Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Distro Rock / Extreme Sound
Nacional
Tracklist:
1. Accept the Death
2. Rise and Fall Again
3. Asphalt Eaters
4. Lost Souls
5. Indian Healing
6. Follow the Track
7. Victory
8. Vision From Hell
9. Endless Battle
Banda:
Fernando - Vocais,
baixo
André Nalio -
Guitarras
Guru Reis - Bateria
Ficha Técnica:
Funeratus - Produção
Joca - Produção
Andy Classen - Mixagem, masterização
Alcides Burn - Artwork
Fábio Laguna -
Teclados na introdução de “Vision From Hell”
Contatos:
Site Oficial:
Facebook:
https://www.facebook.com/funeratusdeath/
Assessoria: http://www.metalmedia.com.br/funeratus
(Metal Media)
E-mail: funeratusdeathmetal@gmail.com
Texto: Marcos Garcia
A vocação para estilos extremos do Brasil sempre foi fonte
de muitos trabalhos excepcionais. Mas cabe dizer às novas gerações que existem
bandas de longa experiência tocando por aí, que são tão lendárias como gigantes
de nosso cenário. Óbvio que mesmo o Metal não é justo, e muitos nomes ótimos
ficam ocultos da maioria. Nisso, poucos sabem o quanto o trio FUNERATUS, de Mococa (interior de São
Paulo), pode dar ao Metal extremo brasileiro. E seu terceiro álbum, “Accept the Death” vem mostrar isso,
bem como coroar o ótimo momento da banda.
Uma das coisas mais extraordinárias de “Accept the Death” é ver como o grupo, dono de 25 anos de
experiência e muitas lutas no underground, soube se adaptar aos tempos modernos
sem abrir mão de sua musicalidade característica. Ainda temos no disco o bom e
velho Death Metal bruto e agressivo até os ossos de sempre, com clara
influência da Velha Escola dos anos 90, mas com muitas partes onde se percebe
que eles não pararam no tempo. Ou seja, o trabalho do trio continua sendo um
deleite para os fãs mais tradicionais, mas atualizado e pronto para novos
desafios.
Ou seja, se preparem, pois eles estão com sede de sangue!
Gravado no Brasil, mas com mixagem e masterização feitas na
Alemanha, a sonoridade de “Accept the
Death” é excelente, mantendo timbres pesados e agressivos, mas com uma
clareza assustadora. Sim, o disco tem peso e brutalidade em uma apresentação mais
moderna e bem cuidada, no nível de grandes nomes de fora, mas sempre nos
permitindo compreender o que eles estão tocando. E a arte da capa e do encarte
são ótimas, antenadas com a proposta musical/lírica do trio.
Na ausência de álbuns desde “Echoes in Eternity” de 2004, o FUNERATUS vem com muita vontade e energia de sobra, fazendo de “Accept the Death” um disco ótimo,
inclusive com arranjos musicais bem pensados. E a forma de tocar Death Metal e
mesmo de sua sonoridade possuem assinaturas pessoais (vejam os timbres do
contrabaixo, como ele é presente o tempo todo), o que torna a audição desse
álbum algo realmente prazeroso.
A banda soube distribuir a inspiração em cada uma das
composições, e destacam-se algumas por mera referência inicial. E o melhor de
tudo: o trio funciona como uma unidade insana, capaz de esmagar pescoços!
A pancada seca e brutal de “Accept the Death” com seus riffs insanos, as passagens trampadas de
“Rise and Fall Again” (ótimas
mudanças de ritmo, mostrando a força e presença de baixo e bateria), a opressão
esmagadora de “Lost Souls” (reparem
que existem algumas partes bem jazzísticas em alguns momentos, sem falar que a
banda novamente mostra mudanças de tempo muito boas), o dueto “Follow the Track” (nessa, o trio
realmente soa como um tanque de guerra: coeso, brutal e técnico, e nas medidas
certas) e “Victory” (o andamento não
tão veloz ajuda a dar um peso enorme em algumas partes, onde a técnica da
bateria fica bem evidente), e a pegada mais técnica e não tão veloz da
instrumental “Endless Battle” (que
não está aqui apenas para preencher espaço, mas mostra como a brutalidade
característica do grupo consegue englobar um trabalho técnico ótimo).
Se realmente o terceiro disco de uma banda é um teste,
podemos dizer que o FUNERATUS passou
com louvor, pois “Accept the Death”
mostra que são um nome extremamente relevante no cenário nacional, e que podem
ocupar o espaço ao lado de bandas como KRISIUN
e REBALLIUN sem temor. Música e raça
para isso, essa banda tem de sobra.
Nota: 96%
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