quinta-feira, 10 de maio de 2018

RAGING ROB - Always the True Assassin



Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado


Tracklist:

1. Neverending Darkness
2. Innocent Deceiver
3. Disbelief
4. Cancer
5. Rise Against Failure
6. Soul City
7. Enough
8. Freakshow
9. Manifesto
10. Fight (To Stop the Tyranny)
11. Resolution 588
12. Walk All Over You


Banda:


Robert Gonnella - Vocais
Dirk Preylowski - Guitarras
Maik Jansen - Guitarras
Rudi Görg - Baixo
Frank Nellen - Bateria


Ficha Técnica:

Markus Frehn - Mixagem, masterização
Peter Lazar - Artwork (encarte)


Contatos:

Assessoria:



Texto: Marcos Garcia


Falar da escola alemã de Thrash Metal chega a ser desnecessário. Nomes como SODOM, KREATOR, DESTRUCTION, TANKARD e outros são lendários, e moldaram um gênero que influência várias escolas, como a brasileira e a grega. Mas um dos nomes que não tem muita expressão (uma injustiça histórica, digamos de passagem) é o do quinteto ASSASSIN. E por trás deles, sempre esteve o vocalista Robert Gonnella, dono de timbres únicos. Hoje, fora do quinteto, Rob está de volta com o RAGING ROB, que nos chega com “Always the True Assassin”, seu mais recente disco.

O que temos nesse segundo disco do RAGING ROB é o mais puro Thrash Metal germânico, impactante e sólido, com grande dose de agressividade, muita influência de Hardcore, mas ao mesmo tempo, adornado com algumas melodias muito bem pensadas, além de uma pilha de refrães de fácil assimilação. Mas cuidado: não cheguem procurando muito do passado dele por aqui, pois a banda tem um som bem característico. E como soa cheio de energia, ganchudo e cheio de vida, embora com uma pegada “Old School” fantástica.

Sim, “Always the True Assassin” vem para mostrar o quanto essa gangue de Thrashers de Dusseldorf tem de sangue nos olhos e para oferecer.

Ao ouvirmos “Always the True Assassin”, a qualidade sonora se mostra de primeira, atualizada e vigorosa, e ao mesmo tempo, pesada e agressiva sem que a clareza seja perdida. Além disso, a escolha por timbres mais orgânicos foi bem acertada, pois tem aquele feeling “Old School” que agarra qualquer um pelos ouvidos. Na arte, a capa trás uma foto bem legal e divertida de Rob, além de um encarte cheio de artes grafitadas, algo bem diferente em termos de Metal, mas que ficou excelente.

Já lhes digo de início: esqueçam grandes ideias se buscam algo inovador por aqui. Como pedir que alguém renuncie suas raízes, ainda mais alguém que já tem renome dentro do cenário? Aqui é German Thrash Metal, curto, grosso e agressivo nos ouvidos, sem dó de quem quer que seja. Mas os arranjos musicais são excelentes, dando toda uma aclimatação arrasadora de pescoços. Aliás, se o seu pescoço estiver inteiro depois de ouvir esse disco, você é surdo!

“Always the True Assassin” é um disco de calibre pesado, que vai causar palpitações nos fãs do estilo. E embora o nível das músicas esteja bem homogêneo, a porretada hardcorizada de “Neverending Darkness” (ótimos vocais mais roucos, além de riffs de guitarras ótimos), aquele jeitão Thrasher alemão tradicional na veloz “Innocent Deceiver” (verdade seja dita, a base criada por baixo e bateria está ótima) e na cadenciada “Disbelief” (que possui um Groove intenso nessa cadência pegajosa); a rápida de pegajosa “Cancer”, nas partes mais cadenciadas de “Soul City”, o soco na cara direto e bruto de “Freakshow” (esses tons mais baixos de voz pegaram bem demais, fora uma dicção perfeita), a curta e grossa “Manifesto” e sua energia bruta e atual (mais uma em que os vocais estão muito bem), e o massacre hardcorizado veloz e agressivo feito em “Walk All Over You” (como baixo e bateria mostram uma ótima técnica, por conta das mudanças rítmicas). Agora, não tem como o coração não bater mais forte nas versões deles para “Fight (To Stop the Tyranny)” (inclusive, o início foi tirado da introdução de “Forbidden Reality”) e “Resolution 588”, dois clássicos do ASSASSIN que ganharam uma roupagem mais atual, sem perderem a pegada clássica das composições originais.

E é legal ver Rob mais uma vez na ativa, e tendo o baterista clássico do ASSASSIN, Frank “Psycho” Nellen, junto com ele. Mas Dirk Preylowski (guitarras), Maik Jansen (guitarras) e Rudi Görg (baixo) são músicos excelentes também.

Um disco e tanto, logo, ouçam e deixem a destruição de pescoços começar!

Nota: 92%

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