segunda-feira, 30 de abril de 2018

BARRIL DE PÓLVORA - Barril de Pólvora


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. O Som do Trovão
2. Muito Papel pra Pouca Solução
3. Inércia
4. Tocando no Inferno
5. Loucuras, Sonhos e Delírios
6. Blues da Saudade
7. Barril de Pólvora
8. Tempestade


Banda:


Flávio Drager - Vocais
Emerson Martins - Guitarras
Saulo Santos - Baixo
Alexis Bomfim - Bateria


Ficha Técnica:

Rodrigo Garcia - Produção
André Cabelo - Mixagem, masterização
Gath Comunicativa - Capa
Vinícius de Souza - Arte, design


Contatos:

Assessoria: http://www.braunamusicpress.com (Brauna Music Press - Comunicação Musical)


Texto: Marcos Garcia


Existem bandas que vivem de passado, remixando os velhos clichês e indo a lugar nenhum. Sinto muito, mas ser “Old School” é algo que está além das meras palavras, e ainda mais além do que se dizer da Velha Guarda. Ser da Velha Guarda é ter vivido o tempo certo. Óbvio que isso não significa que você não pode fazer algo mais voltado aos velhos tempos, mas é bom tomar cuidado para não ser um clone musicalmente vazio (ou seja, sem nada a oferecer de si mesmo). Mas quando bandas como o BARRIL DE PÓLVORA, quarteto de Belo Horizonte (MG), cima de pôr a mão na massa, é melhor se prepararem. E “Barril de Pólvora”, primeiro disco da banda, é uma aula de como ser “à moda antiga” sem soar clichê.

O som deles nos remete ao Metal/Rock da primeira metade dos anos 80, onde rótulos e regras pouco importavam. Era fazer música e pronto, e se percebe que o grupo busca suas influências musicais em nomes como JIMI HENDRIX, AC/DC, BLACK SABBATH, JUDAS PRIEST, UFO, RAUL SEIXAS, CELSO BLUES BOY, SECOS E MOLHADOS, O TERÇO, entre outros. E mesmo assim, a identidade do grupo pulsa vigorosa, transformando a audição do disco em algo extremamente agradável aos ouvidos e ao coração. É muita energia crua permeando as ótimas melodias desse quarteto sólido e espontâneo.

Isso é ser à moda antiga de verdade, e com pedigree!

A produção sonora de “Barril de Pólvora” busca ser bem orgânica e crua, como os antigos registros, mas sem negar que estamos no presente. Ou seja, tem aquele som mais cru e simples do passado (o velho “plug and play”), mas com aquele alinhavo moderno e claro. E que fusão mais bem feita, digamos de passagem!

E mesmo simples, a arte e design do encarte são muito legais!

Pesado e espontâneo, Old School e cheio de energia, o BARRIL DE PÓLVORA faz um trabalho excelente. A energia é assombrosa, os arranjos musicais são de primeira, e tudo em uma embalagem espontânea. E cantando em português, vai lembrar muitos fãs da era em que gigantes como SAGRADO INFERNO, STRESS, ÁGUA BRAVA, MORTALHA, VÊNUS e outros faziam a alegria dos fãs aos sábados à noite, após uma semana estressante de estudos.

O disco inteiro é muito bom, mas a energia crua de canções como “O Som do Trovão” (muito peso e ótimas linhas melódicas), a força densa do andamento mais pesado e cadenciado de “Muito Papel pra Pouca Solução”, o jeitão Bluesy de “Inércia” (reparem nos andamentos bem conduzidos por baixo e bateria), a ferocidade extremamente divertida de “Tocando no Inferno”, o peso sedutor de “Loucuras, Sonhos e Delírios”, e a selvageria espontânea e politicamente consciente de “Barril de Pólvora” são os destaques em um disco que é essencial para todo bom fã de Metal/Rock à moda antiga.

Discão para ser ouvido após o dia estressante na sexta-feira, para se libertar de tudo!


Nota: 90%


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