary mostram entrosamento), mas como os vocais evoluíram, saindo dos timbres agudos do passado à sabedoria no uso de maior diversidade de timbres (Eric “AK” Knutson está em ótima fase, verdade seja dita), e a coesão entre os cinco criam arranjos ótimos e dinâmicos, resultando em uma forma de música cheia de energia e agressividade, mas melodiosa e de bom gosto, e que gruda nos ouvidos!

Qualidade sonoraA produção sonora de Jacob Hansen (que já trabalhou com nomes como DESTRUCTION, KAMELOT, PRIMAL FEAR, VOLBEAT e outros) consegue conectar o passado do grupo com seu presente, dando peso e força às composições do grupo, mas fazendo com que as canções soem limpas na medida certa. Soa agressivo e com impacto sonoro, mas mantendo o alinhavo melódico que tornou o grupo notório.

Arte gráfica/capa: Em um “revival” do próprio passado, Flotzilla, mascote do grupo apresentado na arte de “Doomsday for the Deceiver”, está de volta em uma arte criada por Andy Pilkington, ganhando uma versão mais real e atual.

Destaques musicais: “The End of Chaos” é um disco maravilhoso, que rebusca o melhor do passado do grupo (da fase compreendida entre “Doomsday for the Deceiver” e “Cuatro”), mas mantendo um formato atual. É o bom e velho Thrash Metal “made in USA” por excelência, e mesmo sendo um disco nivelado por cima em termos de composições, tem por destaques as seguintes canções.

Flotsam and Jetsam
“Prisoner of Time”: Uma canção clássica do quinteto, com uma pegada bem agressiva e um alinhavo melódico ótimo, cheia de boas mudanças de tempos. E os vocais encaixaram muito bem na colcha instrumental do grupo. E que refrão!

“Control”: Velocidade e energia se mesclam nessa canção, mostrando a pegada agressiva do quinteto. Impossível não destacar o trabalho técnico, pesado e veloz de baixo e bateria.

“Recover”: Um pouco mais lenta que as anteriores e mais moderna, enfatizando assim ao lado melodioso do grupo, e novamente, um refrão de primeira, com vocais e backing vocals de primeira.

“Prepare for Chaos”: Esta é um autêntico “juggernaut” de energia crua, que novamente mostra andamentos não tão velozes, mas criando uma ambientação bem pesada. E que guitarras!

“Architects of Hate”: Um “mix” inteligente de melodias e agressividade é apresentando nessa canção, que tem um impacto sonoro evidente, alimentado por ótimas guitarras.

“Demolition Man”: Mais uma vez, equilíbrio entre melodias (especialmente no refrão) e partes agressivas. Há um toque de melancolia em certos momentos, lembrando bastante os momentos mais agressivos de grandes nomes do US Metal.

“Snake Eye”: Outro momento que vai gerar muito moshpit nos shows, com um refrão privilegiando a melodia (e assim criando um contraste muito bom com os riffs agressivos). Novamente baixo e bateria mostram uma técnica ótima.

“The End”: Um arrasa-quarteirão intenso, uma tijolada na cara, e outros adjetivos dessa canção que vem para fechar o disco com muita energia, uma pegada bruta e direta, mas com as melodias de sempre permeando os vocais.

Conclusão: Flotzilla está de volta, e é certo que o FLOTSAM AND JETSAM mostra que merecem muito estar no time de cima do Thrash Metal de seu país, lançando um dos melhores discos de 2019 logo no início do ano!

Nota: 100%


Tracklist:

1. Prisoner of Time
2. Control
3. Recover
4. Prepare for Chaos
5. Slowly Insane
6. Architects of Hate
7. Demolition Man
8. Unwelcome Surprise
9. Snake Eye
10. Survive
11. Good or Bad
12. The End


Banda:


Eric “AK” Knutson - Vocais
Steve Conley - Guitarras
Michael Gilbert- Guitarras
Michael Spencer - Baixo
Ken Mary - Bateria


Ficha Técnica:

Jacob Hansen - Produção
Andy Pilkington - Arte da capa


Contatos:

Site Oficial: www.flotsam-and-jetsam.com
Facebook: www.facebook.com/flotsamandjetsam.official/
Instagram: https://www.instagram.com/flotsamandjetsamofficial/
Assessoria:
E-mail: flotztildeath@gmail.com






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