Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. War Flames
2. Headache
3. No... P.A.S.
4. Rainbow Warrior’s Mayday
5. Progressive Core
6. Testicle Man
7. Caligula 2332 D.C.
8. Freaks in Action
9. Animal
10. Delicious Nham! Nham!
11. Ashes
12. Spiral
Banda:
Helbert de Sá - Vocais, guitarras
Ana Lima - Baixo
Ricardo Parreiras - Bateria
Ficha Técnica:
Helbert de Sá - Mixagem, masterização
Contatos:
Site Oficial: http://www.riv.com.br
Facebook: www.facebook.com/riv.progressive.core
Instagram: www.instagram.com/rivprogcore
Assessoria: http://roadie-metal.com/press/r-i-v-rhythms-in-violence/ (Roadie Metal Press)
E-mail: riv@riv.com.br
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Ao ser introduzido a novos conceitos e
formas de se fazer música, os fãs em geral tem uma torcida de nariz de
descontentamento. É normal ver isso em fãs mais tarimbados, como ocorria quando
discos como “Apocalyptic Raids” e “Seven Churches” foram lançados.
Mesmo “Kill ‘Em All” teve uma recepção atravessada pelos mais velhos,
enquanto os jovens abraçaram essas novas manifestações, e ocorre até hoje (os
que aceitaram o POSSESSED em 1985
recriminam os fãs de AVENGED SEVENFOLD
e DISTURBED hoje em dia). O inovador
sempre tem essas reações, logo, o trio mineiro R.I.V. (RHYTHMS IN VIOLENCE)
pode se preparar para esta sabatina, pois “Prog-Core” nasceu para causar
polêmica.
Análise geral: Antes de tudo, o conceito Prog-Core é
uma fusão de tantos elementos de tantos vertentes de Metal que fica difícil
fazer considerações mais profundas. De forma aproximada, seria a fusão da
técnica do Prog Metal com um Hardcore/Crossover raivoso e agressivo, mais
toques experimentais, muito Groove gorduroso, e mais, muito mais que isso. É
desafiador, e por isso, merece aplausos.
Arranjos/composições: Ritmos quebrados e boa técnica são permeados
por uma ambientação agressiva, com ótimo trabalho de baixo e bateria, guitarras
eficientes em riffs que acompanham toda a diversidade rítmica, além de vocais
com timbres agressivos. A verdade é que trio se tornou ainda mais rebuscado e
complexo do que se ouve no EP “Welcome to Prog-Core”, mas sem que
suas canções se tornem entediantes (pode ser para quem vive parado no tempo).
Arranjos bem feitos, partes empolgantes e uma soma de influências musicais tão
díspares entre elas que fazer tal alquimia não deve ter sido simples.
Qualidade sonora: Aos que ainda não entendem: o sufixo “core”
(em termos musicais) é uma referência ao Hardcore. Logo, a sonoridade do álbum
é mais seca, bruta e suja, sem ficar enfeitando demais o trabalho do grupo com
infinitas edições. Mas existem momentos em que os timbres de guitarra se tornam
carregados e com toques modernos. Poderia ser melhor, mas está de bom nível.
Arte gráfica/capa: Nisso, toda a insanidade musical do
trio fica óbvia. O belo digipack usado nos mostra uma arte mostra um “link”
entre criação de “Prog-Core” ao processo em que o Monstro de Frankenstein
foi desenvolvido. Logo, é algo de alto nível.
Destaques musicais: Despojado e criativo, “Prog-Core”
vem para desafiar as velhas gerações de fãs, bem como para abrir possibilidades
musicais diferentes. Muitos irão ficar de “mimimi” na internet, mas o R.I.V. representa o novo, o vivo, e o
excelente. Logo, destacam-se por mera conveniência as seguintes canções:
“War Flames”:
Tempos quebrados e
muita adrenalina permeiam a canção de abertura do disco. Mas se preparem, pois
partes mais empolgantes de Crossover/Thrash Metal aparecem, e o trabalho de
baixo e bateria está muito bom (embora o timbre da caixa pudesse ser melhor). E
se repararem, tem-se toques experimentais no meio do caos que o trio cria.
“Headache”: O nível de caos aumenta com o uso de
efeitos especiais bem colocados, ainda se tem contrastes entre momentos mais Hardcore
e outros experimentais. As guitarras estão ótimas. Esta é uma das faixas do EP “Welcome
to Prog-Core”, aqui em uma versão mais bem gravada.
R.I.V. |
“Progressive Core”: Bons contrastes entre os tempos, com
partes mais cadenciadas, outras mais técnicas e momentos velozes. Mas cuidado:
o caldeirão experimental do trio continua fervendo!
“Caligula 2332 D.C.”: É uma das faixas mais “calmas” do
disco (se é que existem momentos sem muito caos nele), onde o grupo foca mais
em criar algo agressivo e com toques de Groove moderno no meio do Crossover ríspido
que é essa canção.
“Freaks in Action”: Essa música deve ser uma
auto-biografia deles, já que tome mudanças de ritmo, experimentos, groove e
tudo misturado de uma vez só. Mas é empolgante, grudenta e convidativa ao slamdancing.
“Delicious Nham! Nham!”: Com uma mistura de humor negro e
crítica na letra, é um Crossover raivoso, cheio de energia e um pouco mais
simples e direto, um murro nos ouvidos.
“Ashes”: Esta exibe partes mais cadenciadas
contrastando com momentos velozes, adornada com arranjos diferentes e mesmo
alguns “breakdowns” modernos. Uma torrente de agressividade com adrenalina
fluindo aos borbotões dos falantes.
Conclusão: A verdade é que “Prog-Core” é
um disco bem inovador, diferente e que tende a causar muito bate-boca. Mas seu
valor é incontestável, e o R.I.V. se
mostra uma opção ótima para os que conseguem aceitar aquilo que é novo sem
problemas. Desta forma, se deixa tomar por estes novos Drs. Frankensteins do Metal/Hardcore.
Nota: 90%
“Headache”: https://www.youtube.com/watch?v=nQ5XAb4iQSA
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