Ano: 2006
(lançamento original) / 2019 (relançamento)
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Attero Dominatus
2. Nuclear Attack
3. Rise of Evil
4. In the Name of God
5. We Burn
6. Angels Calling
7. Back in Control
8. A Light in the Black
9. Metal Crüe
10. Für Immer
11. Långa bollar på Bengt
12. Metal Medley
13. Nightchild
14. Primo Victoria
Banda:
Joakim Brodén
- Vocais
Oskar
Montelius - Guitarras
Rikard Sundén
- Guitarras
Daniel Mÿhr -
Teclados
Pär Sundström
- Baixo
Daniel
Mullback - Bateria
Ficha
Técnica:
Tommy
Tägtgren - Produção, Gravação, Mixagem
Henke -
Masterização
Mattias Norén
- Arte da capa
Hannele Junkala - Backing Vocals
Marie-Louise Strömqvist - Backing Vocals
Sofia Lundberg - Backing Vocals
Maria Holzmann - Backing Vocals
Mia Mullback
- Backing Vocals
Åsa Österlund
- Backing Vocals
Contatos:
Site Oficial:
http://www.sabaton.net/
Facebook: https://www.facebook.com/sabaton
Instagram: https://www.instagram.com/sabatonofficial/
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
O
renascimento dos estilos oitentistas de se fazer Metal na segunda metade dos
anos 90 encheram o cenário de cópias e mais cópias de grupos antigos. Mas
houveram aqueles que realmente vieram dar um respiro, uma vida nova aquilo que
estava desgastado.
E não há como
negar: o grupo sueco SABATON é uma
das pontas de lança nesse assunto. Seu jeito Heavy/Power Metal rebuscam
elementos dos anos 80, mas sempre com um olhar no futuro. E em 2006, lá vieram
eles com seu terceiro disco, “Attero Dominatus”, que acaba de ser
relançado e renomeado “Attero Dominatus (Re-Armed)”, e que
chega ao Brasil via Shinigami
Records/Nuclear Blast Brasil.
Análise
geral:
Basicamente,
o estilo do grupo não mudou tanto assim de lá para cá. Ou seja, é o mesmo
Heavy/Power Metal sueco (ou seja, bastante influenciado por JUDAS PRIEST, ACCEPT e nomes da
NWOBHM), adornado de belas orquestrações. No tocante técnica musical, nada
exagerado, evitando romper a simplicidade, e consequentemente, a acessibilidade
de suas canções.
Se percebe
que a banda soube reciclar muitos clichês musicais do gênero, dando uma vida
nova a cada um deles, bem como soube explorar refrães simples e com um toque
épico.
A fórmula
mais certa possível para se criar um disco de primeira, e assim pode ser
definido “Attero Dominatus (Re-Armed)”.
Arranjos/composições:
A combinação
das orquestrações épicas dos teclados com riffs certeiros (e solos melodiosos
com boa técnica, mas sempre sem exagerar), mais refrães bem compostos, mudanças
de ritmo providenciais, e tudo isso encaixando sob uma colcha de arranjos
musicais de primeira é algo que não tinha como dar errado.
Além do mais,
o talento do então sexteto (já que é o primeiro disco da banda com Daniel Mÿhr nos teclados como membro
fixo) não deixa dúvidas do quanto eles estavam com fogo nas veias e sangue nos
olhos. Por isso esse disco é tão sedutor.
Além disso,
como o foco da banda é falar de eventos relacionados sobre as guerras e
batalhas da história, é uma aula. Aliás, desperta a curiosidade sobre estes
temas, e dessa forma, contribuem para a criação de conhecimento.
Qualidade
sonora:
“Attero Dominatus
(Re-Armed)” soa
grandioso, mas é extremamente pesado e claro aos ouvidos. O disco foi gravado
no The Abyss Studio, e Tommy Tägtgren (sim, ele é irmão de Peter) fez um trabalho ótimo na
produção e captação (ou seja, a gravação), sem falar que sua mixagem deixou os
instrumentos todos com uma boa qualidade, e com os níveis certos de volumes e
efeitos. Além disso, a masterização de Henke
(Henrik Jonsson, também conhecido
como Henke Jonsson) deu uma vida, um
brilho às canções.
