sexta-feira, 29 de junho de 2018

GLOWING TREE - Bucolic


Ano: 2018
Tipo: Ful Length
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:
  
1.      Animals (This Sounds Black!)
2.      Johnny Parker
3.      Reasons to Cry
4.      Psycho Paper
5.      Slacker Generation
6.      Half Dead Boy
7.      Unfinished Subjects
8.      Pictures of Life
9.      Seeing Red
10.  Goodbye

  
Banda:


Jean Felipe – Vocais, guitarras
Fábio Fiore - Teclados, backing vocals
Scott Denis - Baixo, backing vocals
Ryan Marcel - Bateria


Ficha Técnica:

Marcelo Costa - Produção, mixagem, masterização
Jean Felipe - Produção
Jolene Casko - Arte da capa


Contatos:


Texto: Marcos Garcia


Desde que o Rock saiu da evidência nas grandes mídias, e retornou ao Underground nos anos 90, muitos acreditam que o estilo está morto. Óbvio que sabemos que a coisa não é por aí, pois o público continua presente, apenas fragmentado (sim, estamos falando dos que adoram viver dentro de subdivisões). Sempre existem boas bandas surgindo aqui e ali, e só mesmo os que estão mais despertos conseguem percebê-las. E um grupo muito legal é o GLOWING TREE, quarteto paulista que nos chega com “Bucolic”, seu primeiro disco de estúdio.

Surgido como um projeto do vocalista/guitarrista Jean, que trabalha como produtor de Rock Progressivo e Rock Alternativo, o que temos plena convicção é que o quarteto tem uma forte vocação para misturar ambos os estilos, mais uma boa dose de Classic Rock e Hard Rock, o que nos mostra uma música cheia de energia, melodiosa, e que ora é mais elétrica e empolgante, ora mais densa e introspectiva, mas sempre um trabalho bem feito e que seduz o ouvinte, pois eles evitam algo tecnicamente muito complexo (existe técnica, mas não é o foco deles). É ouvir e assimilar.

A produção buscou algo mais orgânico e seco em termos de sonoridade para “Bucolic”, tentando fugir das infinitas edições digitais. Está limpa na medida certa para compreendamos o que o grupo faz, com uma boa dose de peso e sujeira, embora pudesse ser melhor, pois o trabalho da banda pede (e merece, pois é muito bom). E a arte da capa de Jolene Casko ficou muito boa, transparecendo o que eles buscam sonoramente.

Por ser o primeiro registro de uma banda jovem (embora os músicos pareçam calejados), “Bucholic” mostra um trabalho musical que tende a evoluir mais e mais, pois as possibilidades deles são muitas. Mas mesmo assim, já é algo de respeito, e que vai ganhar muitos fãs.

Em 10 canções, o grupo se mostra inspirado.

O jeitão mais rocker e sujo de “Animals (This Sounds Black!)” (com guitarras muito boas e ótimas melodias mais simples) e de “Johnny Parker” (onde algumas partes mais introspectivas se fazem presentes, e que mostra um refrão muito legal), os toques Progressivos evidentes de “Reasons to Cry”, os toques de Bossa Nova que permeiam a atmosfera claramente Prog de “Slacker Generation”, as belas passagens de teclados que ornamentam a ambientação ‘Rock Progressivo’ anos 70 de “Pictures of Life” (que belas guitarras, e com um jeitão meio JETHRO TULL em alguns momentos), e a pegada mais Hard Rock de “Seeing Red” evidenciam que o grupo tem talento e futuro.

Eles são bons, como “Bucholic” mostra, mas a tendência é que evoluam mais, e o futuro promete.

E o disco pode ser ouvido nas seguintes plataformas:


Nota: 81%

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