Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado
Tracklist:
1. R’itual (Moshpit)
2. Kriatura
3. Subversão
4. Nova Era... Velhos Terrores??!
5. 333
6. Amarga Vingança
7. Blackout
8. Overdose Nuclear
Banda:
Julio Candinho -
Vocais
Marcus Goulart -
Guitarras
Gustavo Albado -
Baixo
Samuel Marques -
Bateria
Ficha Técnica:
Hugo Silva - Produção,
Mixagem
David Menezes -
Masterização
Caio Caldas - Capa,
Design
Contatos:
Instagram: http://instagram.com/overdosenuclear
Assessoria: http://www.wargodspress.com.br
(Wargods Press)
E-mail: contato@overdosenuclear.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Cada vez mais, bandas e bandas têm optado pelo uso do nosso
idioma (a língua portuguesa, e sem debates) para escrever suas letras. Isso
pode limitar uma banda comercialmente, mas permite que ela seja compreendida
pelos ouvintes. E no meio do Metal extremo, o artifício é usado há anos, sendo
que alguns nomes fazem bonito demais, como o quarteto OVERDOSE NUCLEAR, de Ubatuba (SP), que fez de “Overdose Nuclear”, seu primeiro trabalho, uma gema preciosa.
Análise geral:
O grupo faz um Technical Thrash/Death Metal bem agressivo,
mas com boa pegada técnica, e mesmo algumas melodias bem sacadas nas guitarras
(especialmente nos solos). O mais interessante é que o grupo consegue aliar
elementos do passado do Thrash/Death Metal praticado nos anos 90 com um sopro
de vida e modernidade que se encaixa como uma luva na música do quarteto,
inclusive com partes com toques de Groove (como pode ser ouvido em “Subversão”). E que energia agressiva que
eles mostram em todo o CD.
Sim, é bom demais, e vale cada segundo de música.
Arranjos/composições:
É no momento de fazer arranjos que a banda ganha o jogo.
Como a duração de suas canções ultrapassa os 5 minutos
(nenhuma das faixas do disco tem menos que isso), eles se dão o direito de ir
colocando partes mais trabalhadas junto com momentos agressivos, ótimas
mudanças de ritmo (pois baixo e bateria realmente fogem do feijão-com-arroz,
mas sem destoar ou deixar o som “oco”), e sem que isso canse o ouvinte.
Aliás, que se diga que eles realmente exibem arranjos que
não destoam um dos outros, mas que se encaixam em um quebra-cabeças de primeira,
que dá gosto de ouvir mais e mais.
Qualidade sonora:
Mesmo sendo um disco totalmente independente, o capricho com
a qualidade sonora salta os olhos.
Sem buscar criar algo muito limpo e definido, mas sem também
usar de crueza intensa (só para querer soar Old School), o grupo consegue aliar
o melhor dos mundos em seu favor. Se não está perfeito, apresenta um trabalho
ótimo, pois tudo pode ser entendido sem dificuldade alguma.
Arte gráfica/capa:
O artista Caio Caldas
realmente fez uma capa e um design inteligente, especialmente porque o
contraste entre os tons de verde e o negro, bem como a diagramação inteligente,
saltam os olhos.
Destaques musicais:
Eis o ponto chato do disco: apenas 8 canções, pois o
trabalho do grupo é tão bom que o fã logo quer mais.
“R’itual (Moshpit)” é
uma canção cheia de boas variações rítmicas, e boa técnica (especialmente no
tocante a baixo e bateria), “Kriatura” é
um convite ao moshpit insano, com um
ritmo que se alterna bastante (cheio de passagens jazzísticas), e onde os
vocais se sobressaem bastante. A longa e cheia de passagens rítmicas diferentes
(e mesmo toques de Groove) “Subversão” é
onde a banda mostra que tem como associar do passado e do presente, um “tutorial”
bem feito, aliás, com guitarras muito boas. “Nova Era... Velhos Terrores??!” e “333” são canções que servem para criar contrastes, uma mais cheia
de energia e adrenalina (a primeira) e a segunda mais opressiva com ritmos mais
lentos (a segunda). “Amarga Vingança” já
por si é repleta de contrastes de “luz e sombra”, assim como “Blackout”. E fechando, vem “Overdose Nuclear”, um mamute
peso-pesado de mais de 10 minutos de duração, onde a banda transita por todos
os elementos de seu jeito de fazer música, inclusive com passagens acessíveis
de Rock ‘n’ Roll sujo à lá MOTÖRHEAD.
E o disco pode ser ouvido (e adquirido) nas seguintes plataformas digitais:
Conclusão:
Um grupo extremamente promissor, o OVERDOSE NUCLEAR merece aplausos, e “Overdose Nuclear” é daqueles discos que merece ter sequência!
Nota: 8,8/10,0
Kriatura