Ano: 2018
Tipo: Duplo CD ao vivo
Nacional
Tracklist:
CD 1:
1.
A.I.R.
2.
Madhouse
3.
Evil Twin
4.
Medusa
5.
Blood Eagle Wings
6.
Fight ‘Em ‘Til You Can’t
7.
Be All, End All
8.
Breathing Lightning
CD 2:
1.
Among the Living
2.
Caught in a Mosh
3.
One World
4.
I Am the Law
5.
A Skeleton in the Closet
6.
Efilgnikcufecin (N.F.L.)
7.
A.D.I. / Horror of It All
8.
Indians
9.
Imitation of Life
10. Antisocial
Banda:
Joey Belladonna - Vocais
Scott Ian - Guitarras, backing vocals
Jonathan Donais - Guitarras, backing vocals
Frank Bello - Baixo, backing vocals
Charlie Benante - Bateria
Ficha Técnica:
Jay Ruston - Mixagem, masterização
Andy Buchanan - Arte
da capa
Contatos:
Facebook:
http://www.facebook.com/anthrax
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
E nos Estados Unidos, no início dos anos 80, as bandas do
Big Four norte-americano disseram: “que haja o Thrash Metal”, e de lá para cá,
muita água rolou embaixo da ponte.
Óbvio que os nomes são bem conhecidos de todos os fãs. Mas
um dos mais influentes é o do quinteto nova-iorquino ANTHRAX. Muitos elementos criados pelo grupo são encontrados na
musicalidade das bandas mais jovens do gênero. E coroando o bom momento que eles
estão vivendo, eis que temos em mãos “Kings
Among Scotland”, disco ao vivo (e duplo). E a Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast Brasil lançou esta jóia por aqui.
Gravado no show do grupo em 15 de fevereiro passado em um
show completamente lotado em termos de público (os ingressos estavam esgotados)
no Barrowland Ballroom, em Glasgow (Escócia), a verdade é simples: o quinteto
ao vivo ainda mostra a mesma intensidade, o mesmo sentimento de quando ainda
eram jovens. A sonoridade está excelente, e assim, fica evidente a
participação, bem como a forma excelente do grupo. Nem parece um grupo já com quase
40 anos de vida.
As gravações ao vivo sempre são um desafio, mas a mixagem de
Jay Ruston (que produziu “For All Kings”, último trabalho de
estúdio do quinteto) deu vida e brilho ao som do grupo, sem que a
espontaneidade e energia de um show de Metal sejam perdidas (o que realmente é
algo difícil de conseguir). E na arte de Andy
Buchanan, uma homenagem/sátira à capa de “Rock and Roll Over” do KISS
(lembrando que eles são fãs declarados do quarteto).
Mesmo experiente, a energia ao vivo do ANTHRAX é algo absurdo. E o setlist é ótimo, pois ao lado de
clássicos como “A.I.R.”, “Madhouse” e “Caught in a Mosh”, estão “Breathing
Lightning”, “Blood Eagle Wings”,
mostrando que eles não estão com a mínima vontade de viver de passado, ou mesmo
perto da aposentadoria. Aliás, no setlist, percebe-se que eles tocaram o “Among the Living” completo, e por
isso, músicas de “Fistful of Metal”
e “Persitence of Time” acabaram
ficando de fora, o que não desqualifica o disco. É óbvio que sempre falta
alguma coisa em discos ao vivo de bandas tão antigas, e estamos falando de um
disco com duas horas de duração!
Nem dá para destacar esta ou aquela música, pois a solidez
da atual formação é imensa e nada deve às anteriores. Mas não tem como o
coração não bater com força quando tocam canções como “A.I.R.” (reparem na solidez do trabalho insano de Frank e Charlie
na base rítmica), o hino “Madhouse”
(um dos primeiros grandes sucessos do grupo, onde o veterano Scott e o novato Jonathan mostram entrosamento na muralha de riffs da canção, e com
o solo de guitarra que busca ser fiel ao original), “Medusa” (uma das canções em que Joey se apresenta melhor), “Fight
‘Em ‘Til You Can’t” (que energia intensa), “Be All, End All” (reparem como o público participa bastante), “Breathing Lightning” (uma das melhores
canções mais novas da banda, mostrando que o grupo realmente é fiel ao que faz,
mas que sabe se renovar). E isso só no CD 1.
No CD 2 ainda existem massacres para o pescoço como “Among the Living”, a clássica e
obrigatória “Caught in a Mosh” (sem
essa, não é um show do ANTHRAX), a pancadaria
pesada e cadenciada de “I Am the Law”,
a dobradinha insana de “A Skeleton in the
Closet” e “Efilgnikcufecin (N.F.L.)”
(se não entendeu, leia de trás para frente, e eu sempre quis escrever isso
em um review deles), o clássico absoluto “Indians”
(a introdução de bateria fez com que o público fosse à loucura, com Joey pausando a música e chamando o
povo para o moshpit), e a versão Thrasher do grupo para o velho clássico do grupo
francês TRUST, “Antisocial” (que muitos ainda devem achar que é deles, já que esta
música marcou ossos).
Não é o primeiro disco ao vivo do ANTHRAX, mas com certeza “Kings
Among Scotland” é um dos melhores, se não for o melhor.
NOT! (Os fãs mais velhos entenderão a referência)
Nota: 97%
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