Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Sangue Frio Produções
Nacional
Tracklist:
1. Perpetuação da
Ignorância
2. Ascending
Holocaust
3. Ominous Ritual
4. The Hellfire’s Cruelty
5. Nocturnal Confessor
6. Where Demons Dwell
7. Imperious Malevolence
8. No Return
9. Excruciate
10. Arquiteto da Destruição
Banda:
Fernando Grommtt -
Baixo, vocais
Danmented -
Guitarras, backing vocals
Antonio Death -
Bateria
Ficha Técnica:
Alysson Irala -
Produção, gravação, mixagem, masterização
Imperious Malevolence
- Produção
Anderson L. A. -
Artwork
Contatos:
Site
Oficial:
Assessoria:
http://www.sanguefrioproducoes.com/bandas/IMPERIOUS+MALEVOLENCE/23 (Sangue Frio
Produções)
E-mail:
immalevolence@gmail.com
Texto: M. Garcia
Quando se fala em Death Metal nos dias de hoje, a miríade de
formas em que o estilo é tocado é tão vasta que, quase sempre, perguntamos sobre
qual das vertentes estamos abordando. Mas ainda existem as bandas que focam
suas energias no bom e velho Death Metal da virada dos 80 para os 90, aquela
forma mais suja e bruta que deu início a tudo que conhecemos do estilo. E um
deles é o veterano “power trio” IMPERIOUS
MALEVOLENCE, de Curitiba (PR), que nos chega com seu quarto álbum, o recém
lançado “Decades of Death”.
São mais de 20 anos de muitas lutas no cenário underground e
calos que a experiência lhes deu. Logo, antes que pensem em algo diferente do
Death Metal mais raiz possível, é melhor procurarem outro disco. O trio tem
raízes profundas no que era praticado no estilo em suas origens, ou seja, um
jeito sujo, direto e agressivo de ser, com a brutalidade fluindo em doses
homeopáticas pelos falantes (embora alguns teclados surjam para aclimatar o
ouvinte em “The Hellfire’s Cruelty”).
Só que não se iludam: o IMPERIOUS
MALEVOLENCE sempre soa atual, forte e vigoroso, com um jeito próprio de ser
e fazer música. E que energia esses sujeitos mostram!
Em termos de sonoridade, “Decades of Death” surpreende por usar de algo mais limpo e bem
feito, fugindo um pouco das gravações tão utilizadas por bandas que seguem por
este estilo. Mas como souberam lidar com todos os aspectos, a brutalidade
musical e distorcida deles não ficou nem um pouco contida. É uma pancadaria
desenfreada, e que graças à esta sonoridade bem feita, parece se agigantar. E,
além disso, o trio escolheu tons instrumentais mais orgânicos, e assim, fica
claro que a força das composições ao vivo não vai diminuir nem um pouco.
Em termos de visual, a arte de capa ficou ótima graças ao
uso de contrastes de preto, branco e verde, criando uma ambientação sinistra. E
a diagramação é mais simples no encarte, mas bem cuidada.
Pedir que o IMPERIOUS
MALEVOLENCE mudasse depois de tantos anos seria algo leviano. 20 anos não
são 20 dias, e se percebe que eles não vão abrir mão disso (e ainda bem que
assim o é). Mas a música da banda por si já é bem feita, arranjada de forma
espontânea e esmerada, com tudo em seus devidos lugares. Um deleite para fãs de
Deah Metal bruto e sem medidas.
10 faixas de puro amassa-crânios nos esperam. Mas não tem
como não destacar a brutal “Perpetuação
da Ignorância” (cantada em português e mostrando algumas influências
pontuais de Grindcore), a insanidade azeda de “Ascending Holocaust” (onde os blast beats da bateria e partes mais
técnicas do baixo se sobressaem), a mais tradicional “Ominous Ritual” (onde algumas passagens mais refreadas mostram a
força das guitarras do grupo, com riffs de primeira), a bem trabalhada
simplicidade de “The Hellfire’s Cruelty”
(outra com riffs insanos, e as partes com teclados deixam tudo ainda mais
opressivo), a chocante de densa “Imperious
Malevolence” (as passagens mais refreadas são muito boas, com um trabalho
de bateria de primeira), e o bombardeio intenso de “Excruciate”. Mas pode ter uma certeza: se você é fã de Death Metal
Old School, nessa banda você pode confiar.
Um ótimo trabalho do IMPERIOUS
MALEVOLENCE, um dos mais tradicionais grupos de Death Metal do Brasil.
Ouçam “Decades of Death” e deixe os
ouvidos sangrarem à vontade!
Nota: 86%
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