Além disso, a
timbragem dos instrumentos ficou muito boa, sem destoar muito do que se ouve
nos shows do grupo.
Arte
gráfica/capa:
A arte original
de Mattias Norén para a capa não foi
mudada, apenas deram alguns toques diferenciados nas cores (a envoltória cheia
de espinhos que antes era voltada a tons de roxo agora está em anil). Aparenta
novo, mas continua com seus aspectos originais preservados.
Destaques
musicais:
Embora o
sexteto ainda não esteja em seu ápice criativo, “Attero Dominatus (Re-Armed)”
vem para sedimentar o estilo da banda. E, aliás, essa versão tem alguns bônus
ótimos.
Attero Dominatus: um Heavy/Power Metal melodioso e com
uma estruturação harmônica simples. O refrão é daqueles que se ouve e não se
esquece mais, sem mencionar o caráter épico dos teclados. Era canção certa nos
shows da banda até pouco tempo. Fala sobre a Batalha de Berlin (1945) na
perspectiva do exército soviético.
Nuclear Attack:
ótimos arranjos de
guitarra permeiam esta canção. Ela é
bem pegajosa e dinâmica, do tipo que faz os fãs irem à loucura nos shows,
especialmente durante o refrão. As letras lidam com os bombardeios nucleares de
Hiroshima (06/08/1945) e Nagasaki (09/06/2019).
Rise of Evil: Nesta, o andamento cai e o foco fica numa
ambientação densa e pesada, criada pelos contrastes entre guitarras e teclados.
Mesmo o baixo começa a surgir em alguns momentos, e o refrão é excelente. Esta
fala sobre a criação do III Reich da perspectiva dos nazistas.
Angels Calling: certos arranjos mais tecnicamente
complexos adornam a canção, os teclados fazem fundo, e os vocais se sobressaem
mais, devido à capacidade de interpretar e dar emoção às letras, que narra os
horrores da Primeira Guerra Mundial.
A Light in the Black: outra canção com andamento moderado e
toques épicos nos teclados. Embora sem meter mais nos arranjos do que a música
pede, a bateria mostra ótima condução rítmica. E é mais uma em que os vocais
estão bem, e a letra fala sobre as força que lutam pela paz no mundo.
Metal Crüe: aqui a banda apela para um Hard ‘n’
Heavy feito à maneira deles. As melodias são simples e pegajosas, e a letra
deixa claro: é uma homenagem do grupo a todos aqueles que os precederam e
influenciaram sua música.
Basicamente,
aqui termina o conteúdo do disco original, e começam as canções extras.
Für Immer: é um cover de DORO. E é interessante ver como a banda faz uma releitura pesada e
pessoal, mas sem que se perca a caracterização da original. E que arranjos de teclados
bem encaixados!
Långa bollar på Bengt: outro cover, agora para a banda conterrânea
SVENNE RUBINS. A original (que pode ser ouvida aqui) tem um jeito Pop Rock/Country Rock
bem legal, mas a versão aqui apresentada tem peso e pegada pesada, mas sem
perder a melodia.
Metal Medley: como o nome já diz, é um “medley” de
canções da banda, tocada ao vivo em Falun. Serve para mostrar como a energia da
banda não se perde em seus shows. Na verdade, parece aumentar!
Nightchild: é uma canção assentada sobre uma base
melodiosa de teclados e boa presença de guitarras. O andamento mais vagaroso dá
ênfase ao peso, e os vocais realmente são excelentes.
Primo Victoria: esta é a versão Demo da faixa-título
do disco anterior. Desta forma, é a mesma canção, apenas soando mais crua
(justamente por todo acabamento não ter sido feito).
Conclusão:
Mesmo 13 anos
depois de seu lançamento original, “Attero Dominatus (Re-Armed)” soa
atual, cheio de energia, sendo um disco obrigatório para os fãs do grupo. Ainda
mais nessa versão nacional cheia de extras.
Ah, sim: “Attero
Dominatus” significa "eu
destruo tiranias".
Nota: 91,0/100,0
Attero Dominatus
Spotify
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