sexta-feira, 4 de maio de 2018

AXEL RUDI PELL - Knights Call



Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1.      The Medieval Overture (Intro)
2.      The Wild and the Young
3.      Wildest Dreams
4.      Long Live Rock
5.      The Crusaders of Doom
6.      Truth and Lies
7.      Beyond the Light
8.      Slaves on the Run
9.      Follow the Sun
10.  Tower of Babylon


Banda:


Johnny Gioeli - Vocais
Axel Rudi Pell - Guitarras
Ferdy Doernberg - Teclados
Volker Krawczak - Baixo
Bobby Rondinelli - Bateria


Ficha Técnica:

Axel Rudi Pell - Produção
Charlie Bauerfeind - Produção, mixagem, engenharia
Martin McKenna - Artwork


Contatos:

Assessoria:

E-mail:


Texto: Marcos Garcia


Em termos de Classic Rock, ou Hard Rock clássico, vários guitar heroes já tentaram sua sorte no estilo, como Ritchie Blackmore e as várias encarnações do RAINBOW, e mesmo o sueco Yngwie Malmsteen com seu RISING FORCE. E um erro crasso de ambos foi pensar em seus trabalhos como discos solos, nunca como bandas, dando muitas vezes a impressão que as canções eram relegadas à mera presepada técnica. E isso é algo que o alemão AXEL RUDI PELL não se permite, pois mesmo em seus trabalhos não tão bons assim são discos que apresentam um trabalho sólido. E em “Knights Calls”, ele vem realmente cheio de gás.

Melodias clássicas, instrumental bem feito, vocais excelentes, incursões de teclados à lá anos 70 (só pode ser um Hammond soando no disco), e tudo em seus devidos lugares. Estes são os elementos que compõem o sucessor do bem sucedido “Game of Sins” de 2016 (que chegou à 11ª. posição na parada da Billboard), e são os mesmos que encontramos em todos os seus trabalhos. Óbvio que o Hard/Classic Rock elegante (mas com uma dose saudável de acessibilidade) de Axel nos remete à fase mais prolífica do RAINBOW em vários momentos, mas sem ser uma mera cópia. Pelo contrário: mesmo sem ser inovador, “Knights Call” é um disco de primeira linha!

A produção busca aliar um feeling orgânico e cheio de energia com a limpeza e facilidades das tecnologias atuais. O resultado é mais que satisfatório em termos de qualidade sonora, pois tudo está muito claro, mas com a pegada pesada e cheia de energia de sempre. Além disso, se percebe como as linhas melódicas vão evoluindo sem perder a acessibilidade, mas também sem que elas soem piegas.

Podemos aferir que, antes de tudo, “Knights Calls” é um disco que transpira honestidade musical, e mesmo se agarrando aos nossos tímpanos por suas melodias, tem doses homeopáticas de peso, além de arranjos para lá de eficientes. Basicamente, é ouvir e gostar, pois além dos elementos citados, se percebe o velho senso germânico para criar melodias de primeira. É ouvir e sair cantarolando.

9 canções do mais puro Hard/Classic Rock nos esperam (“Medieval Overture” é uma introdução), e é bom se segurarem na poltrona, pois “Knights Call” empolga. “The Wild and the Young” alia o velho estilo dos trabalhos de Axel com algo da estética de bandas melódicas da Alemanha (e mostra um peso enorme, com baixo e bateria mostrando uma técnica muito boa), enquanto a grudenta e clássica “Wildest Dreams” tem um ótimo refrão, além daquele jeitão anos 70 a que estamos acostumados (basta perceberem isso pelos ótimos teclados e incursões das guitarras). Mais pesada (embora acessível) é “Long Live Rock”, cm linhas de guitarras formidáveis e vocais muito bem encaixados. Longa e com andamento mais refreado (por momentos, irão pensar que é uma das baladas dele) é “The Crusaders of Doom” (que esbanja elegância por conta de seus arranjos bem feitos, além dos vocais estarem ótimos mais uma vez), Baixo e bateria mostram sua técnica junto com o feeling setentista dos teclados linhas harmônicas de “Truth and Lies”. A longa “Beyond the Light” é uma balada muito bela, sem ser uma baba, algo que Axel sempre fez muito bem. A energia espontânea do Hard Rock surge em “Slaves on the Run”, mostrando uma dose de acessibilidade agradável e riffs mais simples (e um feeling bem anos 80 de primeira), assim como na mais pesada e melodiosa “Follow the Sun”, ambas mostrando bons teclados. E com uma pegada extremamente pesada é “Tower of Babylon” com suas guitarras sinuosas e arranjos bem feitos.

A verdade é simples: quando se falar em AXEL RUDI PELL, tenha certeza que é sempre um trabalho musical de primeira grandeza.

  
Nota: 89%

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