Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Sangue Frio Produções / Burn Distro
Nacional
Tracklist:
1. One Step... Foward
2. Circus of Tyrannies
3. State of War
4. 7000 Days of Terror (and the New Attempt)
5. Almost Dead
6. Rise of a New Strike
7. Inferno is Over
8. Stars of Decadence
9. Against the Perfect Humankind
10. No Reasons for Losses
11. Ecce Homo
12. Nephente
Banda:
Vinícius Amorim -
Vocais
Pedro Valença -
Guitarras
Guilherme Silva -
Guitarras
Marcelo Santa Fé -
Baixo
Arthur Santos -
Bateria
Ficha Técnica:
Júnior Supertramp -
Produção, mixagem, masterização
Pedro Valença - Co-produção
Guilherme Silva - Co-produção
Fabiano Penna -
Arranjos em “No Reason for Losses”
Bruno Marques - Arranjos
em “No Reason for Losses”
Contatos:
Site
Oficial: http://pandemmy.blogspot.com/
Assessoria:
http://www.sanguefrioproducoes.com/artistas/PANDEMMY/44 (Sangue
Frio Produções)
E-mail:
pandemmy@gmail.com
Texto: M. Garcia
Fazer Death/Thrash Metal nestas terras descobertas por Pedro Álvares Cabral em 1500 nunca foi
algo muito simples. Sempre houveram as dificuldades inerentes ao underground e
ao romantismo em exacerbar as tribulações que uma banda tem que passar por
conta do descaso dos fãs. Mas o valor do trabalho de um grupo não está ligado a
tantas penúrias, mas à criatividade de seus integrantes. E é muito bom ver que
o PANDEMMY, de Recife (Pernambuco)
não desiste e vem com tudo em “Rise of a
New Strike”, seu álbum mais recente.
Na realidade, o disco é de 2016, mas somente agora chega em
versão física, graças aos esforços da Sangue
Frio Produções e da Burn Distro.
E nele, se percebe que a banda evoluiu em relação a “Reflections & Rebellions” de 2013. A banda foge um pouco do
padrão, sabendo adicionar passagens mais melodiosas em sua música, o que lhes
confere personalidade. Óbvio que o quinteto ainda pode render bem mais, mas
estão no caminho certo, e mesmo assim, já fazem um trabalho de ótimo nível.
Em termos de sonoridade, a produção de “Rise of a New Strike” é bem feita. Houve uma preocupação óbvia de
fazer com que as composições sejam entendidas sem dificuldades, ou seja, soa
limpo e com timbres escolhidos cirurgicamente. Mas nem por isso a agressividade
está reduzida, nada disso: por estar limpo é que soa ainda mais bruto. E em
termos de arte gráfica, ela ficou muito boa, com uma diagramação profissional,
e a capa realmente mostra o que o disco tem em termos musicais.
A consensualidade entre o que foi feito em “Reflections & Rebellions” e “Rise of a New Strike” é óbvia, embora
o tempo já tenha lapidado bastante o trabalho deles. Os arranjos fluem de forma
mais espontânea, moldados pelas melodias que foram criadas, e sem falar que o
instrumental melhorou bastante em termos de diversidade técnica. Ou seja, houve
evolução, mas sem que o passado do grupo seja jogado fora.
Um dos aspectos mais legais do disco é a presença de
contrastes entre partes brutais e mais trampadas (com aquelas levadas Thrashers
empolgantes), músicas cadenciadas e outras mais velozes, enfim, variações rítmicas.
E a pancadaria incessante de “Circus of
Tyrannies” (excelente trabalho de baixo e bateria, digamos de passagem), as
passagens trampadas de “State of War”,
a opressão pesada do ritmo cadenciado e sinuoso de “7000 Days of Terror (and the New Attempt)” (passagens melodiosas e
introspectivas mostram a versatilidade das guitarras), a técnica Death/Thrash mais
tradicional de “Rise of a New Strike”
(os vocais encaixaram muito bem nesse ritmo mais lento e bruto), e a densa e
bem trabalhada “No Reasons for Losses”
são os melhores momentos do disco. Mas na versão física, estão presentes duas
faixas extras: “Ecce Homo” (brutal e
bem trabalhada) e “Nephente” (mas melodiosa, com muitas
passagens com vocais operísticos), ambas com um jeitão mais evoluído, levando a
crer que o quinteto ainda vai surpreender os fãs de Metal brasileiro (e mesmo os
descrentes que só olham para a Europa e os EUA).
No mais, “Rise of a
New Strike” nos mostra que o PANDEMMY
tem tudo para se tornar um dos pilares do gênero por aqui. Ponho fé.
Em tempo: o vocalista Vinícius
Amorim gravou o álbum, mas saiu, e em seu lugar, está Rayanna Torres.
Nota: 88%
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