Ano: 2018
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Biocode
2. The Level of Souls
3. Lighthouse
4. Resigned in Blood
Banda:
Dedé Costa - Guitarras,
vocais
Julinho - Baixo
Daniel “Cowboy” -
Bateria
Ficha Técnica:
Cromata - Produção,
mixagem,
Absolute Master - Masterização
Maloik - Artwork
Contatos:
Site
Oficial: www.cromata.com.br
Facebook: www.facebook.com/cromatametal
Assessoria:
E-mail:
mktcromata@gmail.com
Texto: M. Garcia
Falar que o Rio Grande do Sul tem tradição em termos de
Metal é bem redundante. Ainda mais se falarmos nas vertentes mais extremas,
onde nomes como KRISIUN e REBAELLIUN mostram a potência do estado
como criadouro. E mais um bom nome surge das terras dos Pampas: o CROMATA, de Porto Alegre, que chega com
seu EP de estréia, “... Everything That
Comes From Shadows”.
Basicamente, temos um grupo de Death Metal cujas referências
estão na leva dos anos 90, em especial as escolas da Flórida e da Holanda
(nomes como DEATH e PESTILENCE antigo surgem em nossas
mentes, e não por mero acaso), mas sem negar alguma coisinha mais moderna aqui
e ali (não é à toa que se sente a forte influência do AT THE GATES e EDGE OF
SANITY em “The Level of Souls”).
Só que, ao mesmo tempo, o trabalho do grupo mostra personalidade forte devido
ao bom nível técnico e alguns arranjos mais melodiosos que tornam sua música
ainda mais agressiva e coesa, para o desespero dos que acham que o estilo é
apenas barulho mal feito. Ainda existem ajustes a serem feitos, mas o grupo é
promissor, verdade seja dita.
A sonoridade é crua, mas no ponto ideal para que soe bruto e
ríspido. Mas ao mesmo tempo, houve uma preocupação estética na escolha dos
timbres instrumentais (só a caixa da bateria poderia ter timbres um pouco
melhores, mas é um detalhe apenas em meio aos acertos que eles tiveram), ao
mesmo tempo em que se buscou aliar a crueza com alguma clareza (necessária para
que compreendamos o que está sendo tocado). E como a Absolute Master trabalhou com a masterização, fica evidente o
motivo desse brilho adicional à qualidade sonora.
O ponto forte do CROMATA
é a solidez de suas composições, a energia e a vibração que bandas jovens
costumam mostrar. E mesmo com bom nível técnico individual, é evidente que eles
buscam soar como uma unidade, sem exibições desnecessárias. E isso mostra que
realmente estamos diante de mais uma promessa no cenário nacional, mas uma
promessa que já começa a mostrar seu valor agora.
As quatro composições mostram muito potencial a ser
explorado. Em “Biocode” temos uma
introdução muito bonita, seguida de um andamento em tempo mediano, além de bons
arranjos em termos de baixo e bateria. Também não sendo tão veloz como a
predecessora, temos algo de moderno e mesmo influências de Hard Rock são
encontradas nas partes de guitarras de “The
Level of Souls” (especialmente nos solos). Alguns toques jazzísticos e boas
melodias surgem em “Lighthouse”, com
arranjos criativos e ótimos vocais. Um pouco mais tradicional em termos de
Death Metal é “Resigned in Blood”,
embora existam passagens mais técnicas em termos de baixo e bateria que
encaixaram perfeitamente na canção.
O CROMATA chega
muito bem com “...Everything That Comes
From Shadows”, logo, não será mero ocaso do destino que eles venham a se
tornar um nome forte no cenário.
Em tempo: após o final das gravações, mais um guitarrista
entra para banda, Guga “Djaba”, para
que o grupo não perca seu “approach” pesado e agressivo ao vivo.
Nota: 86%
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