Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. O Som do Trovão
2. Muito Papel pra
Pouca Solução
3. Inércia
4. Tocando no Inferno
5. Loucuras, Sonhos e
Delírios
6. Blues da Saudade
7. Barril de Pólvora
8. Tempestade
Banda:
Flávio
Drager - Vocais
Emerson
Martins - Guitarras
Saulo
Santos - Baixo
Alexis
Bomfim - Bateria
Ficha Técnica:
Rodrigo Garcia -
Produção
André Cabelo -
Mixagem, masterização
Gath Comunicativa -
Capa
Vinícius de Souza -
Arte, design
Contatos:
Site Oficial: http://www.barrildepolvora.com
Assessoria: http://www.braunamusicpress.com
(Brauna Music Press - Comunicação Musical)
Texto: Marcos Garcia
Existem bandas que vivem de passado, remixando os velhos
clichês e indo a lugar nenhum. Sinto muito, mas ser “Old School” é algo que
está além das meras palavras, e ainda mais além do que se dizer da Velha
Guarda. Ser da Velha Guarda é ter vivido o tempo certo. Óbvio que isso não
significa que você não pode fazer algo mais voltado aos velhos tempos, mas é
bom tomar cuidado para não ser um clone musicalmente vazio (ou seja, sem nada a
oferecer de si mesmo). Mas quando bandas como o BARRIL DE PÓLVORA, quarteto de Belo Horizonte (MG), cima de pôr a
mão na massa, é melhor se prepararem. E “Barril
de Pólvora”, primeiro disco da banda, é uma aula de como ser “à moda antiga”
sem soar clichê.
O som deles nos remete ao Metal/Rock da primeira metade dos
anos 80, onde rótulos e regras pouco importavam. Era fazer música e pronto, e
se percebe que o grupo busca suas influências musicais em nomes como JIMI HENDRIX, AC/DC, BLACK SABBATH, JUDAS
PRIEST, UFO, RAUL SEIXAS,
CELSO BLUES BOY, SECOS E MOLHADOS, O TERÇO, entre outros. E mesmo assim, a identidade
do grupo pulsa vigorosa, transformando a audição do disco em algo extremamente
agradável aos ouvidos e ao coração. É muita energia crua permeando as ótimas
melodias desse quarteto sólido e espontâneo.
Isso é ser à moda antiga de verdade, e com pedigree!
A produção sonora de “Barril de Pólvora”
busca ser bem orgânica e crua, como os antigos registros, mas sem negar que
estamos no presente. Ou seja, tem aquele som mais cru e simples do passado (o
velho “plug and play”), mas com aquele alinhavo moderno e claro. E que fusão
mais bem feita, digamos de passagem!
E mesmo simples, a arte e design do encarte são
muito legais!
Pesado e espontâneo, Old School e cheio de energia,
o BARRIL DE PÓLVORA faz um trabalho excelente. A energia é assombrosa,
os arranjos musicais são de primeira, e tudo em uma embalagem espontânea. E
cantando em português, vai lembrar muitos fãs da era em que gigantes como SAGRADO
INFERNO, STRESS, ÁGUA BRAVA, MORTALHA, VÊNUS e outros faziam a alegria dos
fãs aos sábados à noite, após uma semana estressante de estudos.
O disco inteiro é muito bom, mas a energia crua de canções
como “O Som do Trovão” (muito peso
e ótimas linhas melódicas), a força densa do andamento mais pesado e cadenciado
de “Muito Papel pra Pouca Solução”,
o jeitão Bluesy de “Inércia” (reparem
nos andamentos bem conduzidos por baixo e bateria), a ferocidade extremamente
divertida de “Tocando no Inferno”, o
peso sedutor de “Loucuras, Sonhos e
Delírios”, e a selvageria espontânea e politicamente consciente de “Barril de Pólvora” são os destaques em um disco que é essencial
para todo bom fã de Metal/Rock à moda antiga.
Discão para ser ouvido após o dia estressante na sexta-feira,
para se libertar de tudo!
Nota: 90%
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