quinta-feira, 16 de maio de 2019

MAGNETRON - Rotting


Ano: 2016
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. Mutilation Eternal                   
2. Rotting              
3. Nightmare         
4. Decay


Banda:


Dan - Bateria,Vocais
Bruno - Guitarras
Antônio - Baixo


Ficha Técnica:


Contatos:

Site Oficial:
Assessoria:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

Aquilo que se convencionou chamar de Death/Thrash Metal tem renascido pelo mundo todo após anos no ostracismo. Bandas e mais bandas surgem todos os dias devotando seus esforços nesse estilo que por si só é cheio de misturas diferentes. E em uma vertente mais clássica do gênero, o trio MAGNETRON, de Rio Bonito (RJ), mostra a cara com seu segundo trabalho, o EP “Rotting”, lançado em 2016, e que agora é centro das atenções desse “review”.


Análise geral:

Basicamente, temos o formato do gênero que foi amplamente ouvido nos anos 90, ou seja, uma música feita prioritariamente com vocais guturais, mas cujos riffs remetem diretamente ao Thrash Metal mais sujo e agressivo de nomes como SLAYER. Nos solos, muita melodia e boa técnica, a base rítmica é sólida, e tudo isso permite a banda mostrar sua personalidade.

Ainda carecem de mais maturidade, mas mostram potencial para deixarem pescoços com torcicolos por semanas!


Arranjos/composições:

É justamente o ponto onde o grupo precisa amadurecer.

Eles estão em um nível muito bom, com arranjos de assimilação simples pelos ouvidos, boa diversidade técnica (sem ficarem carregados demais, o que os colocaria com uma banda de Techno Thrash Metal), mas ainda tem certo ar de ingenuidade. Não, não está ruim de forma alguma, e nem chega a ser comum (ou seja, estariam na média), mas poderia ser ainda melhor, algo que shows e ensaios irão corrigir.

No mais, a banda capricha e é capaz de mostrar partes que realmente grudam nos ouvidos, além de não serem adeptos de músicas de um fôlego só. É bem diversificado, com alguns toques melodiosos bem vindos.


Qualidade sonora:

A produção busca equilibrar a crueza brutal com um bom nível de clareza. E funciona bem (basta observar que na música “Rotting”, baixo e bateria mostram bons timbres), embora pudesse ser algo ainda mais bem finalizado. Ma verdade seja dita: está em um nível ótimo para um trabalho independente (e todos sabem o quanto é suado fazer algo do tipo no Brasil).


Arte gráfica/capa:

A capa mostra uma ilustração simples, mas direta e cuja mensagem é evidente. Um trabalho bem legal, e que faz com que as atenções fiquem centradas na música.


Destaques musicais:

“Rotting” veio ao mundo para causar torcicolos e dores de ouvidos se ouvidos no volume mais correto possível (ou seja, bem alto). E sangra em energia crua e bruta, logo, é para deixar o ouvinte em com os neurônios apitando!

Mutilation Eternal: basicamente, é um Death Metal dos anos 90 em termos de linhas harmônicas, mas cheia de arranjos de guitarras que remetem ao Thrash Metal (além do solo mostrar ótimas melodias). As partes mais lentas

Rotting: as partes mais lentas podem lembrar os ouvintes do que bandas como MAYHEM faziam em seus trabalhos iniciais, pois a ambientação é bem obscura. Aliás, que boas conduções de ritmo.

Nightmare: nesta, os andamentos ficam em um meio termo, embora existam momentos em que o peso se torna cadenciado e opressivo. Novamente, a base baixo e bateria faz bonito, sem deixar de mencionar que os vocais são bem legais (mas podem melhorar).
                     
Decay: fechando o EP, uma canção mais trampada que as anteriores, com momentos técnicos e ótimas mudanças de ritmo. Destaque para as guitarras, que mostram riffs muito bons e boa dose de criatividade.


Conclusão:

Sendo do segundo trabalho do trio (o primeiro é o EP “Inside of War”, de 2014), o MAGNETRON mostra em “Rotting” que, apesar da necessidade de lapidar um pouco mais suas canções e amadurecer sua personalidade, tem potencial para alçar vôos mais altos.


Nota: 76,0/100,0


Mutilation Eternal




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