Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: LAB 6 Music / Brutaller Records / Damned Records
/ Rapture Records
Nacional
Tracklist:
1. Nemesis (Intro)
2. Glowworm Dragon
3. Cry of Nowhere
4. Black Sun (Part I, II & III)
5. Rebirth
6. Abandoment
7. Descending - Genesis & Ontogenesis
8. Deathblast Overhead (Intro)
9. M.E. 262
10. Delusions of
Grandeur
Banda:
Renan Roveran - Guitarras, vocais
Rafael Oliveira - Guitarras
Rodolfo Nekathor - Baixo
Roger Costa - Bateria
Ficha Técnica:
Warshipper - Produção
Rafael Augusto Lopes -
Produção, mixagem, masterização, engenharia de som
Alcides Burn - Capa,
artwork
Contatos:
Site Oficial:
Facebook:
https://www.facebook.com/Warshipper
Assessoria:
http://wargodspress.net/site/ (Wargods
Press)
E-mail: warshipper@live.com
Texto: Marcos Garcia
Uma das maiores vantagens de se escrever resenhas de discos é
a possibilidade de encontrarmos novos nomes muito bons. Há 2,3 anos, este autor
teve a oportunidade de conhecer e resenhar o EP “Worshippers of Doom”, do quarteto WARSHIPPER, de Sorocaba (SP). Na época, o trabalho deles deu uma
impressão ótima. Agora, em 2018, tenho a oportunidade de resenhar “Black Sun”, o primeiro full length da
banda, que foi lançado por um agrupamento de selos.
As perguntas a serem respondidas: como eles estão agora, e
se o disco é bom.
A primeira resposta é simples: os anos ajudaram a banda a ajustarem
sua musicalidade, e o Death Metal bruto e com um alinho melodioso que eles
tocam está sólido. Agora, a música ganhou um pouco mais de agressividade e
impacto, mas sem abrirem mão da sobriedade. Ou seja, continuam o mesmo estilo,
apenas mais evoluído. E para responder a segunda questão, é simples: “Black Sun” é um verdadeiro festival de
riffs ganchudos, base rítmica sólida e técnica, e vocais urrados de primeira!
Traduzindo: é excelente!
Em termos de produção, digamos de passagem: gravar, mixar e
masterizar discos de Death Metal não é lá muito simples. Mas o grupo juntou
forças com Rafael Augusto Lopes, e o
resultado ficou muito bom, com uma timbragem muito boa e que não permite que a
agressividade do grupo fique confusa (a limpeza é muito grande, verdade seja
dita). Além disso, Alcides Burn criou
com uma arte primorosa e que encaixa como uma luva no trabalho musical deles (e
foge um pouco do simplismo que já conhecemos de outras experiências).
O WARSHIPPER vem
mostrar em “Black Sun” que é um dos
nomes mais fortes no cenário, fugindo do “mais do mesmo” que já cansamos de
ouvir por aqui, e ousam criar algo deles, sem medo de opiniões radicais ou
modelos já pré-estabelecidos. Aliás, o disco soa vivo, cheio de energia e bem
pessoal. E existem passagens que grudam nos ouvidos e não se esquece mais (como
se ouve em “Cry of Nowhere”),
justamente pelos toques melodiosos.
Por mim, diria apenas “ouçam o disco todo”, pois não vejo
como destacar uma canção ou outra. O nível é bem homogêneo em termos de
qualidade. Mas para uma mera referência ao leitor, indico a expressividade
veloz de “Glowworm Dragon” (que
trampo de baixo e bateria, com boa técnica e muito peso), a essência bruta
cheia de toques melodiosos de “Cry of
Nowhere” (reparem bem no trabalho de guitarras, nos solos e bases), a longa
e cheia de momentos interessantes “Black
Sun (Part I, II & III)” (sim, ela possui 3 partes distintas, e cada uma
delas é um delírio em termos de musicalidade, com passagens mais cadenciadas
fantásticas), o esmagamento opressivo feito pelas partes mais lentas de “Rebirth” e de “Abandoment”, a atmosfera densa e terrorosa de “Descending - Genesis & Ontogenesis” (diminuem a velocidade dos
andamentos e ficam ainda mais brutos que muitas bandas, e que duetos melodiosos
das guitarras), e alguns momentos com elementos de Thrash Metal ouvidos em “Delusions of Grandeur”. Isso é disco
para se ouvir dias e dias a fio, sem cansar!
Se o WARSHIPPER
continuar com essa mesma pegada, ninguém os segura no Brasil. E sim, “Black Sun” vem para estar entre os
melhores discos de 2018 com certeza.
Nota: 93 %
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