Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Pure Steel Records
Importado
Tracklist:
1. Ritual of Blood
2. Heaven Denied
3. Chosen Ones
4. Lust
5. Conquer the Seas
6. Black Angels
7. Every Scar Tells a Story
8. Perfect Storm
9. Oceans
10. Realm of the Mighty Gods
11. King of the Dead
Banda:
Leonel Silva - Vocais
Marcos Carvalho - Guitarra
solo
Ruben Reis - Guitarra
base
Nilson Santágueda - Baixo
Ricardo Allonzo -
Bateria
Ficha Técnica:
Contatos:
Site
Oficial:
Assessoria:
E-mail:
fantasyopus@gmail.com
Texto: M. Garcia
Basicamente, o cenário Metal de Portugal começa a ganhar
reconhecimento mundial nos anos 90, com a chegada e lançamento amplo de “Wolfheart” do MOONSPELL. De lá para cá, muitas águas passaram embaixo da ponte,
mas a cena lusitana continua a nos oferecer novos nomes de qualidade. Desta
vez, temos o quinteto FANTASY OPUS,
de Lisboa, que nos mostra seu potencial em “The
Last Dream”, segundo disco do quinteto.
A banda trilha os caminhos do Power/Prog Metal, algo na
linha de nomes como SYMPHONY X, ou
seja, temos uma música bem trabalhada e com bom enfoque na técnica. Mas diferente
de tantos, o quinteto cria músicas sólidas e homogêneas, com melodias muito bem
pensadas, com bastante enfoque nos refrães (que são dos que se ouve e não mais
se esquece), além de passagens com certo acento moderno e alguns toques épicos
(por conta dos corais aqui e ali). Além disso, é evidente que as guitarras
criam as melodias, já que não há um tecladista fixo no grupo. É uma banda que,
mesmo fazendo um estilo que já existe, mostra muita identidade e energia. E sem
contar que gruda nos ouvidos.
Traduzindo: os patrícios fazem da audição de “The Last Dream” algo extremamente prazeroso
aos sentidos.
Em termos de sonorização, “The Last Dream” é caprichado. O grupo mostra que teve cuidado com
sua obra, já que tudo soa claro e pesado nas mesmas proporções, com a escolha
dos timbres sendo acertada, em um meio termo entre algo moderno, mas claro, sem
graves exacerbados ou gordurosos. Tudo ficou audível, e muito claro. E que capa
belíssima, digamos de passagem (parece fazer alusão à coragem portuguesa em
desbravar os mares na virada do século XV para o XVI, algo que poucos ousavam). É tão bonita que disponibilizamos o painel inteiro abaixo para todos poderem observar.
Sendo o segundo trabalho do FANTASY OPUS, percebe-se que o grupo usa da experiência para fazer
sua música. Há o minimalismo que o estilo deles pede, com arranjos musicais bem
esmerados. Mas ao mesmo tempo, é claro que o grupo cultivou seu lado
espontâneo, pois como sua música realmente gruda em nossos ouvidos!
Do início ao fim, “The
Last Dream” nos encanta, seduz e nos conquista sem muitos esforços. E de
suas 11 canções, por mero preciosismo, destacam-se a envolvente “Ritual of Blood” (que belíssimas
melodias, vocais e refrão), a beleza pujante de e “Heaven Denied” (outra com um refrão fantástico, fora dar um pouco mais
de ênfase ao peso, com ótimos riffs e solos de guitarras), e o peso técnico e
intenso de “King of the Dead”
De “Conquer the Seas”
até “Realm of the Mighty Gods”, aparentemente
temo uma epopéia épica, onde as letras contam uma estória única, por isso,
abrimos outro parágrafo para falar nelas.
“Conquer the Seas” é
cheia de lindos fraseados de guitarras, dando uma vida épica e elegante à
canção. Em “Black Angels” temos uma
faixa mais introspectiva e bela, talvez
falando das dificuldades da viagem. Peso e modernidade se aliam a uma enorme
dose de agressividade em “Every Scar
Tells a Story”, cujas melodias nos embalam (e baixo e bateria mostram
técnica e peso, conduzindo muito bem os ritmos da canção). A longa e
multi-climática “Perfect Storm” é
uma autêntica viagem “heavyssíva”, cheia de partes diferentes e que são conectadas
umas as outras com perfeição (e cuja interpretação dos vocais é algo realmente
impressionante). A curta “Oceans” é
uma instrumental que vai preparando o ouvinte para “Realm of the Mighty Gods”, uma canção cheia de energia que entra
nos ouvidos e você não se esquece dela por conta das melodias de fácil
assimilação. Mesmo que este autor esteja errado sobre o conteúdo lírico, podem apostar: são todas excelentes canções.
O FANTASY OPUS merece
aplausos, pois é uma banda e tanto. Logo, ouçam “The Last Dream” bem alto, pois este disco merece.
Nota: 93%
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