Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Asl (Intro)
2. Born to Survive
3. You’ve Lost Yourself
4. Dance
5. Wicked Dice
6. Monster in My Closet
7. Lili Twil
8. No Holding Back
9. Stardust
10. Mersal
11. Darkness Arise
12. Shehili
Banda:
Zaher Zorgati - Vocais
Malek Ben Arbia - Guitarras
Anis Jouini - Baixo
Elyes Bouchoucha - Teclados,
Backing Vocals
Morgan Berthet - Bateria
Ficha Técnica:
Kévin Codfert - Engenharia,
Gravação, Produção, Mixagem
Eike Freese - Mixagem, Masterização
Jens Bogren - Masterização, Mixagem
Paul Thureau - Arte da Capa
Perrine Perez Fuentes -
Artwork
Laura Billiau - Artwork
Lotfi Bouchnak - Vocais
adicionais em "Mersal"
Mehdi Ayachi - Vocais em
"Asl"
Pierre Danel - Violão
Kévin Codfert - Piano,
Guitarras adicionais
Mohamed Gharbi - Violino
Bechir Gharbi - Violino
Hamza Obba - Violino
Riadh Ben Amor - Violino
Mohamed Lassoued - Viola
Samir Sghaier - Viola
Skander Ben Abid - Clarinete
Koutaiba Rahali - Nay, Gasba
Contatos:
Site Oficial: http://www.myrath.com/
Instagram: https://www.instagram.com/myrathband
Assessoria:
E-mail: myrath.management@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
A Tunísia é um país localizado
ao norte do continente africano, e historicamente falando, sua maior referência
foram as Guerras Púnicas, onde o Império Romano travou uma longa guerra a
Cartago, o que levou à destruição completa da cidade. Além disso, tem uma longa
história colonial, até se tornar independente em 1956.
Mas o que é interessante é
ver uma banda como o MYRATH surgir
naquelas paragens, e com um nível musical tão elevado. “Shehili” é uma autêntica
obra de arte em termos de Metal.
Análise geral:
Tentar rotular o trabalho do
grupo não é muito simples.
Imaginem uma mistura dos
melhores elementos do Prog Metal do DREAM
THEATER (mas não tão eclético) com as melodias orientais do ORPHANED LAND e algo de modernidade, e
mesmo alguns toques épicos. Pois é, o grupo realmente mostra uma identidade
única, bem como sua forma de fazer música mistura técnica, peso, ótimas
melodias (algumas bem simples de serem assimiladas), refrães marcantes, enfim,
tudo na medida certa.
Não é à toa que são a
primeira banda tunisiana a assinar com um selo.
Arranjos/composições:
Como dito acima, não seria
nenhum pecado rotular a banda como “Oriental Prog Metal”, embora não lhes faria
toda justiça. E como “Shehili” é o quinto disco do grupo,
tudo soa maduro e em seu lugar, com arranjos instrumentais que se encaixam como
um complexo quebra-cabeça, mas sem que soe extremamente técnico ou cansativo.
Além do mais, se percebe que
a técnica instrumental tem um propósito, uma motivação, não é uma exibição de
egos. Desta forma, a música da banda soa bem esmerada, mas com forte apelo
melódico aos ouvidos.
E é de uma beleza ímpar!
Qualidade sonora:
O trabalho de gravar, mixar
e masterizar “Shehili” não foi simples, pois teve partes gravadas na
Tunísia, na Alemanha e na França. E assim, vários profissionais estão
envolvidos nessas etapas, embora a produção seja de Kévin Codfert (tecladista do ADAGIO).
Apesar disso, o disco soa consensual, forte e pesado, mas sempre com uma
clareza instrumental enorme.
A modernidade que permeia a
música do grupo vem da timbragem instrumental, especialmente das guitarras. Mas
tudo foi burilado de forma a não soar embolado, e isso levando em consideração
que o disco é cheio de instrumentos musicais que não convencionais do Metal
(como violinos, violas, e mesmo clarinetes).
Traduzindo: é de alto nível!
Arte gráfica/capa:
Paul Thureau
é quem fez a capa de “Shehili”. Apesar dos contrastes de
cores bem simples (preto, branco e tons de azul), é algo exótico, bem feito e
que encaixa em todo conceito musical da banda.
Destaques musicais:
A bem da verdade, pode-se se
dizer que “Shehili” brilha por sua música bem trabalhada, mas que é fácil
de gostar, especialmente porque a banda evita canções extremamente longas,
preferindo ficar sempre transitando entre 3 e 4 minutos de duração.
Das 12 canções, se destacam:
“Born
to Survive” (que se inicia com um ritmo oriental interessante, antes de
mostrar sua vocação Prog Metal, com ótimas melodias e um refrão que gruda nos
ouvidos), as melodias sinuosas e densas de “You’ve Lost Yourself” (os teclados
providenciam uma colcha sonora ótimas para as partes rítmicas do grupo, que são
ótimas, e outro super-refrão surge nessa canção), o ritmo que mistura melodias
orientais com elementos Progs modernos de “Wicked Dice” (ótimos vocais, verdade seja dita, com ótimo conjunto de timbres),
a sedução melodiosa e tenra do refrão de “Monster in My Closet” (reparem nos
violinos presentes e ótimas guitarras), o Prog Metal oriental e cheio de
sutilezas de “Lili Twil” (algumas partes com elementos “noir” de Jazz surgem
vez por outra, evidenciando baixo e bateria), as melodias mais simples e
pegajosas de “No Holding Back” (os elementos percussivos orientais casaram
muito bem com os teclados e violas), a beleza introspectiva de “Stardust”,
e a grandiosidade Prog/Oriental de “Shehili” são as melhores, mas este
disco é ótimo de ponta a ponta.
Conclusão:
Eis que pode estar nascendo
uma lenda no Metal, uma vez que o MYRATH
tem tudo para agradar os fãs mais exigentes. E se necessário, “Shehili”
é o passaporte para vôos mais altos.
Ah, sim: a versão nacional, lançada pela Shinigami Records, pode ser adquirida seja seja em Digipack, seja em Jewelcase.
Nota: 97,0/100,0
Dance
No Holding Back
Spotify
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