Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1.
Ringleader
2.
Freak Show
3.
Skin and Bones
4.
Gypsy Kiss
5.
Welcome to Hell
6.
Dark Days
7.
Dropping the Needle
8.
Step Into the Fire
9.
Get On Your Knees
10.
High Rule
11.
Into the Dark
12.
Silver Machine
Banda:
Neil Starr - Vocais
Phil Campbell - Guitarras
Todd Campbell - Guitarras, gaita
Tyla Campbell - Baixo
Dane Campbell - Bateria
Ficha Técnica:
Romesh Dodangoda -
Produção, engenharia, mixagem
Christian Wright -
Masterização
Matt Riste - Artwork
Contatos:
Assessoria:
Texto: Marcos Garcia
Desde 2015, um dos pináculos do Heavy Metal e do próprio
Rock ‘n’ Roll, o inesquecível MOTORHEAD,
descansa em paz. E merecidamente, já que a contribuição do grupo (seja como
trio ou quarteto) para os estilos musicais citados acima é inestimável. Mas
dizer que os músicos da banda iriam ficar parados é outra coisa. O baterista Mikkey Dee se encontra no SCORPIONS, mas o guitarrista Phil Campbell arregaçou as mangas e deu
início a uma nova empreitada, PHIL
CAMPBELL AND THE BASTARD SONS, que nos chega com “The Age of Absurdity”, e a Shinigami
Records e Nuclear Blast Brasil
botaram o disco nas lojas por aqui.
Mas a que Phil e
seus filhos (sim, quase todos os membros são filhos dele) estão vindo, afinal
de contas?
Óbvio que muitos encontrarão similaridades com o MOTORHEAD, pois Phil passou 32 anos de sua vida na banda, ajudando a moldar uma
parte de sua musicalidade. Mas são bandas ligadas apenas pelo “approach” mais
visceral, sujo e espontâneo. Mas ao mesmo tempo, se percebe que o quinteto tem
outras aspirações sonoras, com algumas incursões no Blues, e por aí vai. E “The Age of Absurdity” transpira
espontaneidade e mesmo simplicidade, mas sempre com ótimas composições e boa
dose de acessibilidade em muitos momentos. E esse disco cheira a bar, cigarros
e whisky, verdade seja dita.
Para criar uma atmosfera mais simples e orgânica, o grupo
trouxe Romesh Dodangoda (que já
trabalhou com o MOTORHEAD, BRING ME THE
HORIZON, BULLET FOR MY VALENTINE). Mas ao mesmo tempo, existe um feeling
moderno, com boa dose de limpeza e muito peso. Tudo funciona perfeitamente,
mesmo porque o quinteto não necessita de uma superprodução. E o lado gráfico
ficou excelente, com uma apresentação digna de um disco de Rock ‘n’ Roll de
raiz.
Basicamente, a música do PHIL CAMPBELL AND THE BASTARD SONS é baseada em feeling, ou seja,
no bom e velho Rock ‘n’ Roll sujo sem compromissos com quem quer seja. O
negócio aqui é pôr para fora o que se sente, sem firulas e sem querer saber da
opinião alheia. As músicas soam espontâneas, com ótimas melodias de simples
assimilação, um trabalho de peso e muita energia. É ouvir e gostar.
O disco é ótimo de ponta a ponta, sem deixar espaços para
deméritos. Mas há momentos sublimes e dignos de palmas, como se pode ouvir na
energia contagiante de “Ringleader”
(um trabalho direto e ótimo das guitarras) e “Freak Show” (há momentos em que os andamentos remetem ao AC/DC, ou seja, uma base rítmica sólida
e pesada), no jeito mais moderno de “Skin
and Bones”, o Rock ‘n’ Roll descompromissado de “Gypsy Kiss” (mais uma vez, guitarras de primeira, e vocais bem
encaixados), o jeitão bluesy cheio de feeling de “Welcome to Hell” (reparem bem o uso de uma gaita, um recurso bem
pouco usado nas bandas mais atuais), a energia crua e direta de “Dark Days”, o toque de sensibilidade
da balada “Into the Dark” (é, quase
mesmo, pois os momentos mais pesados causam dores em quem tem próteses
dentárias), e o coice melodioso e bruto de “Silver
Machine”.
Podemos assim dizer que Phil
e família mostram que ainda podem dar muito ao Rock em “The Age of Absurdity”, logo, mãos à obra e ouçam até furar (o
disco ou os tímpanos)!
Nota: 87%
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