quinta-feira, 19 de setembro de 2019

OVERDOSE NUCLEAR - Overdose Nuclear


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado


Tracklist:

1. R’itual (Moshpit)
2. Kriatura    
3. Subversão
4. Nova Era... Velhos Terrores??!
5. 333
6. Amarga Vingança
7. Blackout
8. Overdose Nuclear


Banda:


Julio Candinho - Vocais
Marcus Goulart - Guitarras
Gustavo Albado - Baixo
Samuel Marques - Bateria


Ficha Técnica:

Hugo Silva - Produção, Mixagem
David Menezes - Masterização
Caio Caldas - Capa, Design


Contatos:

Assessoria: http://www.wargodspress.com.br (Wargods Press)

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

Cada vez mais, bandas e bandas têm optado pelo uso do nosso idioma (a língua portuguesa, e sem debates) para escrever suas letras. Isso pode limitar uma banda comercialmente, mas permite que ela seja compreendida pelos ouvintes. E no meio do Metal extremo, o artifício é usado há anos, sendo que alguns nomes fazem bonito demais, como o quarteto OVERDOSE NUCLEAR, de Ubatuba (SP), que fez de “Overdose Nuclear”, seu primeiro trabalho, uma gema preciosa.


Análise geral:

O grupo faz um Technical Thrash/Death Metal bem agressivo, mas com boa pegada técnica, e mesmo algumas melodias bem sacadas nas guitarras (especialmente nos solos). O mais interessante é que o grupo consegue aliar elementos do passado do Thrash/Death Metal praticado nos anos 90 com um sopro de vida e modernidade que se encaixa como uma luva na música do quarteto, inclusive com partes com toques de Groove (como pode ser ouvido em “Subversão”). E que energia agressiva que eles mostram em todo o CD.

Sim, é bom demais, e vale cada segundo de música.


Arranjos/composições:

É no momento de fazer arranjos que a banda ganha o jogo.

Como a duração de suas canções ultrapassa os 5 minutos (nenhuma das faixas do disco tem menos que isso), eles se dão o direito de ir colocando partes mais trabalhadas junto com momentos agressivos, ótimas mudanças de ritmo (pois baixo e bateria realmente fogem do feijão-com-arroz, mas sem destoar ou deixar o som “oco”), e sem que isso canse o ouvinte.

Aliás, que se diga que eles realmente exibem arranjos que não destoam um dos outros, mas que se encaixam em um quebra-cabeças de primeira, que dá gosto de ouvir mais e mais.


Qualidade sonora:

Mesmo sendo um disco totalmente independente, o capricho com a qualidade sonora salta os olhos.

Sem buscar criar algo muito limpo e definido, mas sem também usar de crueza intensa (só para querer soar Old School), o grupo consegue aliar o melhor dos mundos em seu favor. Se não está perfeito, apresenta um trabalho ótimo, pois tudo pode ser entendido sem dificuldade alguma.


Arte gráfica/capa:

O artista Caio Caldas realmente fez uma capa e um design inteligente, especialmente porque o contraste entre os tons de verde e o negro, bem como a diagramação inteligente, saltam os olhos.


Destaques musicais:

Eis o ponto chato do disco: apenas 8 canções, pois o trabalho do grupo é tão bom que o fã logo quer mais.

“R’itual (Moshpit)” é uma canção cheia de boas variações rítmicas, e boa técnica (especialmente no tocante a baixo e bateria), “Kriatura” é um convite ao moshpit insano, com um ritmo que se alterna bastante (cheio de passagens jazzísticas), e onde os vocais se sobressaem bastante. A longa e cheia de passagens rítmicas diferentes (e mesmo toques de Groove) “Subversão” é onde a banda mostra que tem como associar do passado e do presente, um “tutorial” bem feito, aliás, com guitarras muito boas. “Nova Era... Velhos Terrores??!” e “333” são canções que servem para criar contrastes, uma mais cheia de energia e adrenalina (a primeira) e a segunda mais opressiva com ritmos mais lentos (a segunda). “Amarga Vingança” já por si é repleta de contrastes de “luz e sombra”, assim como “Blackout”. E fechando, vem “Overdose Nuclear”, um mamute peso-pesado de mais de 10 minutos de duração, onde a banda transita por todos os elementos de seu jeito de fazer música, inclusive com passagens acessíveis de Rock ‘n’ Roll sujo à lá MOTÖRHEAD.

E o disco pode ser ouvido (e adquirido) nas seguintes plataformas digitais:

Deezer: https://www.deezer.com/br/artist/8658454

Conclusão:

Um grupo extremamente promissor, o OVERDOSE NUCLEAR merece aplausos, e “Overdose Nuclear” é daqueles discos que merece ter sequência!


Nota: 8,8/10,0


Kriatura

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